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sábado, 31 de janeiro de 2009

Educação ao contrário

Clicando no Google a palavra “Educação” seguida da expressão “direito de todos”, encontrei 671 mil referências. Só de artigos acadêmicos a respeito, 5.120. “Educação inclusiva” dá 262 mil respostas. Experimente clicar agora “Educar-se é dever de cada um”: nenhum resultado. “Educar-se é dever de todos”: nenhum resultado. “Educar-se é dever do cidadão”: nenhum resultado.

Isso basta para explicar por que os estudantes brasileiros tiram sempre os últimos lugares nos testes internacionais. A idéia de que educar-se seja um dever jamais parece ter ocorrido às mentes iluminadas que orientam (ou desorientam) a formação (ou deformação) das mentes das nossas crianças.

Eis também a razão pela qual, quando meus filhos me perguntavam por que tinham de ir para a escola, eu só conseguia lhes responder que se não fizessem isso eu iria para a cadeia; que, portanto, deveriam submeter-se àquele ritual absurdo por amor ao seu velho pai. Jamais consegui encontrar outra justificativa. Também lhes recomendei que só se esforçassem o bastante para tirar as notas mínimas, sem perder mais tempo com aquela bobagem. Se quisessem adquirir cultura, que estudassem em casa, sob a minha orientação. Tenho oito filhos. Nenhum deles é inculto. Mas o mais erudito de todos, não por coincidência, é aquele que freqüentou escola por menos tempo.

A idéia de que a educação é um direito é uma das mais esquisitas que já passaram pela mente humana. É só a repetição obsessiva que lhe dá alguma credibilidade. Que é um direito, afinal? É uma obrigação que alguém tem para com você. Amputado da obrigação que impõe a um terceiro, o direito não tem substância nenhuma. É como dizer que as crianças têm direito à alimentação sem que ninguém tenha a obrigação de alimentá-las. A palavra “direito” é apenas um modo eufemístico de designar a obrigação dos outros.

Os outros, no caso, são as pessoas e instituições nominalmente incumbidas de “dar” educação aos brasileiros: professores, pedagogos, ministros, intelectuais e uma multidão de burocratas. Quando essas criaturas dizem que você tem direito à educação, estão apenas enunciando uma obrigação que incumbe a elas próprias. Por que, então, fazem disso uma campanha publicitária? Por que publicam anúncios que logicamente só devem ser lidos por elas mesmas? Será que até para se convencer das suas próprias obrigações elas têm de gastar dinheiro do governo? Ou são tão preguiçosas que precisam incitar a população para que as pressione a cumprir seu dever? Cada tostão gasto em campanhas desse tipo é um absurdo e um crime.

Mais ainda, a experiência universal dos educadores genuínos prova que o sujeito ativo do processo educacional é o estudante, não o professor, o diretor da escola ou toda a burocracia estatal reunida. Ninguém pode “dar” educação a ninguém. Educação é uma conquista pessoal, e só se obtém quando o impulso para ela é sincero, vem do fundo da alma e não de uma obrigação imposta de fora. Ninguém se educa contra a sua própria vontade, no mínimo porque estudar requer concentração, e pressão de fora é o contrário da concentração. O máximo que um estudante pode receber de fora são os meios e a oportunidade de educar-se. Mas isso não servirá para nada se ele não estiver motivado a buscar conhecimento. Gritar no ouvido dele que a educação é um direito seu só o impele a cobrar tudo dos outros – do Estado, da sociedade – e nada de si mesmo.

Se há uma coisa óbvia na cultura brasileira, é o desprezo pelo conhecimento e a concomitante veneração pelos títulos e diplomas que dão acesso aos bons empregos. Isso é uma constante que vem do tempo do Império e já foi abundantemente documentada na nossa literatura. Nessas condições, campanhas publicitárias que enfatizem a educação como um direito a ser cobrado e não como uma obrigação a ser cumprida pelo próprio destinatário da campanha têm um efeito corruptor quase tão grave quanto o do tráfico de drogas. Elas incitam as pessoas a esperar que o governo lhes dê a ferramenta mágica para subir na vida sem que isto implique, da parte delas, nenhum amor aos estudos, e sim apenas o desejo do diploma.


Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 27 de janeiro de 2009

sábado, 24 de janeiro de 2009

MUNICIPAL BELO HORIZONTE REABRE EM 2009

Após ter ficado muito tempo fechado pela violência contra professores e funcionários, a tradicional escola da Rede volta a abrir em 2009. A desculpa da SMED, de que era para reforma, só serviu para tentar encobrir a incompetência dos gestores em administrar.
Relembrando: primeiro disseram que os professores da escola não davam conta, depois fizeram seleção entre os quadros da REDE para pessoal que tivesse aval da Smed para buscar um projeto inovador (a tal da escola da juventude) e que atendesse a demanda da comunidade falando a linguagem da moçada de lá da Pedreira. Logo viram que o buraco era mais em baixo e fecharam as portas da escola legando uma reforma.
Vamos aguardar.


Sábado, 24 de Janeiro de 2009
Ano XV - Edição N.: 3267
Poder Executivo
Secretaria Municipal de Educação

PORTARIA SMED N.º 011/2009

A Secretária Municipal de Educação, no uso de suas atribuições, considerando a instituição do Sistema Municipal de Ensino de Belo Horizonte pela Lei n.º 7.543, de 30 de junho de 1998, os dispositivos da Lei Federal n.º 9.394/96, as bases do Projeto Social e Político-Pedagógico para microrregião da Pedreira Prado Lopes e com base no Ofício CME/GAB-SMED N.º 217, datado de 15/12/08,

RESOLVE:

Art. 1º - Fica autorizado, a partir do ano de 2009, o reinício das atividades da Escola Municipal Belo Horizonte criada pela Lei n.º 19 de 05 de maio de 1948, e denominada pela Lei n.º 328 de 09 de março de 1953, situada na Avenida José Bonifácio n.º 189, Bairro São Cristóvão, em Belo Horizonte.

Art. 2º - Esta Portaria entra vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 20 de janeiro de 2009

Macaé Maria Evaristo
Secretária Municipal Interina de Educação

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Eduardo Galeano: "Quem deu a Israel o direito de negar todos os direitos?"

Para justificar-se, o terrorismo de estado fabrica terroristas: semeia ódio e colhe pretextos. Tudo indica que esta carnificina de Gaza, que segundo seus autores quer acabar com os terroristas, acabará por multiplicá-los.


Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem nem respirar sem permissão. Perderam sua pátria, suas terras, sua água, sua liberdade, seu tudo. Nem sequer têm direito a eleger seus governantes. Quando votam em quem não devem votar são castigados. Gaza está sendo castigada. Converteu-se em uma armadilha sem saída, desde que o Hamas ganhou limpamente as eleições em 2006. Algo parecido havia ocorrido em 1932, quando o Partido Comunista triunfou nas eleições de El Salvador. Banhados em sangue, os salvadorenhos expiaram sua má conduta e, desde então, viveram submetidos a ditaduras militares. A democracia é um luxo que nem todos merecem.


São filhos da impotência os foguetes caseiros que os militantes do Hamas, encurralados em Gaza, disparam com desajeitada pontaria sobre as terras que foram palestinas e que a ocupação israelense usurpou. E o desespero, à margem da loucura suicida, é a mãe das bravatas que negam o direito à existência de Israel, gritos sem nenhuma eficácia, enquanto a muito eficaz guerra de extermínio está negando, há muitos anos, o direito à existência da Palestina.


Já resta pouca Palestina. Passo a passo, Israel está apagando-a do mapa. Os colonos invadem, e atrás deles os soldados vão corrigindo a fronteira. As balas sacralizam a pilhagem, em legítima defesa.
Não há guerra agressiva que não diga ser guerra defensiva. Hitler invadiu a Polônia para evitar que a Polônia invadisse a Alemanha. Bush invadiu o Iraque para evitar que o Iraque invadisse o mundo. Em cada uma de suas guerras defensivas, Israel devorou outro pedaço da Palestina, e os almoços seguem. O apetite devorador se justifica pelos títulos de propriedade que a Bíblia outorgou, pelos dois mil anos de perseguição que o povo judeu sofreu, e pelo pânico que geram os palestinos à espreita.


Israel é o país que jamais cumpre as recomendações nem as resoluções das Nações Unidas, que nunca acata as sentenças dos tribunais internacionais, que burla as leis internacionais, e é também o único país que legalizou a tortura de prisioneiros.


Quem lhe deu o direito de negar todos os direitos? De onde vem a impunidade com que Israel está executando a matança de Gaza? O governo espanhol não conseguiu bombardear impunemente ao País Basco para acabar com o ETA, nem o governo britânico pôde arrasar a Irlanda para liquidar o IRA. Por acaso a tragédia do Holocausto implica uma apólice de eterna impunidade? Ou essa luz verde provém da potência manda chuva que tem em Israel o mais incondicional de seus vassalos?


O exército israelense, o mais moderno e sofisticado mundo, sabe a quem mata. Não mata por engano. Mata por horror. As vítimas civis são chamadas de “danos colaterais”, segundo o dicionário de outras guerras imperiais. Em Gaza, de cada dez “danos colaterais”, três são crianças. E somam aos milhares os mutilados, vítimas da tecnologia do esquartejamento humano, que a indústria militar está ensaiando com êxito nesta operação de limpeza étnica.


E como sempre, sempre o mesmo: em Gaza, cem a um. Para cada cem palestinos mortos, um israelense. Gente perigosa, adverte outro bombardeio, a cargo dos meios massivos de manipulação, que nos convidam a crer que uma vida israelense vale tanto quanto cem vidas palestinas. E esses meios também nos convidam a acreditar que são humanitárias as duzentas bombas atômicas de Israel, e que uma potência nuclear chamada Irã foi a que aniquilou Hiroshima e Nagasaki.


A chamada “comunidade internacional”, existe? É algo mais que um clube de mercadores, banqueiros e guerreiros? É algo mais que o nome artístico que os Estados Unidos adotam quando fazem teatro?
Diante da tragédia de Gaza, a hipocrisia mundial se ilumina uma vez mais. Como sempre, a indiferença, os discursos vazios, as declarações ocas, as declamações altissonantes, as posturas ambíguas, rendem tributo à sagrada impunidade.


Diante da tragédia de Gaza, os países árabes lavam as mãos. Como sempre. E como sempre, os países europeus esfregam as mãos. A velha Europa, tão capaz de beleza e de perversidade, derrama alguma que outra lágrima, enquanto secretamente celebra esta jogada de mestre. Porque a caçada de judeus foi sempre um costume europeu, mas há meio século essa dívida histórica está sendo cobrada dos palestinas, que também são semitas e que nunca foram, nem são, antisemitas. Eles estão pagando, com sangue constante e sonoro, uma conta alheia.


(*) Eduardo Galeano. Jornalista e escritor uruguaio, autor de, entre outros, As Veias
Abertas da América Latina.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Escola plural terá notas e recuperação anual em 2009

Segundo prefeito de BH, Marcio Lacerda, alteração não implica no fim do sistema atual

Carolina Coutinho

Os alunos matriculados na Escola Plural em Belo Horizonte vão enfrentar mudanças no início do ano letivo. Os boletins deixam de ter apenas conceitos para ter notas e a chamada retenção por matéria, ou seja, a recuperação para os alunos que não dominaram o conteúdo ao longo do período, será aplicada anualmente e não mais ao final de cada ciclo de três anos. Vale lembrar que, mesmo com a retenção, o aluno continua apto a passar de ciclo. A informação foi divulgada ontem pela secretária municipal interina de Educação, Macaé Evaristo, durante a cerimônia de posse dos 411 diretores e vice-diretores das escolas e unidades de educação infantil da capital, no Teatro Francisco Nunes, no Parque Municipal Américo Renné Gianetti, no centro. O aumento do rigor no sistema é uma exigência do prefeito Marcio Lacerda. Segundo ele, a mudança na estrutura não significa o fim da Escola Plural. "Preferimos trabalhar com a educação no modelo de progressão continuada, que tem retenções e uma boa avaliação dos alunos", afirmou. Para o prefeito, um elemento fundamental da nova avaliação dos estudantes será a volta das notas nos boletins.

A secretária informou que haverá um empenho ainda maior na avaliação e acompanhamento dos alunos para que não repitam o ano ou o ciclo. "Além dos dois sistemas de avaliação já existentes - o Proalfa, que é do Estado, e o Avalia BH - teremos mais um, que vai ajudar no diagnóstico de problemas de aprendizagem e no reforço. Mas as retenções continuarão acontecendo", afirmou. A diretora eleita da Escola Municipal Dom de Barros Câmara, Fernanda Randazzo, é a favor da retenção anual. "Com a retenção imediata, de ano em ano, a criança tem a oportunidade de recuperar melhor o conteúdo que foi ensinado. De três em três anos é muito tempo e o volume do aprendizado é maior, ficando mais difícil de ser recuperado", explicou. Para o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH), Robson Torrezani, o retorno das notas nos boletins em vez dos conceitos vai ajudar os pais a acompanharem melhor a vida escolar dos filhos. "No boletim de conceitos, os pais não conseguem acompanhar o desempenho escolar e tem estudante que até debocha desse tipo de avaliação. Para o professor vai ser melhor trabalhar dessa forma porque os alunos vão ter que se empenhar nos estudos", disse.

Duração. Outra novidade no sistema de educação é que agora o mandato dos diretores e vice-diretores durará três anos, um a mais que nas demais gestões, com a possibilidade de reeleição. (Com Hellem Malta)

Para mãe, notas são bem-vindas

Dois filhos da professora Cleude Vieira Rocha, 38, estudam em uma escola municipal do bairro Rio Branco, em Venda Nova. Este ano, Larissa, 14, vair repetir a 8ª Série, e Pedro Henrique, 9, inicia a 4ª série do ensino fundamental. Para ela, o atual modelo da Escola Plural é falho e a mudança no sistema de avaliação vai ajudar a melhorar a forma de ensino. "Acho que essa mudança veio tarde, mas vai ser ótimo ter notas no boletim. Será mais fácil acompanhar o desempenho dos meus filhos na escola e cobrar deles. Com as notas dá para saber em qual matéria eles precisam se dedicar mais", disse. Cleude acredita que os alunos da Escola Plural estavam acomodados com a forma de ensino e a retenção anual é uma maneira de exigir mais do aluno. "Para eles será um baque, mas agora não tem mais jeito de deixar os estudos para o último ano do ciclo". (HM)

184 escolas municipais funcionam em Belo Horizonte

41 unidades de educação infantil existem na capital mineira

Entenda a Escola Plural

O que é
Modelo educacional onde não existe a reprovação

Proposta
Até 2008. Ao final de um ciclo de três anos, o aluno poderia ficar retido, como uma forma de recuperação. A retenção por matéria durava um ano. Não havia repetição da série. Só um reforço escolar. A partir de 2009. Ao final de cada ano, o aluno poderá ficar retido. Continua o mesmo modelo de recuperação.

Implantação
A proposta foi implementada de forma gradativa a partir de 1995. O processo envolveu, entre 1995 e 1997, cerca de 146,6 mil alunos. Desde os anos 70, o país debatia o modelo.


Jornal O TEMPO

Publicado em: 17/01/2009

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO GRATUITO!!!

Companheiras e companheiros,
repasso a informação que recebi da Universidade Federal de Itajubá.
Consolação

"A Educação a Distância da Universidade Federal de Itajubá, informa que
estão abertas as inscrições para o Curso de Especialização - Lato Sensu
- em Gestão de Pessoas e de Projetos Sociais do Projeto da UAB
(Universidade Aberta do Brasil).
O curso será ministrado a distância, via internet, com 1 encontro
presencial a cada quadrimestre no pólo da UAB situado em Cambuí.

Período de inscrição: 05/01/2009 a 30/01/2009
Taxa de inscrição do processo seletivo: R$ 30,00.
Início do curso: 02/03/2009
Taxa de Matrícula de cada disciplina: R$18,00
Vagas: 50 por pólo
Incrições em: www.ead.unifei.edu.br/~Artemis/index.php

Informações:
- Coordenação do Curso
Profa. Dra. Rita de Cássia M. T. Stano
e-mail: ritastano@gmail.com
fone: (35) 3629-1212
site: http://www.gepehumanas.unifei.edu.br

- Monitoria e Auxilio
Luiz Cláudio da Silva Campos
e-mail: luizclaudio@unifei.edu.br
fone: (35) 3629-1415

- Pólo: Cambuí
Coordenador: João Tertuliano de Lima
Rua João Moreira Sales, No: 690 2o andar. Cep: 37600-000. Horário: 9:00 - 12:00 e 14:00 - 20:00 h.
(35) 3431-6693 (35) 3431-6154
polouab@prefeituradecambui.mg.gov.br


Atenciosamente,
Equipe EaD UNIFEI
www.ead.unifei.edu.br"

O POVO É RESPONSÁVEL POR SUAS ESCOLHAS

O POVO É RESPONSÁVEL POR SUAS ESCOLHAS
Ali Kamel, editor executivo de Jornalismo da Globo e colunista de O Globo, escreve hoje sobre o conflito em Gaza. E, para não variar, vai ao ponto. Segue seu texto.
*
Eu acredito em eleições. E acredito que o povo sempre tem a capacidade de julgar o que considera bom para si. Isso não quer dizer que o povo acerte sempre: não são poucas as vezes em que a decisão mostra-se errada no futuro. Não importa, no momento em que comparece às urnas, certo ou errado, o povo é responsável por suas escolhas.

Por que essa conversa? Porque isso não me sai da mente quando vejo, chocado, os bombardeios em Gaza. Em 2006, houve eleições para escolha do primeiro-ministro palestino. Era um contexto em que os EUA clamavam pela democratização do mundo árabe. Quando o Hamas saiu-se vitorioso, muita gente, diante dos lamentos dos americanos, riu, dizendo algo assim: “Ora, não queriam democracia? Agora o povo vota, escolhe o Hamas e os EUA lamentam? Então democracia só vale quando ganham os aliados?” Na época, escrevi que a simples presença do Hamas nas eleições mostrava que aquilo não era uma democracia: porque democracia não é o regime em que todas as tendências disputam o voto; democracia é o regime em que todas as tendências que aceitam a democracia disputam o voto. Como o Hamas prega uma teocracia, um sistema político que o aceita como legítimo aspirante ao poder não pode ser chamado de democracia. Seja como for, tendo sido democráticas ou não, aquelas eleições expressaram a vontade do povo: observadores internacionais atestaram que o pleito transcorreu sem fraudes.

E o que pregava o Hamas na campanha de 2006? Antes, para entender o linguajar, é importante lembrar que o Hamas não aceita a existência do Estado de Israel, chamado de “Entidade Sionista”. Assim, quando se refere à “Palestina”, o Hamas engloba tudo, inclusive Israel. Destaco aqui três pontos do programa eleitoral (na disputa, o grupo deu-se o nome de “Mudança e Reforma”): “A Palestina é uma terra árabe e muçulmana”; “O povo palestino ainda está em processo de libertação nacional e tem o direito de usar todos os meios para alcançar esse objetivo, inclusive a luta armada”; “Entre outras coisas, nosso programa defende a “Resistência” e o reforço de seu papel para resistir à Ocupação e alcançar a liberação. A ‘Mudança e Reforma’ vai também construir um cidadão palestino orgulhoso de sua religião, terra, liberdade e dignidade; e que, por elas, esteja pronto para o sacrifício.”.

Deu para entender? O Hamas propôs um programa segundo o qual não há lugar para judeus na “Palestina”, o uso da luta armada deve ser reforçado para se livrar deles e os cidadãos comuns devem estar preparados para se sacrificar (morrer) pela religião, pela terra, pela liberdade e pela dignidade.

Havia alternativa? Sim, apesar da ambigüidade eterna, o Fatah do presidente Mahmoud Abbas (e, antes, de Yasser Arafat), na mesma eleição pregava a saída de Israel dos territórios ocupados em 1967, a criação de um Estado Palestino com sua capital em Jerusalém e uma solução para os refugiados de 1948 com base em resoluções da ONU, uma agenda que só parece moderada porque é comparada à do Hamas. Embora estimulasse e declarasse legítima a resistência à ocupação, a novos assentamentos judaicos e à construção do muro de proteção que Israel ergue entre a Cisjordânia e seu território, o Fatah declarava expressamente: “Quando o imortal presidente Arafat anunciou em 1988 a decisão do Conselho Nacional Palestino, reunido naquele ano, de adotar a ‘solução histórica’, que se baseia no estabelecimento de um Estado independente Palestino lado a lado com Israel, ele estava de fato declarando que o povo palestino e suas lideranças tinham adotado a paz como um opção estratégica.”

E qual foi a decisão dos palestinos? Num sistema eleitoral que adota o voto distrital misto, o Hamas ganhou tanto no voto proporcional quando nos distritos, abocanhando 74 dos 132 assentos do parlamento. Ou seja, diante do desgaste de 40 anos do Fatah, e das denúncias de corrupção que pairavam sobre o movimento, os palestinos deixaram a paz de lado e optaram pela promessa de pureza divina e dos foguetes do Hamas. Meses depois, uma luta interna feroz entre os dois grupos teve lugar e resultou numa divisão territorial: o Fatah ficou com a Cisjordânia, onde a situação é de calma, e o Hamas ficou com Gaza, de onde continuou pregando o programa aprovado pelos eleitores: enfrentamento armado, mesmo tendo consciência do que isso acarretaria.

Diante disso, dá para dizer que os palestinos de Gaza são inocentes vítimas do jugo do Hamas e de uma reação desproporcional dos israelenses?

Olha, eu deploro a guerra, lamento profundamente a morte de tanta gente, especialmente de crianças, vítimas de uma guerra de adultos. Vejo as bombas, e fico prostrado, temendo que o bom senso nunca chegue. Mas isso não me impede de ver que a guerra, com suas consequências, foi uma escolha consciente também dos palestinos de Gaza. Retratá-los como despossuídos de todo poder de influir em seus destinos não é mais uma verdade desde 2006.

Parecerá sempre simplificação qualquer coisa que se diga num espaço tão curto, em que é preciso deixar de lado as raízes desse conflito e a trama tão complicada que distribuiu culpa e vítimas por todos os lados. Mas não consigo terminar este artigo sem dizer: para que haja paz, os dois lados têm de ceder em questões tidas como inegociáveis, o apelo às armas têm de ser abandonado, o Estado Palestino deve ser criado ao lado de Israel, cujo direito a existir não deve ser questionado. Se isso acontecer, muitos árabes e israelenses daquela região não se amarão, terão antipatias mútuas, mas viverão lado a lado.

Utopia?

Reinaldo Azevedo

Manifestação em favor da Palestina e de seu povo

Manifestação em favor da Palestina, nesta quinta-feira, dia 15, em BH

O Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino, que reúne dezenas de entidades sindicais, classistas e da sociedade civil, além de partidos políticos de Minas, promove, a partir das 8 horas desta quinta-feira, 15, uma vigília cívica na Praça 7, para repudiar o massacre criminoso e genocida que vem ocorrendo na Faixa de Gaza, promovido por Israel.

O ato contará com a presença do embaixador da Palestina, Ibrahim Al Zeben, que concederá entrevista coletiva no local.

Contará ainda com exposição de fotos e exibição de vídeos sobre os ataques sofridos pelo povo palestino.

Às 15 horas, uma passeata sairá da Praça 7 rumo à Federação Israelita, na Rua Rio Grande do Norte, 477, na região central de BH.





MANIFESTO DE SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO

Os Movimentos Sociais, Entidades de Classe e Partidos abaixo assinados, vem a público manifestar seu repúdio ao massacre criminoso e genocida que está ocorrendo na Faixa de Gaza, promovido pelo Estado sionista (racista) de Israel, que assassina pessoas indefesas, em sua grande maioria, crianças e mulheres.
O Governo Israelense promove, mais uma vez, a tática de “ataques preventivos” adotadas pelo Governo Bush, como tem sido no Iraque e no Afeganistão, aumentando a violência contra o povo palestino, que há décadas, tem sua nação dividida e usurpada pela partilha imperialista de seu legítimo território (ver mapa no verso). No caso da Faixa de Gaza vem agravar o estado de privações, de todo o tipo, devido ao criminoso embargo promovido pelo governo israelense, levando a um confinamento total da população.
Os ataques ocorridos nessas últimas semanas já mataram e feriram milhares de pessoas. Toda a infraestrutura foi destruída, afetando o funcionamento de hospitais, escolas, comunicações e as demais necessidades básicas.
Pela dimensão do ataque e a generalização inescrupulosa do bombardeio, este já é um dos maiores genocídios praticados por armamento de guerra nesse século; Utiliza-se de armas condenadas por convenções internacionais, como bombas de fósforo e urânio empobrecido.
O terrorismo de Estado promovido pelo governo israelense, financiado pelo EUA, longe de por fim à crise estabelecida na região, apenas a aprofundará. Deve-se ressaltar que parte da população israelense não concorda com essa política do seu Governo.

As entidades abaixo assinadas condenam veementemente a carnificina promovida pelo Estado de Israel contra a população palestina exigindo:
1- Cessar fogo imediato e abertura da fronteira para a entrada de remédios, alimentos e de ajuda médica na Faixa de Gaza.
2- Pela autodeterminação do povo palestino e o reconhecimento de seus legítimos representantes eleitos.
3- Pela criação do Estado da Palestina e o fim das ocupações de Israel em seu território.
4- Pelo rompimento diplomático e comercial do Governo brasileiro com o Estado terrorista de Israel.

Dia 15/01/2009 – 15 h – Participe! Divulgue!

NOVO LOCAL PARA CONCENTRAÇÃO
PRAÇA SETE



CONTATO Prof. Kaled Amer Assrany (Fearab)
Carlos Calazans (I MG Rel Trabalho)
Fábio Bezerra (Intersindical)
Pedro Valadares (Conlutas)
Heitor Reis (Abraço) (31) 3337 2389
(31) 9319 3263
(31) 9183 3762
(31) 3271.2406
(31) 3243 6286 prof.kaled@superig.com.br
-
fambez@ig.com.br
pedrovaladares@ig.com.br
heitorreis@gmail.com



COMITÊ MINEIRO DE SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO

Abraço-MG (Assoc Bras Radiod Comunitária)
AMES-BH (Assoc Metrop Estud Secundáristas)
Anadefi (Aliança Nacional Deficientes Físicos)
Asttra-BH e região (Aposentados Pensionistas)
Assoc Trabalhadores Transporte Rodoviário
Casa da América Latina
Cellos-MG (Centro Luta pela Livre O. Sexual)
CCML (Centro Cultural Manoel Lisboa)
Consulta Popular
CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil)
Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas)
CUT-MG (Central Única dos Trabalhadores)
DCE-UFMG (Diretório Central dos Estudantes)
FSM (Fórum Social Mineiro)
Força Sindical/ MG
Fearab (Feder Entidades Árabe-Brasileiras)
Fetaemg (Feder Trabalhadores Agricultura)
Fitert (Fed Interest Trab Empr Radiodif e TV)
Fórum Mineiro de Saúde Mental
Fórum de Moradia do Barreiro Grêmio Livre Estudantil do Estadual Central
Grupo Fé e Política Paróquia S Dimas V Jatobá
Grupo “Gay” da Bahia
Guna (Assoc Nacional Universitários Prouni)
Instituto 25 de Março
Instituto Mineiro das Relações do Trabalho
InterSindical/MG
Jornal A Verdade
MLB (Movimento Luta Bairros, Vilas e Favelas)
MLC (Movimento Luta de Classes)
MST (Movimento Trabalhadores Sem Terra)
PCB (Partido Comunista Brasileiro)
PCdoB (Partido Comunista do Brasil)
PCO (Partido da Causa Operária)
PCR (Partido Comunista Revolucionário)
PDT (Partido Democrático Trabalhista)
PSTU (P. Socialista Trabalhadores Unificado)
PSOL (Partido do Socialismo e Liberdade)
RC (Refundação Comunista)
PT (Partido dos Trabalhadores)
Sindicato dos Jornalistas de MG
Sindicato dos Securitários de MG
SindRede-BH (Sind Trab Educ R Públ Munic)
Sind-UTE/MG (Sind Único Trab Educação)
Sintect/MG (Sind Trab Empr Correios Telégr)
Sindieletro-MG (Sind Interm Trab Ind Energ)
Senalba-MG (Sind Empr Entidades Culturais)
Sindeess (Sind Trab Hosp Privados)
Sind-Saúde-MG (Sind Único Trab da Saúde)
Sindpol-MG (Sind Servidores Polícia Civil)
Sinfarmig-MG (Sindicato dos Farmacêuticos)
Sinpro-MG (Sindicato dos Professores)
Sintert-MG (Sind Trab Empr Radiodif e TV)
Sitraemg (Sind Trab Poder Judiciário Federal)
UBES (União Bras Estudantes Secundários)
UJC (União da Juventude Comunista)
UJR (União da Juventude Rebelião)
UJS (União da Juventude Socialista)


Um abraço a todos.
Geraldinho
Dir. colegiada Sind REDE
CME

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

FÓRUM SOCIAL MUNDIAL - BELÉM DO PARÁ DIAS 27/01 a 01/02/09

Companheiras/os,

Do dia 27 de janeiro ao dia 01º de fevereiro será realizado o Fórum Social Mundial - FMS, em Belém do Pará.

Será um evento importante que reunirá as organizações sociais do mundo inteiro com o objetivo de se construir um espaço de articulação que permitirá discutirmos saídas para a crise mundial da economia capitalista, de acordo com os interesses da classe trabalhadora.

O Sind-Rede/BH participará deste evento organizando uma caravana em conjunto com a Federação Sindical Democrática dos Metalúrgicos de MG, Sindeess (Sindicato dos Trabalhadores em Hospitais Privados) e a Coordenação Nacionla de Lutas - Conlutas/MG.

Neste sentido teremos garantido 10 (dez) vagas em um ônibus para o Fórum.

O critério que a diretoria do Sind-Rede/BH aprovou é o de reservarmos, no mínimo, metade das vagas do sindicato para a base da categoria, ou seja, 05 (cinco) para a diretoria e 05 (cinco) para a base.

A escolha das/os representantes da base será da seguinte forma:
filiados ao sindicato. Caso o número de interessados exceda o número de vagas procederemos um sorteio.
O Sind-Rede/BH garantirá a passagem, hospedagem em alojamento e uma ajuda de custo para as refeições diárias (estamos vendo o valor).

As pessoas que forem participar da caravana deverão levar roupas de cama e colchonete.

Obs.: De BH até Belém a viagem será em torno de 48 horas.

As/os trabalhadores em educação que se interessarem em participar do FSM atenção para as datas:
de 05/01 a 19/01 inscrição dos interessados pela e-mail: pedrovaladares@ig.com.br, c/co para wprocha@ig.com.br e redebh@terra.com.br
dia 20/01 - sorteio no SindRede às 12h (quem puder poderá participar)
dia 25/01 saída de BH
dia 03/02 - previsão de chegada a BH

Fazemos um convite especial aos representantes de escolas a que venham a se inscrever e participar deste evento.

Diretoria Colegiada do Sind-Rede/BH

Cotas e Bônus: Muito Além do A Favor ou Contra

Segunda-feira, 5 de Janeiro de 2009
Cotas e Bônus: Muito Além do A Favor ou Contra
Diante da discussão sobre as cotas e bônus para ingresso na universidade, tenho mantido postura de leitor das opiniões alheias, meditando sobre as diversas argumentações a favor ou contra. São muitas as pressões para declinar minha opinião e, de fato, como exige o assunto, e como educador, não posso me furtar a estudá-lo, o que faço com este artigo. Infelizmente nem todos que opinam estudam com profundidade a matéria, daí resultando em opiniões apaixonadas e raciocínios superficiais, tendo como consequência debates que pouco produzem e, muitas vezes, acabam em falta de respeito entre os debatedores, o que é lamentável.

Lemos na Constituição Federal, a lei maior de nosso país, que "A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho" (Art. 205).

Como podemos observar, não há distinção de pessoa, ou seja, a educação é um direito de todos. Para que esse direito seja promovido igualitariamente, propõe-se o Estado a:

"I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação" (parágrafos do artigo 3º da Constituição Federal).

Se não temos justiça e solidariedade; se não erradicamos a pobreza e a marginalização; se não promovemos desenvolvimento e reduzimos as desigualdades sociais; se existem preconceitos de todos os tipos, gerando discriminação; é porque não estamos fazendo o que deveríamos fazer e que consta na lei máxima como um dever. E digo que não estamos fazendo, porque o poder emana do povo e a educação deve ser promovida com a colaboração da sociedade, ou seja, não é tarefa de competência exclusiva do governo, como lemos acima na transcrição do artigo 205.

Bastaria cumprir a lei para termos uma nação sem necessidade de cotas, bônus, vestibular e outras coisas, como, por exemplo, a aprovação automática, mas é fato que a lei não é cumprida, e por esse motivo padecemos de inúmeros problemas sócio-educacionais que requerem medidas de urgência para minorar suas danosas consequências. Entretanto, devemos lembrar que medidas emergenciais não são solução, mas paliativos.

Pois bem, ainda estudando a Constituição Federal no que se refere à educação, lemos no artigo 206:

"O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII - garantia de padrão de qualidade. VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal".

O texto da lei é claro: igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, ou seja, mais uma vez não há distinção de pessoa, nem de classe social, cor, religião, sexo, etc.

Finalizando nosso estudo sobre as disposições da lei, lemos no Artigo 2º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional:

"A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho".

Cremos não haver dúvida quanto aos deveres do Estado e da sociedade em promover uma educação de qualidade para todos, sem nenhum tipo de distinção, através de escolas públicas e particulares em todos os níveis de ensino. Se isso não acontece, não é simplesmente porque existem preconceitos contra negros e índios, contra pobres e estudantes da rede pública de ensino, mas sim porque cultivamos, há séculos, o egoísmo e o orgulho, a hipocrisia e a vaidade através da educação, gerando, na prática, extratos culturais preconceituosos e discriminatórios, a favor de quem manda, de quem tem o poder e quer manter a todo custo, do que dão provas os famosos "currais eleitorais".

Em muitos estados brasileiros a percentagem de diretores escolares apadrinhados e indicados por políticos locais, nas escolas públicas, é da ordem de 30% a 50%.

Sabemos que a porcentagem do PIB aplicada à educação deve ser da ordem de 6% a 8%, e não os 4,4% atuais. Temos consciência da necessidade de uma Lei de Responsabilidade Educacional, criminalizando prefeitos, governadores e secretários de educação, que vivem desviando verbas e não cumprindo com os programas educativos em sua esfera de ação.

Diante de tudo isso, nossa conclusão é que cotas e bônus para ingresso na universidade são um paliativo que empurra para frente, quem sabe daqui há dez ou vinte anos, a solução, com um agravante: tudo estará mais complicado.

Por isso afirmamos: não se trata de ser a favor ou contra. A questão vai muito além: trata-se de cumprir a lei e fazer educação de qualidade para todos, dando oportunidades iguais e considerando toda pessoa da mesma forma, sem nenhuma distinção. Isso é papel da educação. É dever do Estado, e também da socieda.


Marcus De Mario - In: http://analiseecritica.blogspot.com/2009/01/cotas-e-bnus-muito-alm-do-favor-ou.html

BH em Prosa e Concurso "Paulo Freire"

Jornal Hoje em Dia - 5/1/2009
BH em Prosa e Concurso "Paulo Freire"

Sou mãe e professora. Neste ano estive acompanhando meu filho, esperando que acontecesse mais um concurso BH em Prosa, promovido anualmente pela Prefeitura de BH para estudantes do ensino fundamental. Ajudei-o, e muito! Não aconteceu. Meu filho participou, no ano passado incentivado pelos professores e, como gosta de escrever histórias, queria concorrer novamente. Cheguei a perguntar em sua escola e os professores disseram que o concurso talvez não acontecesse por causa das eleições. Justificativa que não me convence. Quanto a outro concurso, esse para os professores, “Prêmio Paulo Freire” também não tiveram qualquer resposta sobre o resultado por parte da Secretaria de Educação. O concurso estava previsto em edital no Diário Oficial do Município. Parece que a Prefeitura vai continuar devendo.

Maria de Lourdes Meirelles, professora

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

FIM DA APROVAÇÃO AUTOMÁTICA

Fim da aprovação automática
(Quem sabe não chega em BH....)




Os alunos da rede municipal de ensino vão começar o ano letivo de 2009 já com um novo modelo de organização da rede fundamental. A Prefeitura determinou o fim da aprovação automática, com a revogação do decreto 28.878, de 17/12/2007. Caberá à Secretaria Municipal de Educação a elaboração do novo sistema de educação pública da cidade do Rio de Janeiro, que deverá ser enviado ao prefeito em, no máximo, 15 dias.


O sistema de aprovação automática foi considerado inadequado, sendo necessária a adoção de um sistema de avaliação do rendimento escolar dos alunos. A medida é apontada como essencial para o resgate da qualidade do ensino público do município.


De acordo com o decreto, os benefícios que justificariam a manutenção do regime de aprovação automática não se confirmaram na prática. Leia mais






REVOGA O DECRETO 28.878, DE 17/12/2007, QUE CUIDA DA “APROVAÇÃO AUTOMÁTICA” NO ÂMBITO DA REDE PÚBLICA DE ENSINO MUNICIPAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS



Considerando ser imprescindível o estabelecimento de parâmetros objetivos de aferição do rendimento escolar dos alunos municipais,


Considerando que todos os alegados benefícios do regime de “aprovação automática” não se confirmaram na prática,


Considerando a premente adoção de medidas tendentes ao resgate da qualidade do ensino público municipal,



DECRETA:



Art. 1º - Fica revogado o Decreto “N” nº 28.878, de 17/12/2007, que instituiu o sistema de “progressão automática” no âmbito do Município do Rio de Janeiro.


Art. 2º- Cabe à Secretaria Municipal de Educação editar as normas regulamentadoras do novo modelo de organização da educação fundamental, respeitadas as peculiaridades da rede de ensino público da Cidade do Rio de Janeiro.


Parágrafo único – No prazo de 15 (quinze) dias, deve ser submetida ao Prefeito a definição do novo sistema de aprovação a ser adotado a partir do início do período letivo de 2009.


Art. 3º- Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.



Rio de Janeiro, 1º de janeiro de 2009. 444º Ano de Fundação da Cidade

EDUARDO PAES

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Devolução da Contribuição Previdenciária sobre 1/3 de férias

Como informa o secretário municipal adjunto de Recursos Humanos, Márcio Dutra, a PBH fará a devolução da contribuição previdenciária sobre a gratificação de férias a partir do início de 2009. A medida, motivada pela orientação dos tribunais, permitirá a devolução pela via administrativa aos servidores públicos estatutários dos valores que lhes foram cobrados a título de contribuição previ­denciária sobre o terço de férias entre agosto de 2003 e julho de 2008. Estima-se que vinte e cinco mil mil servidores farão jus à devolução, que deverá representar um custo próximo a R$ 10 milhões. A devolução será como foi feita em Brasília há mais de uma década, e está ocorrendo em várias partes do país.

Modesta Trindade Theodoro