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quinta-feira, 30 de março de 2006

MINEIROS ILUSTRES - VALERIODUTO

Abaixo, a lista dos principais investigados e os crimes que teriam praticado:

Marcos Valério - falsidade ideológica, art. 299 do Código Penal; lavagem de dinheiro, o. 1º, V, da Lei nº 9.613, de 1998; tráfico de influência, art. 332 do Código Penal; corrupção ativa, art. 333 do Código Penal; supressão de documento, art. 305 do Código Penal; fraude processual, art. 347 do Código Penal; crimes contra a ordem tributária, arts. 1º e 2º da Lei nº 8.137, de 1990; peculato, art. 312 do Código Penal; atos de improbidade administrativa, arts. 9º, 10 e 11 da Lei nº 8.429, de 1992, e art. 89 da Lei 8.666, de 1993;José Genoino - falsidade ideológica, art. 299 do Código Penal; corrupção ativa, art. 333 do Código Penal; crime eleitoral, art. 350 do Código Eleitoral;

José Dirceu de Oliveira - ex-deputado - corrupção ativa, art. 333 do Código Penal;

Cristiano Paz - sócio de Marcos Valério - lavagem de dinheiro, art. 1º, V, da Lei nº 9.613, de 1998; corrupção ativa, art. 333 do Código Penal;

Luiz Gushiken - ex-ministro - tráfico de influência, art. 332 do Código Penal; corrupção ativa, art. 333 do Código Penal; art. 89 da Lei nº 8.666, de 1993;

Katia Rabelo (proprietária do Banco Rural) - fraude na administração de sociedade por ações, art. 177 do Código Penal; corrupção ativa, art. 333 do Código Penal; lavagem de dinheiro, art. 1º, V, da Lei nº 9.613, de 1998;

Ricardo Guimarães (proprietário do BMG) - fraude na administração de sociedade por ações, art. 177 do Código Penal; corrupção ativa, art. 333 do Código Penal; lavagem de dinheiro, art. 1º, V, da Lei nº 9.613, de 1998;

Eduardo Brandão Azeredo - crime eleitoral do art. 350 do Código Eleitoral.

Clésio Soares Andrade - crime eleitoral do art. 350 do Código Eleitoral

Silvio Pereira - tráfico de influência, art. 332 do Código Penal; crime do art. 90 da Lei nº 8.666, de 1993;

Dep. João Magno - PT - Crime eleitoral e de sonegação fiscal

Dep. Romeu Ferreira Queiroz - PTB - Crime eleitoral e de sonegação fiscal

Dep. Roberto Brant - PFL - Crime eleitoral e de sonegação fiscal

Nilton Monteiro - responsável pela falsa lista de Furnas, que aponta o recebimento de recursos pro políticos do PSDB, PFL e outras legendas: calúnia (art. 138 do CP), crime punido com detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa; falsidade de selo ou sinal público (art. 296 do CP), pela falsificação do logotipo da empresa Furnas Centrais Elétricas, punido com reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa; falsidade ideológica (art. 299 do CP), pela falsidade do conteúdo da malsinada lista; punido com reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa, por se tratar de documento de caráter público.

Lídio Duarte, ex-presidente do IRB - peculato, art. 317 do Código Penal.

quarta-feira, 29 de março de 2006

Pivô da quebra de sigilo do caseiro trabalhou para prefeituras do PT

29/03/2006 - 08h43

Pivô da quebra de sigilo do caseiro trabalhou para prefeituras do PT

MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Campinas

Um dos pivôs da quebra de sigilo do caseiro Francenildo Santos Costa, o consultor da Caixa Econômica Federal, engenheiro civil e ex-sindicalista Ricardo Farhat Schumann, 46, já atuou em cargos importantes em diversas administrações ligadas ao PT.

Funcionário de carreira da Prefeitura de Campinas (SP), ele atuou também na administração do prefeito de Santo André Celso Daniel (PT), assassinado em 2002, e foi presidente da Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo) na gestão de Marta Suplicy (PT).

Schumann foi diretor do Departamento de Materiais e Patrimônio em Santo André e, em 2002, teve seu nome incluído em uma ação civil pública movida pelo Ministério Público estadual por improbidade administrativa naquela gestão.

Na ação, além de Schumann, a Promotoria de Justiça da Cidadania inclui também os nomes do prefeito, de ex-secretários e de assessores jurídicos da prefeitura.

A Promotoria pedia na época o ressarcimento de R$ 9,6 milhões aos cofres públicos, referentes a nove contratos que a prefeitura firmou em caráter emergencial, sem licitação, entre 1997 e 2001, no setor de segurança de escolas e creches da cidade.

Schumann trabalhou dois anos na primeira gestão de Daniel em Santo André e foi substituído pela ex-mulher do prefeito, Miriam Belchior.

Petros

Como presidente da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A.), entre 2003 e 2004, durante a administração petista na cidade, Schumann teve seu nome envolvido em um contrato assinado no final do mandato do PT que envolveu a Sanasa, a Petros (Fundação Petrobras de Seguridade Social) e o consórcio formado pelas empresas PriceWaterhouseCoopers, Kiman e Globalprev Consultores Associados.

A Globalprev pertence a dois ex-sócios de Luiz Gushiken, ex-ministro de Comunicação e Gestão Estratégica.

A Sanasa havia contratado --com assinatura de Schumann-- a Petros para administrar o fundo de pensão no dia 23 de dezembro de 2004. No entanto, a Petros terceirizou os serviços contratando o consórcio encabeçado pela Globalprev sem licitação e sem o consentimento dos funcionários da Sanasa. O contrato foi desfeito quatro meses depois pela Sanasa.

Sindicalista

Schumann foi o primeiro presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Campinas, em 1988, e em seguida foi secretário de Administração de Campinas por um ano no governo do prefeito Jacó Bittar (PSB, então do PT). Bittar foi um dos fundadores do PT e hoje é um dos conselheiros da Petros.
Schumann também foi assessor na Secretaria de Bem Estar Social do governo da Luiza Erundina (PSB, na época do PT), em São Paulo, e trabalhou em outras administrações como Mauá (SP).

A Folha deixou recados com uma funcionária dele em sua casa em Jundiaí (SP) e depois com a mulher dele, mas até o fechamento desta edição Schumann não havia feito contato.

domingo, 26 de março de 2006

A CUT virou pelega?

A CUT virou pelega?

Há uma razão para essa pergunta, pois a CUT sempre foi identificada com um sindicalismo combativo e, ao mesmo, com o Partido dos Trabalhadores;
muitas vezes foi vista como sendo o "braço sindical do PT". Apesar de ser uma visão imprecisa, há um fundo de verdade nela e assim foi encarada pela maior parte da sociedade, pois a maioria dos dirigentes da central sindical está vinculada ao PT, e atualmente os dirigentes fazem parte da ELITE POLÍTICA DO BRASIL . Porém vale lembrar que sindicalistas de outros partidos também participam da mesma central. É importante destacar ainda que um sindicato deve ser independente de qualquer partido político, deve representar todos os trabalhadores, independentemente de sua filiação partidária ou definição ideológica. A CUT sempre foi vista como um movimento de defesa dos interesses dos trabalhadores e, nesse sentido, como um movimento de "oposição". Oposição a que? Oposição à política de vários governos anteriores, entendidos como não comprometidos com os principais interesses dos trabalhadores, desde o conservadorismo de Figueiredo e Sarney, até o neoliberalismo de Collor e Fernando Henrique; oposição aos interesses patronais e imperialistas, impostos ao país principalmente a partir das exigências do FMI.
Mas e agora que o PT é governo e a maioria dos líderes sindicais "cutistas" estão ligados ao PT, qual será seu comportamento?
Apoiará simplesmente as medidas do governo, ou consultará os trabalhadores?
Continuará a defender e praticar um sindicalismo "de combate", tal como em sua origem?
Duvido ! ! a CUT irá para lona bem logo e junto a ela irá os sindicalistas profissionais que ela criou e financiou

O MI"LL"ITANTE

Colaboracionistas PETISTAS e outras agremiações

Após a Libertação da França, em 1944, quase 18 mil mulheres e homens foram acusadas de se relacionar e colaborar com alemães durante a ocupação ( 4 anos )tiveram as cabeças raspadas em praça pública. E jamais seriam perdoadas por isso.

A pergunta é a seguinte : será que os colaboracionistas do Prefeito e aceclas passariam por isso no futuro, quando defendem a prefeitura nos conselhos municipais apenas com múmeros para população.

sábado, 25 de março de 2006

Chama-se O Professor. ( LUIZINHO DO PT )

O Professor.

?? Pai, quem é aquele homem na TV?
? É o professor Luizinho, meu filho.
? Professor? E ele dá aula de quê?
? Ele não dá aula, meu filho. Ele é político. Professor é o nome dele. Na verdade, apelido. O nome é Luiz.
? Mas se ele não dá aula, não devia se chamar ?professor?.
? É que antes de ser político ele era professor, meu filho...
? Ah. Ser professor é legal, né? Quando eu crescer quero ser professor. Olha como ele tá feliz...
? É. Ele foi absolvido. Perdoado. Inocentado.
? O que ele fez?
? Foi acusado de pegar um dinheiro que não era dele.
? E pegou?
? Pegou.
? Então ele é culpado!
? É. Mas foi inocentado. E agora está feliz.
? Quem inocentou?
? Os colegas.
? Professores?
? Não, políticos.
? Se fossem professores não inocentavam.
? Como é que você sabe, meu filho?
? Ah! Meus professores, quando pegam um aluno que roubou o lápis do outro, levam pra diretoria. Dizem que quem rouba não merece respeito.
? ...
? Pai?
? Oi, filho.
? O que é melhor ser, professor ou político?
? Ah, filho, depende. Professores educam. Políticos fazem leis, representam o povo.
? O professor Luizinho representa você?
? Eu? Eu não, Deus me livre! Não votei nele.
? Então, ele representa quem?
? Outras pessoas, que votaram nele.
? Essas pessoas sabiam que ele pega dinheiro que não é dele?
? Não sei. Acho que não.
? Pai?
? Oi, filho.
? Quem ganha mais dinheiro, professores ou políticos?
? Ah, os políticos. Muito mais!
? Então, não entendi.
? O que, meu filho?
? Se como político o Luizinho ganha muito mais dinheiro do que como professor, pra que ele pegou o dinheiro?
? ...
? Pai?
? O que é, filho?
? Quando deixar de ser político, o Luizinho vai voltar a ser professor?
? Não sei, filho. Talvez.
? Então vou rezar pro Papai do Céu.
? Pra que, filho?
? Pra que ele não venha dar aula na minha escola...?

Boa semana e boas aulas.
Professora Sonia dos Santos França ( EMSHA )

FONTE - JORNAL VIRTUAL PROFISSÃO MESTRE
Profissão Mestre ? Ano 4 Nº 11 ? 23/03/06

quinta-feira, 23 de março de 2006

20 PROFECIAS BOMBÁSTICAS! NÃO PERCA!!!

No final de cada ano os MVTS - místicos, videntes, tarólogos e simpatizantes - debruçam-se sobre a difícil arte de prever o futuro. Assim, os jornais, revistas e Tvs têm assunto a farta - na farta de outro vai este mesmo - para publicar.

Graças a revelação destes seres iluminados ficamos sabendo que um grande homem público vai morrrer - OOOHHHH!!!! - ; que um@ artista de renome vai se separar d@ companhaeir@ mas vai se apaixonar de novo - OOOHHHH DE NOVOOOO!!!!! - e outras revelações de igual calibre ou quilate.

A pouco tempo descobri que também tenho o dom da premonição. Para não dizerem que estou inventando coisa, vou escrever e datar, posto que assinar virtualmente não posso, os fatos reveladores que me foram dados a conhecer e permitidos comunicar. Adianto aos incrédulos que o que vai aqui ser revelado é sério e que tirem as crianças da sala:

1- Domingo tem semifinal do campeonato mineiro. Prevejo um jogo difícil e catimbado com muiita choradeira no final e certa violência, dentro e fora do campo. Previsão de público? Mais de 25 mil pagantes. Esta foi só para esquentar os tamborins mediúnicos;

2- Sinto que em 2006, a PBH vai gastar muito com publicidade e com contratação de terceirizados e cargos de confiança, em números similares aos de 2005. Esta ninguém sabia, né? Vai também chamar alguns concursados antes do mês de julho. Anotem. Para quem for o caso, prepare a documentação.

3- Adianto que do mês de abril em diante, os políticos de izquerda, desaparecidos desde há muito, iniciarão lentamente a aproximação com as escolas, sindicatos, movimentos de estudantes, docentes e servidores públicos em geral. Dirão que a PBH tem problemas de relacionamento e de comunicação com os trabalhadores e movimento populare que bla, bla, bla.
Ao final se oferecerão para intermediar interlocução com o prefeito e seus secretários. Alguns de nós sorrirão aliviados, outros ficarão ainda mais emputecidos. Muitos permanecerão indiferentes.
Obs. Ao movimento estudantil adianto uma má notícia: não terão passe livre em 2006 e as passeatas terão que continuar, embora as entidades continuem sem unificação.

4-Começaremos a receber cartas e mais cartas de políticos, a maioria de izquerda e de alguns didireita -como se esta conceituação fizesse algum sentido no Brasil de Lula e Alkmin, de Garotinho e Sarney, de Delúbio e Azeredo, de Duda e Pimentel - A maioria das cartas irá para o aterro sanitário da SLU.

5- Das cartas abertas e lidas, a maioria dirá que a vida não é só isto que se vê, que o X da questão é outro e que os pequizeiros estão mais protegidos, que os sem casa agora têm a possibilidade de ficar sem discurso pois terão finalmente a chance de entrar na fila dos sem casa e ao final do OP 2009, vislumbrarão a chance de se transformarem em com casa. Desde que não seja interrompido o projeto iniciado na cidade e no país e mais bla, bla, bla.

6- Algumas destas missivas convidarão para reuniões de comitês de mandatos populares, com avaliação do desempenho do mandato, alguns até com o intuito de deliberar se não é o caso, muito por acaso, de se pensar em vôos mais altos, sempre em defesa dos interesses coletivos. Começarão com discussão pela manhã - serão aos sábados - e terminarão com festa a tarde/noite. Na maioria das vezes o caldo será por conta dos mandatos, a cerveja por conta dos militantes. Tudo com muita fraternidade e descontração. Afinal ninguém é de ferro. Ia esquecendo: vai ter encontro também no Restaurante do José Maria, no Jequitibar ou no Reciclo.

7- As análises de conjuntura da izquerda dirão que existem problemas sim, mas que os avanços são muitos: bolsa família, educação infantil, bolsa família, educação infantil, bolsa família, educação infantil, bolsa....ah, isto já foi dito.

8- As análises de conjunturas didireita dirão que existem avanços sim, mas que os problemas são muitos: corrupção, mensalão, cuecão, acordão -ops, isto não....

9- Alguns educadoidos e servidores irão as reuniões evocando diálogo e coerência histórica. A maioria não irá alegando abandono e incoerência histórica.

10- Antevejo que parcela considerável dos servidores públicos votarão, farão campanha e se filiarão ao PSOl e PSTU. Para tristeza geral estas duas agremiações não farão nenhum governador nos estados chave da Federação e não chegarão ao segundo turno das eleições presidenciais. O PCO não fará ainda nenhum deputado federal.

11- Me foi dado a conhecer que o candidato do PT a presidência será LULA - com maioria esmagadora dos votos da convenção se houver convenção. Ele será lavo de diversas denúncias graves. Umas verdadeiras, outras caluniosas.

12- Me foi permitido revelar que o PMDB entrará rachado no processo eleitoral.

13- Me foi permitido revelar também que o PMDB sairá rachado do processo eleitoral.

14- ...E que o PDT evocará a lendária e saudosa figura e os ideais nacionalistas de Leonel Brizola em sua campanha.

15- E ainda que o PFL e o PSDB firmarão aliança para as eleições, visto que a verticalização será mantida a contragosto da maioria dos partidos.

16- Que qualquer seja o resultado das eleições e da final do campeonato mineiro, Zezé Perrela, Kalil, Garotinho e Heloisa Helena continuarão falastrões.

17- ...Qualquer que seja o resultado das eleições e da final do campeonato mineiro, haverá choro e ranger de dentes.

18- Que Lula concederá mais declarações vazias de conteúdo e cheias de metáforas.; Algumas irritarão a oposição e os governistas correrão para explicar que o contexto era outro e que não era bem isto que ele quiz dizer.

19 - Vejo que na educação pública teremos dias paralisados antes mesmo do fim deste semestre. Nós mestre diremos que foi em defesa da escola, e de quebra em defesa dos salários. Os pais reclamarão que seus filhos serão os maiores prejudicados e que a reposição não será feita com qualidade. A SMED dirá que os dias paralisados serão rigorosamente repostos, dia a dia, hora a hora. Haverá um aceno para o diálogo a possível negociação. O Conselho Municipal de Educação será chamado a intermediar.

20 - Vejo claramente que a Seleção Brasileira de Futebol será Hexa Campeã mundial de futebol se Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Kaká inicialmente reserva, Roberto Carlos e cia, jogarem tudo o que sabem e se alemães, franceses, italianos não jogarem tudo o que sabem. Atenção especial para Croácia, Argentina e Portugal.


Agora, cá entre nós, já viram futurólogo mais porreta e mais diversificado? Me autovejo em uma carreira brilhante pela frente.

PS: Estas previsões, tomadas em seu conjunto, tem uma margem de erro de 25% para cima ou para baixo.


Prof. Geraldinho de Paula Corrêa - O Pai Dinô.
E. M IMACO - noturno.
no dia 23 de março de 2005, 12 horas, 23 minutos -
90 dias antes da copa e mais de 200 antes das eleições.

Auto-engano petista

FOLHA DE SÃO PAULO
São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 2006

O PT contabilizou que 5.418 filiados deixaram a legenda em 2005, o ano do "mensalão". Outras 29.583 pessoas decidiram se filiar no mesmo período. O partido vende a idéia de que saiu mais forte da crise do que entrou. Bom exemplo de auto-engano, e não o único.
Números dizem o que quisermos, desde que bem torturados. Pode-se dizer que 5.418 pessoas deixaram o PT indignadas com a falta de sintonia entre o discurso ético e sua prática e que 29.583 novos filiados viram possibilidade de ascensão profissional ao tentar iniciar uma carreira de Delúbio. Querem enriquecer.
O PT tem acumulado exemplos de desconexão com o mundo real. Seu Diretório Nacional aprovou, no sábado, um texto de análise política que se aproxima do devaneio. Fala que PSDB e PFL foram "surpreendidos" pela "capacidade de reação" petista. Que reação? Desde a crise do "mensalão", o PT se enrolou cada vez mais e está desmilingüindo nos movimentos sociais que lhe deram origem.
Prosseguem os marcianos -só podem ser de outro mundo- que escreveram a análise petista: "Por isso, (PSDB e PFL) retomaram a fúria denuncista, tentando levar novamente as atenções para esse campo, pois avaliam que perdem no campo programático e na comparação de governos", diz o texto.
Denuncismo, não! Esse sempre foi um bordão de corruptos e corruptores. Hoje está impregnando os antes apenas chatos documentos internos do PT. O caixa dois petista é fruto de denuncismo? E o dinheiro desviado de contratos públicos? E os carros importados e depósitos no exterior?
O PT precisa de um choque de realidade. Mas é cada vez mais difícil esperar que isso ocorra, como mostra o exemplo do presidente Lula. Num dia, aparece tocando tambor, noutro coloca um cocar na cabeça, como se vivesse na ilha da fantasia. Falta a Lula um indicador que lhe mostre o caminho para escapar da lama que cerca o Planalto.

domingo, 19 de março de 2006

Ex-militante do PT

"Tenho a absoluta convicção de que a verdade vai prevalecer sobre a mentira, por mais blindada que a mentira esteja. Esse pessoal está contando mentira há mais de dez anos"

PAULO DE TARSO VENCESLAU
Ex-militante do PT

FOLHA DE SÃO PAULO -
São Paulo, domingo, 19 de março de 2006

Que grande amigo - Paulo Okamoto

Com recursos próprios,Paulo Okamoto disse que pagou R$ 29,4 mil de uma dívida do presidente Lula, em 2003.
Um ano antes, quitou um débito de R$ 26 mil de Lurian - ( Lurian Cordeiro Lula da Silva) filha do Rei das metáforas futebolísticas.

sábado, 18 de março de 2006

A lei da mordaça do PT - É TRISTE, MAS É VERDADE

A lei da mordaça do PT -

Sábado, 18 março de 2006 - O ESTADÃO DE SÃO PAULO

É TRISTE, MAS É VERDADE. EMBORA SEJA MATÉRIA DE UM DOS JORNAIS MAIS REACIONÁRIOS DO PAÍS. TENHO QUE CONCORDAR.

Era uma vez um partido que empunhou a bandeira da ética para seduzir a "burguesia" brasileira, avessa às suas atávicas tendências carbonárias, simbolizadas pela então façanhuda figura do seu líder máximo, o Lula "hoje não tô bom". O estratagema funcionou: enquanto, como se viria a saber, o PT agia à semelhança de "tudo que está aí", conforme o seu jargão, nos governos municipais e estaduais que vinha conquistando, mais se excediam suas lideranças na invocação da moralidade pública como arma eleitoral para ascender ao comando do País.

E era uma vez um presidente da República que, diante das evidências incontestáveis de que um certo Waldomiro Diniz, braço direito do seu segundo no Planalto, José Dirceu, era no mínimo um extorsionário, jurou aos brasileiros que todos os eventuais ilícitos do assessor parlamentar do ministro da Casa Civil seriam apurados às últimas conseqüências. Enquanto isso, com a conivência do então presidente do Senado, José Sarney, o Planalto conseguia impedir o funcionamento da CPI dos Bingos, pedida pela oposição para apurar o escândalo em todas as suas ramificações. Só depois de mais de um ano, graças a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), ela pôde ser instalada.

A essa altura, o mesmo presidente decerto já tinha perdido a conta das vezes em que prometera que os sinais de corrupção na administração federal direta e indireta - trazidos à luz no flagrante de suborno de um funcionário de segundo escalão dos Correios - e o pagamento sistemático de propinas a deputados, denunciado pelo petebista Roberto Jefferson, também seriam investigados em toda a sua extensão, "doa a quem doer". Enquanto isso, em perfeita sintonia com o Planalto, o PT e os seus igualmente inescrupulosos companheiros de viagem faziam o que sabiam e mais alguma coisa para matar no nascedouro a CPI dos Correios, ou ao menos emasculá-la para que não destampasse o lodo do governo que "não rouba, nem deixa roubar".

Numa frente da batalha pelo abafa e a impunidade, o governo se saiu bem. Outra CPI, a do Mensalão, morreu em surdina, sem produzir nem sequer o devido relatório de suas investigações. Em contrapartida, a comissão dos bingos, na qual a oposição prevalece, partiu do fato determinado que lhe deu origem para buscar outras peças que a ele se ligavam no vasto quebra-cabeça da corrupção petista. Passou a ser chamada, por isso, a CPI do fim do mundo. E foi ela que, inicialmente pisando em ovos, incluiu entre os seus objetivos o de apurar os ilícitos de que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, era acusado, remontando aos seus tempos de prefeito em Ribeirão Preto e de coletor-sênior de fundos para a campanha presidencial de Lula.

A barragem rebentou com a entrevista ao Estado de Francenildo Santos Costa, caseiro do clube privé da cupinchada amiga do chefe, como ele fazia questão de ser chamado ali. O moço relatou - e reafirmou numa entrevista coletiva - o que obravam naquela mansão do Lago Sul os Burattis, Poletos e Barquetes, entre um repasse e outro de dinheiro vivo e entre um congraçamento e outro com as atendentes de madame Jeany Mary Corner. Anteontem, por fim, nos 55 minutos que teve para falar à CPI dos Bingos, antes que fosse amordaçado por uma liminar impetrada no STF por um senador petista, a mando pessoal do presidente Lula, ele reiterou "até morrer" tudo o que dissera da presença de Palocci na sede da República de Ribeirão.

Ao pulverizar com superabundante fartura de detalhes as negativas do ministro, o comprometeu irremediavelmente - nem tanto pelo que fez ou deixou de fazer no casarão, mas porque mentiu à CPI - como mentira antes sobre o avião "alugado pelo PT" e sobre os contratos do lixo. Seria o caso de dizer que, ao pedir ao Supremo - por intermédio do PT - que amordaçasse o caseiro Francenildo, o presidente Lula também deixou escancarado o seu comprometimento com a mentira, o engodo e a corrupção - qualquer o sentido que se dê à palavra.

Dolorosa é a descoberta da existência de dois Paloccis - o dr. Jekyll e o mr. Hyde. O primeiro é uma cabeça privilegiada, um ministro da Fazenda como poucos o Brasil teve - e que se cercou no ministério de uma equipe de excepcional qualidade. O segundo, um político municipal que se fez cercar por uma máfia de desqualificados, a cujas bandalheiras nunca terá estado alheio - para dizer o menos.

quinta-feira, 16 de março de 2006

DENÚNCIA PBH e APOSENTADOS

PBH

Um mulher que assina apenas Samara por medo de retaliações, nos escreve dizendo que a paridade de vencimentos de servidores inativos da Prefeitura de Belo Horizonte é uma mentira.

Segundo ela, a coisa funciona mais ou menos assim: aposentado não tem avaliação de desempenho; mudam o nome do cargo para os da ativa e junto com o novo cargo atrelado um reajuste de salário; os outros, que já se aposentaram ficam sem aumento porque pertencem ao cargo que acabou. Misteriosamente, o cargo inexistente continua aparecendo nos contracheques dos aposentados e pensionistas.

Na carta ela ainda desabafa a leitora que 80% dos servidores municipais estão na faixa salarial, entre um a três salários mínimos.

FONTE -
DIARIO DA TARDE / JORNAL DO FUNCIONÁRIO - 16/03/06

quarta-feira, 15 de março de 2006

O Tédio Mata Nosso Ensino

O Tédio Mata Nosso Ensino

Especial para O Estado de S. Paulo
11/03/2006

Um professor do ensino fundamental ganha, por mês, entre R$ 300 e R$ 800 nas escolas paulistas e paulistanas. Qualquer um que tenha um carrinho de cachorro-quente na frente da escola, não aprovado pela vigilância sanitária, ganha mais que isso.A vida na escola é insuportável, no Brasil. O aluno adolescente ameaça fisicamente o professor. Se vier a se defender, o professor tem contra ele o juiz, o pai, o delegado, a mãe, o Conselho Tutelar do Menor e, enfim e mais decisivamente, a gangue à que o garoto pertence.
Os prédios escolares, então, são ambientes de 'filme catástrofe'. Computadores e vídeos, estragados, se existem, ficam empilhados em bibliotecas fechadas. O aluno de nariz sujo e o professor de 'chinelo de dedo' se misturam no martírio de um improvável aprendizado de conteúdo que ninguém justifica. O quadro se completa com a venda de roupas e bijuterias - um modo de sobreviver ali.
A estrutura do ensino? As autoridades não estão muito interessadas nisso. A professora sai da escola e, uma vez no transporte coletivo, toda suada, olha um outdoor com a foto do secretário da Educação do Estado de São Paulo. Em vez de encontrar um homem de terno e gravata, preocupado com a calamidade em que se encontra o ensino público, vê no cartaz um garotão com olhar esquisito e uma camisa rosa aberta no peito - com medalhão. Dá para acreditar? Pior: descobre que a pedagogia do dito cujo é a do... Paulo Freire? Piaget? Dewey? Não, não! É a 'do amor'. O secretário da Educação vende livros de auto-ajuda, livros de biografia da primeira-dama do Estado de São Paulo e, também, sobre a 'pedagogia do amor'.
E os pós-graduados em Educação? Os mestres e doutores em Educação ficam eufóricos quando algum sociólogo fala horas sobre a crueldade da 'globalização' e sobre a desgraça que, segundo tal cartilha, é fruto do tal de 'capitalismo'. Esse pessoal entra em êxtase quando o sociólogo (o mesmo) acusa o Banco Mundial de querer exercer o 'controle da educação do Terceiro Mundo'. Essa ladainha, eles, os mestres e doutores, repetem depois em suas aulas na Pedagogia e nos cursos de pósgraduação - há quase 30 anos! E ainda contam que não mudam porque 'ainda vivemos sob capitalismo', ou seja, os problemas seriam 'os mesmos'. No entanto, evitam ler o relatório a respeito dos empréstimos dos organismos internacionais para a educação nos países pobres. Pois, nesse caso, o Brasil é apontado como o país onde os recursos nunca conseguiram trazer os resultados positivos vistos nos outros países que receberam os mesmos empréstimos.
E os formadores de professores do ensino fundamental? Não sabem nem Matemática nem Ciências. Conhecem algo de História? Alguns conhecem. Geografia? Bem, nem há Geografia no vestibular da USP para entrar no curso de Pedagogia, sabiam? E Português? Bom, há vários professores mandando suas dissertações e teses para serem corrigidas por revisores que, enfim, são obrigados a refazer todo o texto. Mas o problema mesmo, sem dúvida, é a Matemática. Eles odeiam a Matemática e passam essa indisposição aos formados em Pedagogia, futuros professores das nossas crianças. Por isso o brasileiro não é 'analfabeto funcional', como dizem os estudiosos de hoje em dia, mas se torna com facilidade um preguiçoso mental: não gosta de Lógica e muito menos de Filosofia, quando esta exige rigor de pensamento e raciocínio lógico-matemático. O ódio da garota pedagoga pela Matemática é a base da mentalidade de nosso professorado.
O nosso ensino é apontado nas estatísticas como o pior do mundo. Nos exames mais recentes para verificação de habilidades de compreensão de textos e Ciências, aplicados por organismos internacionais, temos ficado nos últimos lugares, mesmo competindo com países muito pobres, como a Bolívia e o Equador. Mas os nossos gastos com a educação não são diminutos, como dizem por aí, comparativamente com o resto do mundo e guardadas as necessárias proporções.Todavia, entre todas essas mazelas há uma que determina a impossibilidade de pegarmos um fio da meada para tentar mudar isso. Trata-se da carreira do professor - os méritos da carreira.
No Brasil, o professor do ensino fundamental e médio não pode ser promovido financeiramente por conta de desenvolvimento intelectual, de um modo estranhamente diferente do que ocorre com o professor universitário. Não adianta ele melhorar intelectual e didaticamente, pois isso jamais será avaliado; seu salário não vai subir substancialmente e suas atividades não vão sair da rotina. O professor brasileiro não tem incentivo financeiro, ou mesmo de outra ordem, para crescer intelectualmente na atividade central de sua vida, que é 'dar aula'. Para ganhar mais ele só tem dois caminhos: a porta da rua ou a porta da sala - ambas para fora. Se não sai da profissão, é para ser diretor de escola ou supervisor de Ensino ou, então, para fazer mestrado e ir para o ensino superior, ou seja, para sair da sala de aula. Ficar na sala de aula e melhorar intelectualmente e, então, ser premiado financeiramente por isso não é uma prática no Brasil. Isso faz da atividade um tédio. Esse tédio mata nosso ensino.
Esse tédio é o que regra uma boa parte de nossa vida, uma vez que gastamos muito tempo sob tal situação, pois, se não somos professores, todos nós fomos alunos. Sendo ou não professores, somos vítimas disso, dessa desconsideração pela vida.
Deveríamos recusar-nos a tal sistema de degradação.
© PGJr 2006
http://www.ghiraldelli.pro.br/

BEM-VINDA À DIREITA!

Uma universitária cursava o sexto semestre da Faculdade.
Como é comum no meio universitário, pensava que era de esquerda e estava a favor
da distribuição da riqueza.
Tinha vergonha do fato de seu pai ser de direita e, portanto,contrário aos
programas e projetos socialistas que previam dar
benefícios aos que não mereciam e impostos mais altos aos que tinham mais
dinheiro.
A maioria dos seus professores tinha afirmado que a filosofia de seu pai era
equivocada.
Por tudo isso, um dia, decidiu enfrentar o pai.
Falou com ele sobre o materialismo histórico e a dialética de Marx,
procurando mostrar-lhe que estava errado ao defender um sistema tão injusto como
o da direita.
No meio da conversa o pai perguntou:
- Como vão as aulas?
- Vão bem, respondeu ela. A média das minhas notas é 9,mas me dá muito trabalho
consegui-las.
Não tenho vida social,durmo pouco,mas vou em frente.
O pai prosseguiu:
- E a tua amiga Paula, como vai?
Ela respondeu com muita segurança:
Muito mal.A sua média é 3,principalmente, porque passa os dias em shoppings e em
festas. Pouco estuda e algumas vezes nem sequer vai às
aulas.
Com certeza, repetirá o semestre.
O pai, olhando nos olhos da filha, aconselhou:
- Que tal se você sugerisse aos professores ou ao coordenador do curso para que
sejam
transferidos 3 pontos das suas notas para as da Paula.Com isso,vocês duas teriam
a mesma média.
Não seria um bom resultado para você, mas, convenhamos,seria uma boa e
democrática distribuição de notas para permitir
futura aprovação de vocês duas.
Ela indignada retrucou:
- Por quê?! Eu estudei muito para conseguir as notas que tive,enquanto a Paula
buscava o lado fácil da vida,
coisas que mesma tive de abrir mão.
Não acho justo que todo o trabalho e privaçã que tive seja, simplesmente, dado
a outra pessoa.
Seu pai, então, a abraçou, carinhosamente, dizendo:
BEM-VINDA À DIREITA!!!!
Embora seja uma narrativa pragmática,parece-nos que a significativa militância
festiva que viveu nos DCE's DA's e no meio acadêmico em geral combatendo essa
conduta direitista.
Atualmente faz parte da nova "ELITE POLÍTICA DO BRASIL" grande parte dos
militantes festivos que vem a reboque aparelhando as esferas públicas do poder,
e terceirizando nossos impostos com contribuição partidária,no passado defendiam
um mundo melhor.
Hoje a militância,está nos conselhos populares,nas administrações regionais e
secretarías tematáticas gerências etc,INDIREITANDO seus vencimentos.
Reproduzindo ou clicando Ctrl C e Ctrl V ( COPIANDO ) a receita PETISTA e do PC
do B de governar.
.
Operando o mensalão, refundando o Brasil, dizendo que errar humano,fazendo
acordos e
obviamente achincalhando quem coloca em dúvida tal postura como no passado.
"VOU PINGAR UM COLÍRIO ALUCINÓGENO"
O Mi"ll"intante

terça-feira, 14 de março de 2006

As ditaduras de esquerda são piores - NUNCA É TARDE

"Atrevo-me a dizer que as ditaduras de esquerda são piores, pois contra as de direita pode-se lutar de peito aberto: quem o fizer contra as de esquerdas acaba acusado de reacionário, vendido, traidor".
Jorge Amado


O MI"LL"ITANTE

CONGRESSO DO SID UTE - POR UM SINDICATO DA REDE

Finalmente, aquilo que sonhamos por tanto tempo está se aproximando: o momento que sairemos da franquia Sind-UTE Estadual, parando de pagar royates a estrutura viciada e sem vitalidade que um dia ajudamos a criar e que historicamente - no passado - serviu a luta dos trabalhadores.

A diretoria do Sind-UTE estadual, com sua estratégia de priorizar tudo menos a RME BH esgotou a nossa paciência e conscientemente ou não, quase apaga BH do mapa de Minas. Basta verificar as principais fontes de informação e comunicação da entidade: o site e o jornal, que financiamos com nossas contribuições sindicais. Estes meios de comunicação, que deveriam estar a serviço da luta dos trabalhadores TODOS, simplesmente ignoravam a existência da Rede Municipal BH e suas questões. Assim, nossas greves, congressos, críticas a escola plural e seus equívocos, NUNCA EXISTIRAM para a diretoria do Sind-UTE Estadual e seu departamento de imprensa.

As exceções sejam reconhecidas: Marcelo, que me parece também fazer parte da base municipal, sempre esteve presente em nossas atividades, embora tal presença não tenha surtido efeito preventivo ou reparador à política de descaso e tantas vezes de desrespeito dispensada a nós pela entidade matriz..

Então vamos ao Congresso. Para coroar a vontade da categoria que majoritariamente escolheu a autonomia e o caminho novo. e QUE SEJA EFETIVAMENTE NOVO. Com criatividade, com novas propostas e políticas de atuação. A estrada velha já conhecemos: prioridade para a perpetuação de líderes mumificados e esquizofrênicos nos postos do sindicato e na CUT; críticas merecidas a Aécio e silencio obsequioso, subserviente com o senhor Damata e sua trupe; celulares e diárias muito bem pagas com dinheiro coletivo e políticas defendidas no particular das reuniões de diretoria, muito bem escondidas.

E para os que pensam em dirigir a nova entidade que se desenha coletivamente: FIQUEMOS DE OLHO PARA EVITAR O HILARISMO NO NOSSO NOVO SINDICATO.

EFEITO AMONH RÁ NUNCA MAIS!!!!

Porf. Geraldinho. IMACO - terceiro turno

quinta-feira, 9 de março de 2006

Neoliberal de esquerda

Neoliberal de esquerda

CARLOS ALBERTO SARDENBERG

Já foi mais charmoso no tempo do socialismo, mas no Brasil de hoje é assim: ser de esquerda é propor menos superávit primário. Parece, mas não é tão estranho.

Superávit primário é a economia que o setor público faz para pagar juros. O governo recolhe os impostos e sai gastando com o funcionamento da máquina, pagamento de salários, benefícios previdenciários, bolsas e investimentos. O que sobra é o superávit primário, que se destina a pagar juros e reduzir a dívida pública.

Portanto, se um governo endividado não fizer essa economia, simplesmente dará o calote. Ou produzirá inflação, ao emitir dinheiro para cobrir as despesas, inclusive a financeira. Ou ainda aumentará a dívida, tomando empréstimo novo, a juros extorsivos, para pagar juro de empréstimos antigos.

O Brasil já trilhou esses três caminhos ? equívocos que deixaram os três títulos mundiais: de juros altos, de gasto público elevado e de carga tributária exagerada, isso no torneio das nações emergentes.

Desde 1999, no governo FHC, instalou-se o tripé de uma nova política econômica: metas de inflação, câmbio flutuante e metas de superávit primário, combinação então considerada neoliberal pelo PT. Na campanha de 2002, pressionado pela crise de confiança, Lula assumiu o tripé.

Ganhou e cumpriu, até surpreendentemente: fez superávit superior ao do governo FHC. Também manteve firmes os outros dois lados do tripé. O dólar flutuou para baixo e os juros subiram para conter a inflação.

É evidente que quanto maior o superávit primário menos dinheiro sobra para o governo gastar em todas as outras coisas. Ou seja, o governo Lula fez exatamente o que o discurso de esquerda tradicional dizia que não se devia fazer: pagar juros aos credores antes de matar a fome do povo e atender à clientela do setor público.

Como o governo Lula e o PT resolveram a contradição? De duas maneiras. O PT, dizendo que se tratava de emergência, tipo quebra-galho para lidar com a herança maldita. Lula, aumentando o gasto social ? conceito amplo que vai da bolsa família e salário mínimo até a expansão das universidades federais e a contratação de funcionários.

Passados três anos, véspera de nova eleição presidencial e depois do mensalão, a história ficou assim. O PT da esquerda gostaria mesmo de detonar o tripé de política econômica e voltar aos termos dos antigos documentos do PT, o "Ruptura Necessária" e o "Neonacional-desenvolvimentismo". Sabendo que não tem força para isso, propõe o quê? Um superavitizinho bem menor ou nulo, de modo a sobrar mais dinheiro para gastar. E, claro, forte redução de juros, queira ou não o Banco Central.

Lula não poderá prometer, muito menos fazer isso caso se reeleja. Se prometer, perde a condição de líder de esquerda responsável, tão badalado em Londres, por exemplo, e gera outra crise de confiança. A conseqüência seria uma deterioração nos indicadores financeiros ? dólar, juros e risco Brasil em alta.

Mas como se apresentar às eleições e como atender à clientela e à velha alma de esquerda? Simples: aumentando o gasto público. Como aumentar o gasto e fazer superávit primário ao mesmo tempo? Aumentando a arrecadação de impostos ? que subiu espantosos três pontos percentuais do Produto Interno Bruto em três anos. Considerando o PIB do ano passado, isso representa um ganho de arrecadação em torno de R$ 55 bilhões, um dinheirão retirado do setor privado, empresas e pessoas.

A lógica do tripé metas de inflação/câmbio flutuante/superávit primário exige o contrário ? a redução do gasto público. Quanto menor for este, maior será o superávit primário, o que significa a redução mais rápida da dívida pública. Quanto mais rápido cair a dívida, menor será a taxa de juros e, pois, menor a despesa financeira do governo, fechando-se o círculo virtuoso. Cresce a economia e é possível reduzir impostos, já que são menores as necessidades do governo.

Mas não. Lula assume o tripé, meio obrigado, e, para atender o lado esquerdo, desanda a gastar no custeio e no social. Aí precisa de mais impostos e mais superávit. Trava a economia, a dívida pública mal se move e, assim, os juros continuam elevados.

Deu numa coisa tipo neoliberal de esquerda fisiológica. Nenhum país cresce com isso.

Ainda bem.

CARLOS ALBERTO SARDENBERG é jornalista.