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sábado, 27 de março de 2010

Aos guerrilheiros das nossas Malvinas 2

Não sou professor de História, mas sou das humanas e respeito os fatos, como também sou capaz de interpretá-los. Já participei de muitas greves. As últimas fracassaram por falta de estratégia, conhecimento ou por estratégia e motivação equivocadas. A de 2005 foi um fracasso. Minha participação na greve é de me manifestar que não quero participar dela por motivos vários. E não sou só eu. Meus colegas de escola também não paramos por convicção de que essa greve não é genuína e as reivindicações urgentes e justas são só pano de fundo da verdadeira razão que a deflagrou. Pelo que vejo, pegamos carona na greve de outros segmentos. Nada de mal quanto a isso, desde que a nossa greve e as reivindicações não fiquem a mercê e a reboque dos interesses dos outros e até de outros interesses.
Quanto à história, vamos aos fatos. Qual fato que evoquei aqui

Veja em: Aos guerrilheiros das nossas Malvinas

que não tenha acontecido? A Modesta poderia se manifestar a respeito. Além do mais, não fiz um paralelo histórico anacrônico, fiz uma alusão que pretende ilustrar minha argumentação. É para ilustrar que usei o episódio das Malvinas, não para fazer um paralelo histórico.

Motivação tivemos de sobra em 2005. Esse blog e o grupo de discussão nasceu lá exatamente para criar um ambiente que permitisse que discutíssemos as razões e a forma de nosso movimento sem pudor e sem os vícios característicos das reuniões e assembléias. Porém foi um fiasco a greve porque não soubemos parar no tempo certo. Voltamos sem nada porque havia interesses outros nos empurrando e a inércia de uma ilusória adesão massiva da categoria, desinformação, avaliação equivocada pelo pouco conhecimento acumulado ou visto através de um olhar estreito sobre a nossa categoria, nos levou a uma derrota tamanha que levamos 5 anos para esquecer a mancada e ainda, pelo jeito, não aprendemos nada com ela! Os protagonistas dessa greve são os mesmos e os interesses por trás dela são muito semelhantes. Nossos inimigos já foram ex-aliados e nos conhecem muito bem. No ano seguinte àquela greve saíram até candidatos a Governador e ao Senado dos membros do nosso sindicato. Pessoas que nem vereadores foram um dia!
Minha participação na greve é essa, de um ANTAGONISTA. De quem que antes apoiava, mas resolveu, pelas circunstâncias adversas, criticá-la, para que a categoria não pense que estamos tão unidos assim e que nosso fôlego é limitado e que podemos estar embarcando numa canoa furada.
Essa solidariedade e cordialidade com o movimento grevista que me pedem, para que me junte a um movimento de que desconfio tem nome: HIPOCRISIA. Precisamos deixar de sermos um povo hipócrita e devemos assumir integralmente e democraticamente nossas posições. Prefiro vir a público e me colocar nesse blog que bancar o hipócrita e sair às ruas cantando palavras de ordem que não acredito, dando voz a pessoas e a um movimento com o qual não concordo. Evidentemente que faço meus questionamentos nesse blog porque não sou um traíra, como quiseram insinuar que me tornei. É aqui que podemos colocar nossas questões intestinas e discutí-las. Não faria isso na mídia convencional e não é a partir dela que estou tecendo minhas considerações. É a partir dos fatos e da experiência que tive ao participar de greves e da participação dos eventos patrocinados por esse sindicato que pouco fizeram para melhorar nossa situação. Não são minhas alusões que são anacrônicas, são os argumentos, o foco da nossa luta e a forma como sempre levamos deflagramos essas greves que estão anacrônicos e precisam ser repensados para que possamos alcançar algum êxito.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Aos guerrilheiros das nossas Malvinas

Caros colegas,

Sei que nossas reivindicações são muitas, urgentes e justas, mas vou ser direto e curto em questionar essa greve que me recuso a participar diretamente pelo motivo (principal) que exponho abaixo.

Quando a Ditadura Argentina estava em crise, prestes a ser derrubada, ela arrumou uma guerra para desviar a atenção do público que se punha contra ela. Após ser derrotada pela Inglaterra e perder as ilhas Malvinas, a ditadura argentina ruiu.

Esse nosso sindicato, tão disputado e controlado pelos partidos PSTU, PSOL e PT, após a posse de Patrus, nos levava a fazer greves no ano que antecedia às eleições municipais e outras.

Resultado: desmobilização e humilhação da categoria, evitando que, na época das eleições, uma greve causasse constrangimento aos governos de esquerda, então vigentes.

Agora, graças ao golpe de Aécio, aliado a uma ala "direitosa" do PT, o poder mudou de mãos, se afastando do projeto dessas "esquerdas". Então, a categoria irá amargar mais essa desastrosa greve. A forma abrupta e descuidada como foi deflagrada nos levará a mais uma derrota, embora, agora, finalmente, na época certa, no ano das eleições, só que pelos mesmos motivos "eleitoreiros" e para aplacar uma crise institucional, de forma tão impensada ou pensada com outras motivações, como d'antes.

As nossas ilhas Malvinas (nosso destino profissional) continuarão nas mãos deles até que desejemos realmente e estejamos preparados para retomá-las. Só espero que, com mais essa fragorosa derrota, o sindicato seja obrigado a mudar de mãos, interrompendo tantos anos a mercê da disputa de guerrilhas partidárias, e passe a trabalhar realmente na defesa de nossos interesses, especialmente de nós professores ("trabalhadores professores educadores" e não, simplesmente, como essas legendas nos picharam, nos desautorizando e nos nivelando a outras categorias, de " trabalhadores da educação").