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domingo, 29 de novembro de 2009

Fwd: [forum-estadual] Projeto de Lei ... Divulguem!!!


  Projeto de Lei ... Divulguem!!!
 

Repassando...
 
Muito boa ideia. Que tal dar o nosso apoio? 

Assunto:  Escola Pública - IDEIA SENSACIONAL!!!  REPASSEM!!! 

Projeto  de lei obriga políticos a  matricularem seus filhos em  escolas públicas. Uma  idéia muito boa do Senador Cristovam Buarque. Ele  apresentou um projeto de lei propondo que todo político  eleito (vereador, prefeito, Deputado, etc.) seja  obrigado a colocar os  filhos na escola pública. As conseqüências seriam as melhores possíveis. Quando os  políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na  escola pública, a qualidade do ensino no país irá  melhorar. E todos  sabem das implicações decorrentes  do ensino público que temos no  Brasil. 
 
SE VOCÊ  CONCORDA COM A IDÉIA DO SENADOR, DIVULGUE ESSA  MENSAGEM. 
 
Ela pode, realmente,  mudar a realidade do nosso país. 
O projeto PASSARÁ, SE HOUVER A PRESSÃO DA OPINIÃO  PÚBLICA. 
 
PROJETO  DE LEI DO SENADO Nº 480, DE 2007
http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/detalhes.asp?p_cod_mate=82166

 Determina a  obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos
matricularem  seus filhos e demais dependentes em escolas públicas
até 2014. 

Assinar Petição 

Link
http://www.peticaopublica.com/PeticaoAssinar.aspx?pi=P2009N5   


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Enc: VENCEDORES DO TROFÉU GAMBIARRA 2009 ........



--- Em qui, 5/11/09, Teresa Braga <teresabraga@uai.com.br> escreveu:

De: Teresa Braga <teresabraga@uai.com.br>
Assunto: VENCEDORES DO TROFÉU GAMBIARRA 2009 ........
Para: "woodson informal piadas" <woodsonfc@yahoo.fr>, "Luciene Artes" <lucienog@uol.com.br>
Data: Quinta-feira, 5 de Novembro de 2009, 18:16

---






 

 
 



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__________ Informação do ESET NOD32 Antivirus, versão da vacina 4427 (20090915) __________

A mensagem foi verificada pelo ESET NOD32 Antivirus.

http://www.eset.com


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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

VEJA SE SEU CANDIDATO TEM ALGUMA PENDENGA ANTES DE VOTAR!

ACESSE:

http://www.excelencias.org.br/

O projeto Excelências traz informações sobre todos os parlamentares em exercício nas Casas legislativas das esferas federal e estadual, e mais os membros das Câmaras Municipais das capitais brasileiras, num total de 2368 políticos. Os dados são extraídos de fontes públicas (as próprias Casas legislativas, o Tribunal Superior Eleitoral, tribunais estaduais e superiores, tribunais de contas e outras) e de outros projetos mantidos pela Transparência Brasil, como o Às Claras (financiamento eleitoral) e o Deu no Jornal (noticiário sobre corrupção).

Woodson Fiorini



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domingo, 31 de maio de 2009

A PBH oficializou a sua política. Os SERVIDORES MUNICIPAIS vão pagar pela CRISE!


Sábado, 30 de Maio de 2009
Ano XV - Edição N.: 3350
Poder ExecutivoCapa

COMUNICADO AOS SERVIDORES MUNICIPAIS

A Secretaria Municipal Adjunta de Recursos Humanos (Smarh) informa que a Prefeitura está em negociação aberta e permanente, com agendas em andamento já definidas, com as representações sindicais de todas as categorias do funcionalismo municipal. Quinze reuniões já foram realizadas desde fevereiro de 2009. E a negociação terá continuidade de forma ampla e respeitosa por parte da Prefeitura.

Reajustes

Nos últimos anos - 2005 a 2008 - todos os servidores da Prefeitura de Belo Horizonte obtiveram índices de reajuste iguais ou superiores à inflação do mesmo período. A análise de possíveis reajustes para os servidores neste ano necessariamente levará em conta a queda de arrecadação do município provocada pela crise econômica. As arrecadações transferidas (ICMS, IPVA e FPM) tiveram queda nominal de 5% no 1º quadrimestre do ano.

No decorrer deste ano de 2009, grande parte dos servidores efetivos será avaliada no seu desempenho. Um resultado positivo vai representar ganhos que variam de 5% a 15% no vencimento-base.

Esclarecimento

Entre janeiro de 2005 e dezembro de 2008 os salários de prefeito, vice-prefeito e secretários municipais permaneceram congelados. Em dezembro do ano passado a Câmara Municipal aprovou reajuste de 26% para recompor a inflação do período no qual todos os demais servidores já haviam sido contemplados.

Vales-refeição

Foi adotada uma política de equidade dos valores dos vales-refeição, que na Prefeitura variam entre R$ 5 e R$ 15. Os vales de menor valor serão reajustados progressivamente de R$ 7 a R$ 10. A meta é a equiparação total com os valores mais elevados. Cumpre informar e esclarecer que nem o prefeito nem os secretários recebem vale-refeição.

Restruturação do RH

Um dos Projetos Sustentadores do Governo é a Gestão Estratégica de Pessoas, que consiste em um conjunto de ações de melhorias nas áreas de processos internos de RH, informatização das tarefas, condições de trabalho e saúde do servidor, perícia médica, relações interpessoais, código de ética do servidor, programa de educação permanente, pesquisa de clima organizacional, avaliação de desempenho, remuneração por cumprimento de metas, plano de cargos, carreira e salário, modernização da previdência municipal e descentralização das ações de RH, dentre outros.

Momento de Responsabilidade

Apesar da crise econômica, que provocou queda na arrecadação do município, a Prefeitura está mantendo em dia todos os compromissos com os programas sociais e está executando 164 obras por toda a cidade. O momento é de muita responsabilidade e prudência. A Smarh conta com a sensibilidade e o senso de responsabilidade de todos os servidores públicos municipais em manter com qualidade a prestação de todos os atendimentos para os cidadãos de Belo Horizonte. Lembramos que muitos destes serviços asseguram a receita e a manutenção de todas as obrigações da Prefeitura para com a população de Belo Horizonte.

Certos da compreensão de todos, mantemos abertos todos os canais de comunicação com a PBH.Secretaria Municipal Adjunta de Recursos Humanos

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

segunda-feira, 11 de maio de 2009

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Mestrado Fundação Ford - Seleção Brasil


Para se candidatar


A Fundação Carlos Chagas anuncia a Seleção Brasil 2009 do Programa Internacional de Bolsas de Pós-Graduação da Fundação Ford (International Fellowships Programa - IFP).

Este programa de ação afirmativa oferece bolsas de mestrado (por 24 meses) para cursos no Brasil e no exterior. As inscrições para a Seleção 2009 se encerram dia 25 de maio de 2009 (data de postagem). Não haverá prorrogação do prazo.


Para preparar sua candidatura, percorra todo o site, especialmente o ícone Seleção 2009, e faça um download do Caderno de Instruções para Candidatura 2009. Leia-o atentamente. Faça um download do Formulário para Candidatura 2009 e preencha-o cuidadosamente (não se esqueça de assiná-lo). Junte toda a documentação solicitada (não se esqueça das fotos) e envie-a, em duas cópias, exclusivamente por correio até dia 25 de maio de 2009, à sede da Fundação Carlos Chagas.


Caso você não consiga baixar pela Internet o Caderno de Instruções para Candidatura 2009 ou o Formulário para Candidatura 2009, envie-nos sua solicitação informando seu nome e endereço completo (inclusive CEP) por email (programabolsa@fcc.oorg.br), fax [(11) 3726-1079] ou correio (Fundação Carlos Chagas - Programabolsa - Av. Prof. Francisco Morato, 1565 - Jd. Guedala - 05513-900 - São Paulo - SP).


Boa sorte!


segunda-feira, 6 de abril de 2009

carta da Áurea a Macaé

Data: Quinta-feira, 26 de Março de 2009, 21:40


Amigas e amigo,
Estou repassando essa carta da Aurea, com autorização dela, pois vivi essa dura realidade quando voltei da SMED para a escola e compreendo bem o desespero dela. Ainda bem que na época tive a sorte e o bom senso de tirar 5 meses de férias prêmio na rede municipal, às quais tinha direito, e no retorno imediato fiquei trabalhando em um só dos meus dois cargos (na escola estadual Pedro Américo, que atendia na época muitos jovens do Taquaril e Alto Vera Cruz que não encontravam vagas nas escolas mais próximas) senão, acho que teria enlouquecido.
Hoje, trabalhando em um cargo só, e em uma escola que de certa forma tem uma situação privilegiada se comparada com o Levindo Coelho, também eu voltei a tomar meus lexotans depois que caí na besteira de entrar na coordenação pedagógica da escola, coisa que,ultimamente, raramente eu fazia.
Estava feliz e satisfeita com minhas aulas de física e com os desafio de, se não ensinar física, pelo menos construir uma relação legal com meus alunos do noturno, mas também ensinando Física para alguns, ler e interpretar a outros, ensinando e principalmente aprendendo as novas regras de convivência na escola, o que aliás acontece geralmente com muito sofrimento.
Agora ando de novo em crise ao assumir esse novo lugar na escola e ando apanhando bastante mas não estou disposta mais, de forma alguma, a adoecer por causa disto.
Já sai do gabinete da SMED por vontade própria.
já paguei 33% à previdência para me aposentar no estado pelos anos que, por minha militãncia no PT e minha crença no projeto de educação me afastei da regência.
Minha aposentadoria passou para 30 anos na PBH pela mesma razão acima. Que ferro hem?
Posso sair de novo a qualquer momento desse novo lugar a não ser que veja sentido no que estiver fazendo.
Pois é pessoal conversar com os amigos nesses momentos ajuda muito. Quero ouvi-los. Também eu preciso da preciosa ajuda de meus queridos amigos.
A Aurea entrou de licença médica. Como diz a Brácara, eu não tenho coragem de pirar. Sendo assim, conto com voces e aceito opiniões.
Beijos,
Rosaura


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ENQUANTO A DINÂMICA DAS SALAS DE AULA CORRE, A SMED, REGIONAIS E DIREÇÃO DE ESCOLA ESTÃO A TOMAR PROVIDÊNCIAS E OS PROFESSORES REMÉDIOS


Que me desculpem todos vocês, mas a realidade não pode ser desconsiderada!!!Não dá mais para entrar no jogo do “ensaio sobre a cegueira”!!!!!
O modo indicativo e tempo presente usados na estrutura da oração subordinada temporal que inicia esse título, assim como o tempo composto com infinitivo na oração principal não são figuras de estilo, mas opção por tempos verbais que realmente mostram a realidade vivida pela educação. O que é “estar a tomar providências”?
Na oração principal, poderia até usar o gerúndio, tão reverenciado por nós educadores, que nos dizemos de esquerda, mas esse tempo verbal indicaria algo que está sendo feito no momento e, infelizmente a realidade não é essa!!!
Relato aqui o ocorrido comigo, professora de Língua Portuguesa, com quase trinta anos de profissão. Esse relato pretende chamar a atenção dos gestores e professores para fazerem prevalecer o presente do indicativo nas ações necessárias à política educacional inclusiva desse município.
No dia 04 de março, enviei à Secretária de Educação, Professora Macaé, e à Regional Centro Sul um email expondo a situação dos alunos e professores na Escola Municipal Senador Levindo Coelho. Nesse pedia providências, ou melhor, socorro. Obtive da Secretária de Educação uma resposta muito bacana e a proposta de que agendariam uma reunião, mas até hoje nada foi feito.
Volto então a relatar.
Hoje, dia 19 de março de 2009, vou mais um dia para a escola, desanimada e certa de que as aulas que preparei para os alunos do 3º ciclo, 1º turno, não serão dadas. Mas busco entusiasmo não sei onde, entro para a sala de aula (sala 10, 6ª série) e inicio repetindo o que tenho falado com os alunos desde o primeiro dia de aula: coloquem o caderno, a agenda, o lápis, caneta, borracha, régua, tesoura sobre a mesa e guardem a mochila debaixo da carteira ou dependurada no encosto da cadeira (muitos se deitam, durante a aula, na mochila para dormir ou se escondem atrás dela para dar gritos ensurdecedores sem motivo algum ou para atirar bolinhas de papel enfiadas no corpo das canetas esferográficas).
Essa atividade demanda mais ou menos uns 20 min, pois metade da sala não ouve, ou finge que não ouve, continua a correr pela sala, está virada para trás conversando, está subindo nas bancadas sobre as janelas e de lá pulando de cadeira em cadeira e outros tantos estão a olhar no vazio, sem nada fazer.
Quando estão todos assentados, mais dez minutos para que escutem a proposta de trabalho para o dia.
Verifico o material, 14 alunos não trouxeram os textos distribuídos – no sentido de ajudá-los a se organizar e a organizar o material como está proposto nas nossas Proposições Curriculares, (do contrário, poderia entregar as folhas todos os dias e recolhê-las) ensinei-os a usar a contra capa da agenda, lugar ideal para guardar o material, sem que ele se perca ou amasse. Alguns têm no próprio caderno um local apropriado para isso e ensinei-os também a usá-lo para guardar as folhas.
Pergunto porque estão sem a agenda e sem as folhas, várias respostas: esqueci, meu irmão rasgou, fiz bolinha de papel, fulano (referindo-se a um colega de sala, ou mesmo de outras salas que durante os intervalos invadem como loucos as salas vizinhas, batem, jogam mochilas pelas janelas, rasgam material, andam sobre as carteiras) pegou rasgou ou fez bolinha de papel, rasguei porque achei que não iria precisar.
Enfim, 14 alunos sem os textos com os quais iríamos trabalhar. (ah, seria tão fácil se você os colocasse então em duplas para fazerem a atividade, penso eu). Ah! sim, seria e a responsabilidade e o compromisso ficariam para ser construídos não se sabe quando.
Depois de quase dois meses de aula sem conseguir que tragam o material, já tendo deixado alguns dessa mesma sala fora de minha aula, copiando os textos que seriam usados, volto a repetir a ação. Dessa vez, não anoto no meu caderno quem está sem material (sempre os mesmos, com raras exceções), peço que assinem uma folha e os encaminho para mesinhas perto da cantina, onde irão copiar os textos que necessitaremos em nossas aulas, já que serão duas. Peço-lhes que quando acabarem subam para que eu possa dar o visto e iniciarem as atividades programadas.
Desço algumas vezes para ver como anda a cópia e em uma dessas peço à coordenadora que redija um bilhete para que eu possa encaminhar às mães convocando-as para virem à escola. A coordenadora responde que não poderá fazê-lo porque está muito ocupada no momento, pois há salas sem professores. E chama minha atenção - e não é a primeira vez - dizendo que não posso colocar alunos fora de sala. Respondo já bastante irritada que não posso é ficar com eles na minha sala sem terem nada a fazer e perturbando os outros. Volto à minha sala e redijo o bilhete o qual entrego a ela e digo: está aí o bilhete é só xerocar e enviar, ela olha para mim e diz: - Áurea, você sabe que temos um formulário próprio para isso? Confesso que tive vontade de morrer. Não respondo e volto para minha sala.
Os alunos vão terminando de copiar e na medida em que voltam para a sala, vou tentando explicar-lhes o que devem fazer já que a outra parte da turma já fazendo a atividade. Quase impossível, entram gritando, atrapalhando os outros, batendo, tomando e rabiscando os cadernos, pondo apelidos. Um inferno!!!! Acabam essas duas aulas.
Estou acostumada a dar quatro, oito horas seguidas de aula tranquilamente, mas essas duas me tiraram todas as forças.
Vou para o recreio. O lanche que tento comer – um suco e um pãozinho integral - não conseguem descer. Acho estranho, guardo o lanche. Bebo um pouco de água e fumo um cigarro.
Agora aula na sala 09, também 6ª série. Quando chego à porta da sala tenho vontade de sumir, há pelo menos uns dez alunos de pé sobre a bancada debaixo da janela. Alguns não são alunos da sala e quando entro e fecho a porta, descem da bancada e saem correndo e gritando. Outros pulam da bancada para os tampos das carteiras até chegar no seu lugar.
A garota - infelizmente ainda não sei todos os nomes - que se assenta na última carteira da 2ª fila, perto da janela, pula da bancada para o tampo de uma carteira e depois para o tampo da sua, desce para a cadeira, pula no chão e corre, gritando pela sala atrás de um garoto. Passam na minha frente como se lá eu não estivesse e voltam.
Paro na frente de todos e fico olhando, tenho a impressão de que estou numa rebelião. Penso: o que fazer?
A menina que corria atrás do garoto, está de pé perto de sua carteira aos berros com um garoto - negro de cabelo descolorido e bem baixinho que se assenta na 2º ou 3º carteira, da 2ª fila perto da janela - que está assentado no chão.
O garoto (magro, mais alto do que os colegas, cabelos, curtos e lisos) que se assenta na penúltima carteira da fila perto da janela me pede para ir correndo lá fora, pois jogaram sua mochila pela janela.
Bolinhas de papel atiradas com o corpo das canetas, voam em todas as direções. Isso é o que mais me chama a atenção, mas garotos e garotas de pé, correndo, gritando tem aos montes.
O que me resta: dou um berro e peço que todos se assentem e tirem o material. Digo que estou ali para ensinar e que ganho meu dinheiro ensinando ou não, mas que desde o primeiro dia de aula havia dito que não queria ver nenhum aluno meu sem aprender e da forma como eles estavam estava impossível.
Disse ainda que por serem pobres e morarem na favela não precisavam ser mal educados – gritar, pisar sobre as carteiras, etc- e nem tampouco não aprenderem o que precisavam aprender. Dei aquele sermão.
A garota continua de pé berrando, o garoto da mochila já voltou e grita e o negro de cabelo descolorido está assentado no chão, encostado na parede no fundo da sala.
Vou até a garota, digo que chega, que se assente e mando o garoto negro de cabelo descolorido se levantar do chão e assentar no seu lugar.
Ele vai até a sua carteira e diz que não tem cadeira, vou até lá atrás na sala, apanho uma cadeira vazia e ponho em sua carteira para se assentar. Ele não se assenta e passa a mexer com os outros colegas e atirar bolinhas de papel. Volto e digo para se assentar e tirar o material. Ele se assenta, tira algumas coisas da mochila e. diz que não vai fazer nada.. Peço-lhe então que se retire de sala, ele diz que vai com imenso prazer (disso eu não duvido!!!, pois o garoto não quer nada com os estudos) e começa a guardar algumas coisas que estavam sobre a mesa bem devagarzinho. Digo a ele que ande depressa que preciso dar a aula. Ele responde que eu que quiser que espere. Já bastante irritada, pego sua mochila e as coisas que ainda estão sobre a carteira e coloco sobre a murada do corredor e digo: - agora pode ir, suas coisas já estão lá fora. Ele levanta e sai fazendo os maiores desaforos. Se minha mochila sumir, você me paga, eu não vou pegar a mochila, etc e tal.
Volto, não chego a parar um minuto na frente da sala e caio. Caio sem saber como nem porque. Ouço apenas um silêncio e: - a professora caiu!!!! Levanto-me de um só pulo, com algumas dores. Continuo o sermão dizendo que caí certamente porque perdi o equilíbrio em função do comportamento deles. Disse ainda que pareciam animais e que eu acreditava que estava dando aula para garotos e garotas. Enfim, babei de falar e tentei explicar o que faríamos naquela aula.
Dezesseis alunos sem os textos. Já que a coordenadora havia chamado minha atenção por ter posto os 14 da outra sala fora, distribui as cópias dos textos que ainda tinha e organizei para que os dezesseis copiassem. Apresentei a atividade do dia para os outros e disse aos que copiavam que talvez não desse tempo de fazerem a atividade, mas que fariam em casa, uma vez que já teriam o texto, pois eu daria visto antes de sair da sala.
Iniciadas as atividades, andava pela sala, observando os cadernos, sobretudo dos que copiavam, e cada erro da cópia que lhes mostrava, vários alunos gritavam, ou imitavam um cavalo. Pedi que não repetissem essa atitude, mas de nada valeram meus pedidos.Mesmo antes de eu falar qualquer coisa, só pelo fato de parar na carteira de um aluno, eles começavam a imitar relinchos e alguns batiam os pés no chão.
Na fila do meio, 3ª carteira, havia um aluno branco, bem gordinho de cabelos crespos, que nada fazia ( e nada faz dia alguma) e cada vez que lhe chamava atenção a sala vinha abaixo. O aluno, que se senta à sua frente, desse não me lembro bem as características, virava-se para trás e com a caneta atirava-lhe bolinhas de papel no rosto. Ou gritava como um louco. A menina que corria pela sala, agora assentadinha punha a garganta para funcionar junto com o garoto da mochila atirada pela janel, a seu lado, cada vez que eu dizia isso ou aquilo para qualquer aluno.
O aluno da 1ª fila perto da porta, 3ª carteira - magro, claro, louro do cabelo crespo, nada copiava, pois atirava bolinhas de papel com a caneta para todas as direções Até que em dado momento, acertou em mim e fui lá tomei a caneta, quebrei e pus no lixo (ah, nunca poderia ter feito isso!!! Pensei!!!, mas a vontade mesmo era de fazer com que ele engolisse a caneta, já não tinha mais controle de mim).
Bate o sinal para terminar a aula - outra coisa que venho tentando ensinar- minha aula acaba quando saio da sala – mas já havia dito que somente iria para outra sala quando tivesse dado o visto em todos os cadernos daqueles que tinham que copiar o texto.
Faltavam ainda oito e esperei que todos terminassem, mesmo sobre o protesto deles, principalmente porque a próxima aula era educação física, só saíam depois do visto. Ah, muitos podem pensar, como eu já pensei e até falei para muitos professores: : coitadinhos, ficar sem a educação física, aula de que mais gostam! Não tive essa intenção, pois nem sabia que era essa aula, embora acredite que esses alunos necessitam ter algumas sanções para terem limites. E já por duas vezes pedi a Professora Paula e a Professora de Artes, que deixassem aqueles que não acabaram a atividade acabar, pois do contrário o trabalho ficaria prejudicado e não eram aulas de Educação Física. Nesse dia foi mera coincidência.
Enquanto aguardava que todos acabassem, foram quatro alunos à porta dizer que a coordenadora, Lorena, mandou falar para eu ir para a outra sala que o sinal já tinha batido. Eu dizia: - diga a ela que assim que os alunos acabarem eu vou.
Devo ter ficado nessa sala por uns 15 ou 20 min, após o sinal, para que desse o visto em todos os cadernos.
Saí para me dirigir a outra sala, já com a alma em frangalhos. E sou surpreendida pela Lorena que aos gritos: diz que não posso fazer o que bem entendo, que a sala 12 que eu mesma disse que é a pior sala da escola, estava na maior baderna, atrapalhando todas as salas e eu na outra sala.
Já totalmente irritada, digo que ela não sabe o que aconteceu e já gritando tento me explicar, mas desisto e resolvo ir embora. Antes de chegar à sala dos professores o diretor e a coordenadora, Lorena, já estão ao meu lado dizendo que não posso ir embora, pois tenho que dar as aulas, digo que não vou, que chega, não preciso nem vou tolerar essa situação que eles assinaram embaixo da formação de uma corja de alunos na escola, (me referindo à antiga direção que segundo vários e inúmeros professores acolhia os alunos que eram colocados fora de sala, com café, afagos, biscoitos, corte de unhas e dizia que os professores deles não sabiam dar aula e não valiam nada, o que os tornou completamente sem limites), não tomam providências mais sérias e eu não sou responsável por isso pois nem lá estava. Disse também que me prontifiquei a ajudar a Regional para tentar melhorar a escola, mas que chegava para mim. Algumas professoras que estavam na sala dos professores tentaram explicar o que gerou a falta de limites dos alunos, repetindo a história da ex diretora. Eu disse que já estava cansada de saber dessa história e que a escola então deveria tomar providências mais sérias com determinados alunos, mas nada fazia. Lorena disse que já havia chamado as mães da sala 12 que eu havia reclamado para uma reunião na sexta-feira e que nada mais podia fazer. Eu disse que deveriam suspender ou mesmo expulsar determinados alunos da escola. Ela e o diretor falaram que a regional não deixa. Disse ainda que se eles se candidataram ao cargo e não davam conta que pedissem socorro. Eles tentavam falar, mas eu não queria mais escutar, gritávamos eu e eles. Um bate-boca sem fim!! Peguei minha bolsa e disse vou até a Regional. O diretor ainda disse que era bom mesmo que fosse, pois a Regional estava sempre contra eles.
Fui à Regional, lá cheguei aos prantos. Fui bem acolhida. Foram as meninas da inclusão que me atenderam. Chorei...chorei... até conseguir falar o que se passava e lembrei-me do email que já havia enviado dizendo que até super-herói adoece. Disse a eles que não era Madre Tereza de Calcutá nem queria me candidatar a ocupar o lugar do Ramon, mesmo sendo o caso dele muito diferente, e morrer na luta!!!
Logo depois chegaram Zazá e Darcy que também me acolheram e escutaram pacientemente. Pude ver junto com elas que alguns alunos, que os professores citaram em reunião no ano passado, e estava registrado no caderno da Regional, eram os mesmos com os quais venho tendo atritos todos os dias. E o que foi feito com eles e por eles? Parece-me que nada!
Lembrei-lhes mais uma vez, pois já o tinha feito de outras vezes, que a direção da escola e coordenação da escola vêm se esforçando, mas não darão conta de fazer nada, pois estão de pés e mãos atados diante de nossas pífias decisões. Disse ainda que precisamos tomar medidas mais eficazes – tratamento psicológico e psiquiátrico, assim como medidas mais sérias com esses alunos - suspensão e mesmo expulsão, de forma a alertar as famílias, embora saiba que nem elas estão dando conta dos filhos.
E o que sobrou de tudo isso?
Encerramos a conversa, Zazá já havia prometido pôr mais uma pessoa para ajudar na coordenação e reforçou a promessa. Não sei se isso resolve, creio que não. Mas nessa altura creio que não se pode dispensar nada.
Almocei com Zazá e Darcy, rimos e conversamos, nos separamos na esquina de Tupis com Espírito Santo, para eu descer até a Afonso Pena e tomar um táxi. Antes de chegar ao meio do quarteirão, comecei a vomitar (coisa rara em minha vida, pois não tenho problema de estômago, fígado, enxaqueca, nem tampouco bebo, nem na gravidez tive enjôo e vomitei) e não podendo tomar um táxi, fui andando tonta pela rua até a porta da Prefeitura, quando já não tinha mais nada para vomitar, e tomei um táxi direto para o hospital.
Pressão 17, o dedo médio, da mão esquerda, totalmente inchado e já arroxeando, o úmero do braço direito que fraturei há três anos e levei dois anos para pôr no lugar com muita fisioterapia, depois de seis meses de imobilização total, novamente fora do lugar, devido ao tombo ou “desabamento” na sala de aula e o pior a dor da impotência: saber que nada poderia fazer diante dessa situação a não ser me afastar da escola.

Ah! Ainda tenho a acusar minha impotência diante do silêncio, da imobilidade corporal e facial do olhar no vazio: Isabela e Luciano.
Logo que iniciei as aulas perguntei à coordenadora qual era o diagnóstico desses alunos, ela me disse que não sabia e que iria procurar saber. Já são alunos da escola, pelo menos desde o ano passado, e estão na 8ª série. Sempre que lhes peço algo, a turma responde: “ô professora eles num faz nada não, tem poblema de cabeça”.
Por várias vezes já lhes disse que não podemos nos referir assim às pessoas, mas de nada tem valido meus apelos. O que aprenderam em relação às crianças deficientes ao longo dos anos?
Logo depois de ter conversado com a coordenadora, liguei para Candice na Regional Centro Sul e ela se prontificou a passar a questão para os responsáveis. Até hoje ninguém veio falar comigo.
Na semana passada a coordenadora informou-me que ele é autista. Durante o ano passado, participou do projeto de reforço e teve um grande avanço, mas esse ano ainda não há projeto. Eu me pergunto: o projeto para essas crianças deve ter interrupção? Ora, Áurea, eram férias!!! Será que projetos para tratar de tamanha seriedade devem entrar como qualquer outro na mesma dinâmica? Ah!, mas o aluno precisa de férias!!! Que férias longas, não, já estamos no final de março.
E Isabela? Segundo a coordenadora, chamou a mãe e essa disse que ela não tem nada. A garota, com 8 anos de escolaridade, não lê, se copia do quadro, inventa letras para escrever, pois a cópia não reflete o que está escrito no quadro, não sorri, não se levanta, mal responde alguma pergunta, mas de cabeça baixa.
Não incomodam, ninguém os coloca para fora de sala!!! Para quê? nunca estiveram lá dentro mesmo. Mas isso mexe e mexe muito comigo, com minha responsabilidade humana e profissional. Volto para casa sempre pensando o que preparar para eles, além de pedir que colem os pequenos textos no caderno, contudo ainda não descobri o que fazer. Nunca dei aula para autistas, sei que há diferentes casos. E ela, mais uma carteira na sala de aula!!! Duro, pesado perverso, mas é isso. E isso dói, dói fundo na alma, na responsabilidade, na ética.
Mas será que vai doer por longo tempo? Será que daqui uns meses, um ano eu não me acostumei. Será que devo ficar pensando, sofrendo por esses alunos que ao final do ano receberão o certificado de conclusão do ensino fundamental, e deixarão de ser responsabilidade do município?
E o Warley? Parece-me que também é autista (já não sei, se é isso mesmo, depois de tantas lágrimas, raiva e sentimento de impotência e sem meu caderno nas mãos, não posso afirmar com certeza), garoto de 12 anos, como dizia minha avó, robusto, com dentes enormes e clarinhos. Não entende lá muita coisa, mas faz uma letra de forma, caixa alta, invejável. Já gastou quase toda a parte de Língua Portuguesa do caderno, com a sua super letra. Adora ver livros, revistas, vira e mexe está na biblioteca. Nunca esquece o material. Não sei há quanto tempo está na escola, mas me parece que desde o ano passado. Coitado!!!! Não sei se essa é a melhor expressão. Vive com o peito, braços, abdômen roxos de tanta pancada dos colegas. Aproveitam de sua deficiência e sopapos e ponta pés por todos os lados. Semana passada a coordenadora falava em mudá-lo de sala.
Incomoda? Não, de vez em quando dá uns gritos insuportáveis e uns murros na carteira, no meio da aula, e, se vc estiver distraída, leva aquele susto, mas nada que atrapalhe tanto o andamento das aulas.
Mas a mim incomoda – incômodo insuportável - ter em minha frente - ele se assenta colado à mesa do professor - um saco de pancadas e me incomoda, sobretudo, a atitude dos colegas que em um ano ainda não aprenderam a respeitá-lo. Isso é inclusão? È garantir direitos?
Ora, minha gente, tenho fama de implicante e provocadora. Será que eu é que estou me sentindo tão incomodada assim? Será que ele começou a apanhar esses dias? Será que eu tenho mesmo que me sentir tão mal e impotente diante dessa situação. Como a escola, a Regional a Smed ficam sabendo disso? O que fazem?
Há, ainda, alguns casos muito diferentes desses que mereciam ser aqui registrados, mas confesso que não tenho mais forças para tal: Aristides, o Bob Esponja (como lhe chamam os colegas e no momento me foge seu nome), a Tauane, o Túlio, o Tiago (não sei se é esse mesmo o nome, sala 12, 1º aluno da fila do meio), o Clécio, e uma renca ainda da 8ª série.)

Se por alguns anos nas escolas municipais de Belo Horizonte, a disciplina, o respeito, a educação perderam seu lugar de valores de grande importância a serem construídos, creio que não foi ao acaso. Há parcela de responsabilidade de todos: Secretaria Municipal de Educação, Regionais, Escolas (direção, professores, funcionários e pais).
Não dá mais para tratar esses alunos que não permitem que a sala de aula e a escola funcione como coitadinhos que serão “recuperados” apenas com a boa vontade, afeto, atenção e paciência dos professores ou com algumas rodas de conversa com a Ana Lídia ou outra pessoa. Isso não existe!!!
Não me esqueço nunca que são VÍTIMAS, mas nós não sabemos tratar de suas várias feridas e cicatrizes. Há casos e, no Levindo inúmeros, que isso não dá resultado mais. Dói dizer, mas alguns desses garotos já são marginais que apanham da polícia sorrindo, como me disse uma mãe, outro dia na porta da escola. Se agüentam a pancadaria da polícia sorrindo, o que lhes fará pensar sobre suas atitudes? Será que nós, professores, teremos tanto poder e competência assim para ajudá-los? Ora, gente, vamos cair na real, chega de balela!!! Creio que parte de minhas lágrimas são devidas ao sentimento de impotência e outra parte de vergonha de ficar por alguns anos com esse discurso tentando “passar mel” na boca dos professores e até mesmo me dedicar a escrever sobre o assunto.
Podem pensar, dizer , escrever, ela está com o discurso da direita, endoidou de vez, mas minha consciência profissional não me permite calar-me diante de tal perversidade com os alunos e professores. Nosso discurso não é de direita, nem de esquerda, nem de centro é um discurso de irresponsáveis. E eu tenho que dar meu braço a torcer. Não o direito que não está valendo nada!!!

Sou uma professora experiente e competente, estudei muito todos esses assuntos nos anos em que estive à frente do Departamento de Formação do SindUTE Estadual, durante os meus três anos de mestrado e cinco de doutorado.
Trabalhei em várias escolas da RME e sempre optei por estar nas periferias, sendo que poderia ir para outras escolas centrais: iniciei minha carreira na RME, em 1983, na Escola Municipal Jonas Barcelos (no Barreiro de Cima, depois fui para a Adauto Lúcio Cardoso (Céu Azul), Carlos Lacerda (Cidade Nova), Humberto Castelo Branco, hoje Monteiro Lobato (Gorduras, Penha, sei lá) Alcida Torres (Alto do Taquaril), Israel Pinheiro (Alto do Vera Cruz), Padre Guilherme Peters (Cafezal, Antena da Del Rei) e cheguei ao Levindo Coelho no segundo BM, onde já dobrava.
Trabalhei também em várias escolas do Estado, de 1977, quando me formei, até 1994, quando assumi meu segundo BH. Em regiões das mais diferentes em BH: Escola Estadual Amélia de Castro Monteiro ( entre Boa Vista e Horto), Cândida Cabral (Alto dos Pinheiros), Instituto de Educação ( Funcionários) São Judas Tadeu (Contagem). Em 1983, passei também no concurso do Estado e fui para a Escola Mendes Pimentel (Providência) e em 1990 ou 1991, não me lembro no momento, fui para a escola Pedro II (em frente ao Pronto Socorro), onde fiquei até pedir exoneração para assumir o 2º BM.
Durante 11 anos trabalhei três turnos, pois tinha também as escolas particulares: das “melhores” como Coleginho da Universidade Católica, Alcinda Fernandes, São Tomás de Aquino, Zilá Frota até as alternativas como o Albert Einsten e uma que não sei definir, mas era bem parecida com o que se vê hoje no Levindo: depósito de adolescentes: Escola José de Alencar Rogedo (escola para filhos de empresários, industriários, banqueiros, deputados, vereadores, professores que já tinham sido expulsos de várias escolas privadas ditas de ponta em BH) Lá fiquei por seis anos e dei conta de muitas feras!!!
Conheço escolas e mais escolas por esse Estado e Brasil. Portanto, não estou falando do que não sei e não tenho competência para falar. Ajudei várias escolas (professores, diretores, funcionários e pais) a elaborarem PPP e Regimento Interno.
Com tudo isso, sinto-me a última educadora dos tempos no mundinho do Levindo Coelho. Desaprendi? Esqueci o que é uma escola? Não, por que não foi uma nem duas vezes na SMED que eu chamava a atenção para o que sofriam os professores nas escolas e nossa impotência. Mas, há sempre outras prioridades....
Sinto muito dizer, mas não dá mais para defender que aluno que não cumpre as normas da escola (e onde estão essas normas?) tenha os mesmos direitos dos outros, ou melhor, tenham o direito de tirar o direito dos outros de aprender. Sinto muito, mas isso não é inclusão. Essa é a forma mais perversa de excluir e excluir em massa: os que cumprem as normas, mas não têm ambiente para aprender e também os que nada cumprem e nada aprenderão.
Não dá mais para dizer que nós, professores, vamos construir com esses alunos a censura – tão dita por Freud quando fala da existência de um certo conflito entre os impulsos humanos e as regras que regem a sociedade e que controla o "princípio do prazer". Ora, temos lá esse poder ou competência? Somos muito presunçosos, não?!!
A escola não salvará o mundo. Chega da minha hipocrisia, da hipocrisia da Smed, dos Conselhos Tutelares, da Promotoria Pública que há anos ditamos um discurso vazio, mas não estamos na escola para dar aulas a esses alunos. Chega!!!! È hora de tomarmos medidas mais sérias com esses alunos e suas famílias. Conversa não constrói censura. A escola não tem esse poder. Muitos hão de dizer a escola sozinha, não, mas se .... CHEGAAAA!!!! Não tem mais se, nem menos se... não temos ajuda para tal. A saúde não pode isso, não quer aquilo, negociação com eles é impossível, dinheiro da educação não pode pagar psicólogo, psiquiatra, médico, não pode isso não pode aquilo, mas pode levar menino para Petrópolis, Terezópolis, Inhotim, Cafundel e deixam 40% viajados e marginalizados. È duro!!!!
Ah de se pensar também, estamos desviando é muito dinheiro da educação, pois os professores, adoecem , caem em depressão e lá vai dinheiro.!. Ah! Também há aqueles e aquelas que dizem não se pode pôr psicólogo ou psiquiatra para cuidar desses meninos, pois os professores vão pôr todos no mesmo balaio. !!!! E citam essa ou aquela pesquisa de mil seiscentos e Adão. Rsrrsrrsrsrrss. Será que tem até mesmo professor fora desse balaio? Eu já caí de cabeça nele.!!!!
Chegaaaa, se não temos como “educar e cuidar” dessas crianças de verdade, não podemos continuar fingindo, isso é uma falta de compromisso, uma irresponsabilidade. Em nada se difere essa atitude de eu professora entrar para sala de aula, ficar lá com todos os alunos presos, fingindo que estou ensinando, enquanto eles se espancam, pulam sobre as carteiras se masturbam e não perturbam o andamento da escola, nem da Regional e depois vem a SMED saber porque o Levindo está entre as piores escolas. Meninos sem aula aprendem o quê? Essa mesma mãe que me falou da relação dos alunos com a polícia, disse-me que foi ajudar a aplicar uma dessas provinhas, sei lá qual, e que foi um inferno! Os garotos berravam, nada escutavam, ela saiu de lá com uma dor de cabeça que parecia que iria morrer e que inclusive já relatou isso a Macaé.
Ficar com esses alunos na escola para eles não perturbarem a sociedade!!!! É essa a inclusão???
Segundo Estrela (1984), o sentimento de fracasso e de impotência diante das situações de indisciplina reflete na imagem profissional do o/a professor/a, levando-o/a a optar pela “conspiração do silêncio” , denegando os desafios que a indisciplina lhe impõe.
Parece-me que é isso que ocorre na Levindo Coelho, onde professores, cheios de boa vontade e de competência, tentam dar aulas com alunos de pé sobre suas mesas e uma algazarra só, como já pude presenciar.
Nesse movimento de manutenção da ordem desejável os/as professores/as convivem com a tensão “provocada pela atitude defensiva, a perda de sentido da eficácia e a diminuição da auto-estima pessoal que levam a sentimentos de frustração e desânimo e ao desejo de abandono da profissão”. (ESTRELA, 1994, p.97)
Esse é meu caso!!! Depois de quase 30 anos de um bela carreira!!!!!
Será que todos nós, professores estamos errados, não queremos trabalhar, somos incompetentes? Ou estamos a tomar providências também?

Para encerrar, cito ainda alguns episódios esparsos para que fique mais clara ainda a realidade dessa, digo dessa, porque estava nela, mas de muitas, quiçá de todas as escolas de Belo Horizonte. Ressalvo que os nomes citados não são fictícios.
1. Há uns quinze dias atrás tentava dar minha aula na famosa turma 12. Entre gritos e gargalhadas escandalosos, batucadas de pés e mão, ouvia-se também provocações de uns alunos aos outros. De repente o aluno Humberto, que somente após esse episódio vim a saber que tem um problema (qual nem eu e acho que ninguém sabe) e que não estava tomando os remédios controlados, segundo informações da mãe, levanta-se e cobre o Rafael - aquele do email passado, que se masturbava e gritava na sala - de pancadas. Os alunos gritam e alguns dizem: - não entra não, fessora, que no ano passado ele quebrou o dedo da professora. Mesmo que não dissessem isso, eu já estava paralisada diante de tamanha violência. Humberto bem alto debruçado sobre o Rafael chutando e dando coques por todos os lados. O barulho dos coques me arrepiava. O que fiz? Nada. Creio que nem mesmo assisti a tamanha brutalidade porque de repente fechei os olhos. Abri quando Humberto disse isso é para você aprender, e disse lá a alcunha do Rafael. Disse então ao Humberto que saísse de sala e procurasse o diretor e contasse o que aconteceu. Ele disse que não sairia. Insisti e ele nem se mexeu do lugar. Resolvi então sair com toda a turma e deixá-lo na sala. Fui para a cantina, único lugar disponível no momento, onde custei a conseguir ambiente para dar aulas. O aluno Aristides, que me parece também ter algum problema, mas nunca fui informada sobre, não parava de mexer com o Rafael e dar risadas ao que era acompanhado por vários outros. Depois de lhe chamar a atenção várias vezes, disse que não ia fazer nada porque ali não era lugar de dar aulas.
Todos iniciando a tarefa me informam que não poderia continuar porque tinha um lanche da Escola Integrada às 8:30. Quando desci, encontrei o diretor no pátio e avisei sobre o Humberto. Como ele já não estava mais na sala, voltei com os alunos. Nove horas, o horário terminou. E a aula nem começou!!! Imagine o que é isso para uma professora que preparou a aula para aquela turma. Tentou, fez o possível e impossível e nada conseguiu Confesso só não chorei porque tinha que dar outras aulas.

2. Na semana anterior estive de licença devido a uma cirurgia para extração do dente siso e implante ósseo e Fernanda, professora de Língua Portuguesa, foi me substituir. Segundo me contou Fernanda, que na segunda-feira quando lá cheguei me disse que não queria ficar ali naquela escola, foi desacatada pelo aluno Mateus o qual ela pôs para fora de sala, conduzindo-o até a sala do diretor. Logo que ele voltou, tirou da mochila um revólver de plástico e mostrando para ela disse aqui a gente trata professor é assim, mas não é com esse de plástico não.
Mateus é um garoto negro, gordinho, está num nível bastante atrasado de alfabetização para sua idade, não tem limites, respeito, educação, higiene, compromisso. Segundo foi relatado na primeira reunião em que participei na escol, traz grandes problemas desde o ano passado. Já renovei com ele o compromisso da educação, respeito e cumprimento das tarefas por várias vezes, fica muito bacana por uma semana, mas depois torna-se insuportável novamente. Parece-me que sua mãe já foi chamada à escola várias vezes. Não tenho referências sobre a sua participação em programas sociais ou na Escola Integrada. Já pedi informações a respeito, me deram, mas já me esqueci e no momento não tenho em mãos meu caderno com anotações.

3. Poderia acrescentar ainda alguns episódios ocorridos no turno noturno, mas como esses são somente em uma determinada turma e com determinados alunos, deixo para outro momento.


Por fim, me pergunto e o IDEB? E só posso responder: hehhehehheheheh

Creio que teria registros para fazer outra tese de doutorado, mas no momento lhes entrego - Professores, Diretor e Vice, Coordenadores, Regional e SMED - estas dez páginas escritas a poder de muitas lágrimas.

Um abraço esperançoso.
Áurea

Em 24/03/2009

domingo, 29 de março de 2009

RODA DE CONVERSA - 1º DE ABRIL - 18H30

ATENÇÃO! PARECE QUE O QUE FOI POSTADO ABAIXO É UMA PUBLICAÇÃO FICTÍCIA, JÁ QUE QUEM POSTOU SE IDENTIFICA COMO A MODESTA THEODORO, NÃO É A VERDADEIRA MODESTA! EM BREVE RETIRAREI ESSA POSTAGEM ASSIM QUE ESCLARECER ISSO! O AUTOR QUE SE IDENTIFICAVA COMO A MODESTA JÁ FOI REMOVIDO DA LISTA DO BLOG E TODAS AS SUAS POSTAGENS TAMBÉM SERÃO REMOVIDAS!

Woodson

escola

plural..
...política
de metas e resultados
O Coletivo TRAVESSIA convida VOCÊ para a
“RODA DE CONVERSA”, que acontecerá no
dia DIA 1º DE ABRIL, 18:30 HORAS, no SINDREDE/
BH.
EM DEBATE: “DA ESCOLA PLURAL À POLÍTICA DE METAS
E RESULTADOS: O QUE MUDA NA REDE MUNICIPAL?
NOSSAS CONVIDADAS:
MARIA CLEMÊNCIA – PROFESSORA E DIRETORA DA
E.M. AURÉLIO PIRES
STEFÂNIA PADILHA – PROFESSORA DA E.M.
CRISTOVAM COLOMBO
VENHA DEBATER SOBRE A REDE E O FUTURO
visite nosso site - http://br.geocities.com/coletivo.travessia

sexta-feira, 20 de março de 2009

Audiência Pública na Câmara Municipal de BH


O Sind-Rede/BH solicita que as Escolas e Umeis organizem-se e mandem representantes, bem como ampliem este convite aos pais e estudantes, principalmente do Colegiado!
.
Wanderson Rocha
Diretor do Sind-Rede/BH
Coletivo Fortalecer

AUDIÊNCIA PÚBLICA EDUCAÇÃO

Você está convidado para:   AUDIÊNCIA PÚBLICA EDUCAÇÃO
Por seu anfitrião:   Woodson FC
 
Data:   Quarta-feira 25/3/2009
Hora:   14:00 - 18:00  (GMT -03:00)
Local:   Câmara Municipal de Belo Horizonte Plenário Aminthas de Barros
Rua:   Av. dos Andradas 3100 Santa Efigênia
Cidade Estado CEP:   BH/MG   Y! Maps
 
Você participará?   Responder a este convite
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quinta-feira, 12 de março de 2009

Quinta-feira, 12 de Março de 2009Ano XV - Edição N.: 3297
Poder Executivo
Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação - Secretaria Municipal Adjunta de Recursos Humanos

DESPACHOS DO SECRETÁRIO


Processos Deferidos:

Afastamento sem remuneração para exercício de mandato eletivo: LEVI GERALDO DE RESENDE, BM-28.561-0 e 30.122-5, Vereador no município de Coronel Xavier Chaves, a partir de 01/01/09 a 31/12/12. (proc. 01.191939.08.92)





terça-feira, 10 de março de 2009

Restituição da Contribuição previdenciária sobre 1/3 de férias

"Terça-feira, 10 de Março de 2009
Ano XV - Edição N.: 3295
Poder Executivo
Capa

SERVIDOR RECEBE RESTITUIÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE FÉRIAS

A partir de hoje a Prefeitura disponibiliza, pela internet, os formulários para que os servidores efetivos solicitem a restituição da contribuição previdenciária retida sobre o terço constitucional de férias. A restituição é referente às férias dos últimos cinco anos, entre agosto de 2003 e agosto de 2008. Após esta data, a Prefeitura cessou a cobrança da contribuição.

Os valores a serem restituídos variam conforme o cargo e a situação funcional do servidor e estão atua­lizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), conforme cálculo realizado pela Procuradoria Geral do Município. Funcionários que entraram com ação judicial solicitando a restituição desses valores também podem fazer o requerimento em formulário próprio.

Internet

Os formulários podem ser acessados no portal da Prefeitura, pelo endereço eletrônico www.pbh.gov.br. Ao acessar o link “Sala do Servidor”, o funcionário escolhe entre o formulário administrativo e o formulário específico para quem já ajuizou ação judicial sobre o tema. Após imprimir e preencher o formulário, cada servidor deve encaminhar o requerimento para a unidade de pessoal de sua secretaria ou para a Gerência de Recursos Humanos de sua regional.

Os requerimentos entregues até o dia 18 de março terão a restituição realizada no início de abril, junto ao pagamento. Os requerimentos entregues após esta data terão a restituição efetuada de acordo com o cronograma da folha de pagamento.

Para fazer a solicitação, os aposentados devem procurar a Central de Atendimento da Secretaria Municipal Adjunta de Recursos Humanos, situada na rua Espírito Santo,
250, 1º andar, Centro."
.........................

Qualquer coisa, consultem o DOM de hoje, ou telefonem para a PBH.
Modesta Trindade Theodoro

domingo, 8 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher

A vocês, sabe?
Especialmente às meninas que foram estupradas por um padrasto de péssima índole, à mãe que foi excomungada pela igreja, às mulheres que sofrem, às que transbordam alegria, às que murmuram, às que gritam nas avenidas por melhores salários, por justiça e liberdade, meus cumprimentos! Que consigam suavizar momentos pesados nas vidas de todas nós, que consigam endurecer na hora dos massacres.

A todas vocês que por aqui passam, um grande abraço!

José Maria Theodoro

08 de março de 2009

quarta-feira, 4 de março de 2009

Veja no DOM de hoje, a portaria 4944: Hilário foi colocado como representante biônico dos professores da RME no Conselho do Fundeb.
Quarta-feira, 4 de Março de 2009 Ano XV - Edição N.: 3291
Poder Executivo
Secretaria Municipal de Governo

PORTARIA Nº 4.944 DE 03 DE MARÇO DE 2009




O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais e considerando o disposto na Lei nº 9.671, de 30 de dezembro de 2008 e no Decreto nº 13.496, de 30 de janeiro de 2009,

RESOLVE:




Art. 1° - Designar, para integrar o Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, os seguintes membros:




I – como representantes dos professores municipais ou educadores infantis das unidades municipais de educação: ANTÔNIO CARLOS HILÁRIO, titular, e Mônica Maria de Souza, suplente;

II – como representantes dos auxiliares de secretaria, de biblioteca, de escola e demais servidores de apoio técnico-administrativo das unidades municipais de educação: Celina de Souza Gomes, titular, e Mara Aparecida Martins, suplente.




Parágrafo único – Os membros designados por esta Portaria integrarão o Conselho em caráter provisório, até que a entidade sindical representativa da categoria realize eleição definitiva dos membros.




Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.




Belo Horizonte, 03 de março de 2009




Marcio Araujo de Lacerda

Prefeito de Belo Horizonte





Pagamento PBH

O pagamento referente a fevereiro, com faltas injustificadas de janeiro (se houver) acontecerá, para todos/as servidores/as da PBH no dia 09 de março de 2009
(segunda-feira).
Quaisquer coisas (maiores esclarecimentos e conferência), quem está informando a data é a "Central de Atendimento". Telefone: 32774226.

Modesta Trindade Theodoro

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Textos para refletirmos sobre as políticas educacionais da PBH

Companheiras e companheiros,

Na última reunião de representantes, no turno da manhã, foi solicitada a socialização de textos para a categoria. Por isso, organizamos os links de alguns textos que contribuem para compreendermos as mudanças em curso na educação pública municipal, nacional e internacional.
Para acessá-los, visite o site do Coletivo Travessia http://br.geocities.com/coletivo.travessia/

Boa Leitura!!!

Coletivo Travessia

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Quem sabe?!

Olá,
creio que todos/as já sabem que, na semana, foi nomeado como Secretário Adjunto o Afonso Renan. Já foram delegadas a ele algumas competências legais hoje. Na verdade, devido à trajetória de ambos (que conheço bem) achei que seria ele o Secretário Municipal. Vamos ver como se saem a Macaé como Secretária e ele como Adjunto. Tomara que a "chapa" dê certo. Que ela e ele ouçam os/as professores/as, trabalhem pela dignidade destes/as e dos/as estudantes. Quiçá possam.

Modesta Trindade Theodoro
Dia 20/02/2009
............ ......... ......... ......... ......... ......... ......

"Sexta-feira, 20 de Fevereiro de 2009
Ano XV - Edição N.: 3286
Poder Executivo
Secretaria Municipal de Educação

PORTARIA Nº 018/2009

Delega competência para atos de ordenação de despesa.

A Secretária Municipal de Educação, no uso de suas atribuições legais, e em conformidade com o disposto no § único do art. 82 da Lei Municipal N.º 9.011 de 01 de janeiro de 2005,
RESOLVE:

Art. 1º - Delegar ao Secretário Municipal Adjunto de Educação competência para a prática dos atos de ordenação de despesa no âmbito da Pasta que titulariza.

Art. 2º - Delegar ao Secretário Municipal Adjunto de Educação, competência para a celebração de instrumentos de contratos, convênios, acordos, ajustes e respectivos termos aditivos, no âmbito da Pasta que titulariza.

Art. 3º - Nas hipóteses de formalização de processos de pagamento e dos atos de ordenação de despesa previstos no art. 32 do Decreto 10.710/01, bem como na emissão da declaração de que trata o art. 16 da Lei Complementar 101/00, nota de empenho e nota de pagamento da despesa e de borderô de pagamento de despesa, a ordenação ocorrerá pelo Secretário Municipal Adjunto.

Art. 4º - A delegação de competência fundamenta-se nos termos dos seguintes dispositivos da Legislação: § único do art. 82 da Lei Municipal 9.011/05; art. 32 e 34, inciso I do § 2o do art. 65, incisos I e II do art. 73, art. 75, arts. 98, 99 e 100 do Decreto Municipal 10.710/01, com suas alterações posteriores; arts 62 e 63 da Lei. 4.320/64.

Art. 5º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se os dispositivos em contrário.

Belo Horizonte, 16 de fevereiro de 2009

Macaé Maria Evaristo
Secretária Municipal de Educação"

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

"Novidades" na Educação

Educação

Diz o prefeito de BH que tem "novidades" para melhorar a educação: escola com currículo, boletim, e consequentemente os pais terão acesso ao rendimento dos filhos. A outra "novidade" é que o PT continua na secretaria de educação. Estas são as novidades? As escolas municipais sempre tiveram currículo, boletim com o rendimento do aluno e, principalmente, reunião com os pais. A diferença é que o PT, sem discutir com os professores, impôs o seu currículo e o seu boletim acreditando que vai salvar a educação. Melhorar a educação é ter diálogo e respeito com os trabalhadores em educação, além de ouvir o que os pais querem para a educação dos seus filhos. Isto o PT não fez nesses mais de 10 anos na secretaria de educação. Chega!!!
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Wanderson Paiva Rocha
Diretor do Sind-Rede/BH
.
Fonte: Jornal Hoje Em Dia, 18/02/2009, Caderno Opinião, página 5, Do Leitor.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

nomeações do CONSELHO DO FUNDEB


Sábado, 14 de Fevereiro de 2009
Ano XV - Edição N.: 3282
Poder Executivo
Secretaria Municipal de Governo

PORTARIA Nº 4.928 DE 13 DE FEVEREIRO DE 2009


O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais e considerando o disposto na Lei nº 9.671, de 30 de dezembro de 2008 e no Decreto nº 13.496, de 30 de janeiro de 2009,

RESOLVE:


Art. 1° - Designar, para integrar o Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, os seguintes membros:


I – como representantes do Poder Executivo Municipal:

a) Alexsandro da Silva Gomes, titular, e Saly da Silva, suplente;

b) Miriam Loureiro Dolabella, titular, e Nilton Pereira dos Santos, suplente;

II – como representantes dos diretores das escolas municipais: Luiz Gonzaga da Rocha, titular, e Nivaldo Lara Arruda, suplente;

III – como representantes dos pais de alunos das unidades municipais de educação:

a) André Luiz dos Santos Almeida, titular, e Edilson Miranda dos Santos, suplente;

b) Jucelha Pereira da Silva, titular, e Lucimar de Morais, suplente;

IV – como representantes dos estudantes das unidades municipais de educação:

a) Flávia Alexandra Gomes Correia e Santos, titular;

b) Elena Ciciliotti Rocha, titular;

V – como representantes do Conselho Municipal de Educação: Geraldo Afonso de Paula Corrêa, titular, e Rosimary de Jesus Silva, suplente;

VI – como representante do Conselho Tutelar: Nilza Matilde Costa Xavier, titular, e Roseane Figueiredo Linhares, suplente;

VII – como representantes do Poder Legislativo Municipal: Vereador Adriano Ventura, titular, e Vereador Arnaldo Godoy, suplente.


Parágrafo único – Os membros previstos nos incisos II e IV do art. 2º do Decreto nº 13.496/09 e os suplentes dos representantes indicados no inciso IV desta Portaria serão designados posteriormente, a partir de indicação das respectivas entidades representativas.


Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.


Belo Horizonte, 13 de fevereiro de 2009


Marcio Araujo de Lacerda
Prefeito de Belo Horizonte


nomeações do CONSELHO DO FUNDEB

Sábado, 14 de Fevereiro de 2009
Ano XV - Edição N.: 3282
Poder Executivo
Secretaria Municipal de Governo

PORTARIA Nº 4.928 DE 13 DE FEVEREIRO DE 2009


O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais e considerando o disposto na Lei nº 9.671, de 30 de dezembro de 2008 e no Decreto nº 13.496, de 30 de janeiro de 2009,

RESOLVE:


Art. 1° - Designar, para integrar o Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, os seguintes membros:


I – como representantes do Poder Executivo Municipal:

a) Alexsandro da Silva Gomes, titular, e Saly da Silva, suplente;

b) Miriam Loureiro Dolabella, titular, e Nilton Pereira dos Santos, suplente;

II – como representantes dos diretores das escolas municipais: Luiz Gonzaga da Rocha, titular, e Nivaldo Lara Arruda, suplente;

III – como representantes dos pais de alunos das unidades municipais de educação:

a) André Luiz dos Santos Almeida, titular, e Edilson Miranda dos Santos, suplente;

b) Jucelha Pereira da Silva, titular, e Lucimar de Morais, suplente;

IV – como representantes dos estudantes das unidades municipais de educação:

a) Flávia Alexandra Gomes Correia e Santos, titular;

b) Elena Ciciliotti Rocha, titular;

V – como representantes do Conselho Municipal de Educação: Geraldo Afonso de Paula Corrêa, titular, e Rosimary de Jesus Silva, suplente;

VI – como representante do Conselho Tutelar: Nilza Matilde Costa Xavier, titular, e Roseane Figueiredo Linhares, suplente;

VII – como representantes do Poder Legislativo Municipal: Vereador Adriano Ventura, titular, e Vereador Arnaldo Godoy, suplente.


Parágrafo único – Os membros previstos nos incisos II e IV do art. 2º do Decreto nº 13.496/09 e os suplentes dos representantes indicados no inciso IV desta Portaria serão designados posteriormente, a partir de indicação das respectivas entidades representativas.


Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.


Belo Horizonte, 13 de fevereiro de 2009


Marcio Araujo de Lacerda
Prefeito de Belo Horizonte

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES SIND-REDE

Colegas!
Para participar e divulgar nas escolas!

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES SIND-REDE:

1- MOBILIZAÇÃO:
13/02 (6a feira), 15 horas
Manifestação na SMED (TODOS CONTRA A EXCEDÊNCIA!)


2- REUNIÕES POR SEGMENTOS:

14/02 (sábado), 13 horas
Auxiliares Terceirizados (pela caixa escolar);

17/02 (3a feira), 09 horas
Diretores de Escola;

18/02 (4a feira), 09 horas
Celetistas;

18/02 (4a feira), 09 horas
Pedagogas (TSE);

18/02 (4a feira), 14 horas
Auxiliares (de Escola, Secretaria, Biblioteca;

19/02 (5a feira), 14 horas
Readaptação Funcional;

19/02 (5a feira), 18 e 30 horas
Educação Infantil;

20/02 (6a feira), 14 horas
Coletivo de Inclusão;


3- SEMINÁRIO:
05/03
Seminário da Campanha Salarial
Horário: a confirmar
Local: a confirmar



4- ASSEMBLÉIA:
11/03, 14 horas
Hórion(Paralisação parcial)



5- CONFERÊNCIA
03 e 04/04
Conferência Municipal de Educação do Sind-Rede/BH
Horário: a confirmar
Local: a confirmar



Um abraço,
Prof. Geraldinho
Diretoria Colegiada Sind-REDE
e CME

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

MANIFESTÃO EXCEDENTES NA SMED - SEXTA-FEIRA 13

ATENÇÃO!!!

Companheiras e companheiros que estão em situação de excedência nas escolas!!!
No dia 13 de fevereiro, sexta-feira, 15 horas, realizaremos uma manifestação na SMED.
Compareçam!!!

Direção Colegiada do Sind-REDE/BH

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Reunião de Representantes de Escola

Companheiras e companheiros,

no dia 10 de fevereiro, terça-feira, realizaremos reuniões de representantes nos seguintes horários: 8h, 14h e 18h, no Sind-REDE/BH.
Garanta a presença da sua escola!

Temos muitos desafios e conquistas em 2009.

Sind-REDE/BH

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

MAIS UM CONSELHO

Sábado, 31 de Janeiro de 2009Ano XV - Edição N.: 3272
Poder Executivo
Secretaria Municipal de Governo

DECRETO Nº 13.496 DE 30 DE JANEIRO DE 2009


Regulamenta a Lei nº 9.671, de 30 de dezembro de 2008, que ¿¿¿Dispõe sobre a criação e regulamentação do Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, e dá outras providências¿¿¿.


O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições, em especial a que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município,

DECRETA:




Art. 1º - Compete ao Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - Conselho do Fundo - criado pela Lei nº 9.671, de 30 de dezembro de 2008:




I - acompanhar e controlar a repartição, a transferência e a aplicação dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB - no Município;

II - supervisionar a realização do censo escolar e a elaboração da proposta orçamentária anual do Poder Executivo Municipal, com o objetivo de concorrer para o regular e tempestivo tratamento e encaminhamento dos dados estatísticos e financeiros que alicerçam a operacionalização do FUNDEB;

III - emitir parecer sobre as prestações de contas dos recursos do FUNDEB, que deverão ser disponibilizadas regularmente pelo Poder Executivo Municipal.




Parágrafo único - O parecer de que trata o inciso III deste artigo deverá ser apresentado ao Poder Executivo Municipal em até 30 (trinta) dias antes do vencimento do prazo para a apresentação da prestação de contas ao Tribunal de Contas.




Art. 2º - O Conselho do Fundo é constituído por 12 (doze) membros titulares e respectivos suplentes, conforme representação e indicação a seguir discriminadas:




I - 2 (dois) representantes do Poder Executivo Municipal, dos quais pelo menos 1 (um) da Secretaria Municipal de Educação, indicados pelo Prefeito;

II - 1 (um) representante dos professores municipais ou educadores infantis das unidades municipais de educação, indicado pela entidade sindical da categoria legalmente constituída;

III - 1 (um) representante dos diretores das escolas municipais, indicado entre seus pares, em processo eletivo organizado para esse fim;

IV - 1 (um) representante dos auxiliares de Secretaria, de Biblioteca, de Escola e demais servidores de apoio técnico-administrativo das unidades municipais de educação, indicado entre seus pares, em assembléia convocada para esse fim pela entidade sindical da categoria legalmente constituída;

V - 2 (dois) representantes dos pais de alunos das unidades municipais de educação, indicados por seus pares em processo eletivo organizado para esse fim;

VI - 2 (dois) representantes dos estudantes das unidades municipais de educação, maiores de 18 (dezoito) anos ou emancipados, indicados pelas entidades de estudantes, conforme disposto no § 2º deste artigo;

VII - 1 (um) representante do Conselho Municipal de Educação, indicado por seus pares;

VIII - 1 (um) representante do Conselho Tutelar, indicado por seus pares;

IX - 1 (um) representante do Poder Legislativo Municipal.




§ 1º - O processo de escolha, por maioria simples, dos representantes previstos nos incisos III e V do caput deste artigo será organizado pela Secretaria Municipal de Educação e suas regras serão objeto de Instrução Normativa expedida pela referida Secretaria.

§ 2º - A indicação dos representantes de estudantes, de que trata o inciso VI do caput deste artigo, caberá à entidade de estudantes legalmente constituída e que tenha como área de abrangência o Município de Belo Horizonte.

§ 3º - A indicação dos membros do Conselho do Fundo deverá ocorrer em até 20 (vinte) dias antes do término do mandato dos conselheiros anteriores.

§ 4º - Durante o prazo previsto no § 3º deste artigo, os novos membros deverão se reunir com os conselheiros cujo mandato está se encerrando, para transferência de documentos e informações de interesse do Conselho.

§ 5º - Os integrantes do Conselho do Fundo serão designados por ato do Prefeito.

§ 6º - O rompimento do vínculo formal do conselheiro com o segmento que este representa implicará em seu desligamento do Conselho do Fundo.

§ 7º - Na hipótese da inexistência de estudantes maiores ou emancipados, as entidades de representação estudantil poderão designar até 2 (dois) representantes, para acompanhar as reuniões com direito a voz e sem direito a voto.




Art. 3º - São impedidos de integrar o Conselho do Fundo:




I - cônjuge e parentes consangüíneos ou afins, até o 3º (terceiro) grau, do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos secretários municipais;

II - tesoureiro, contador ou funcionário de empresa de assessoria ou consultoria que prestem serviços relacionados à administração ou ao controle interno dos recursos do Fundo, bem como cônjuges, parentes consangüíneos ou afins, até o 3º (terceiro) grau, desses profissionais;

III - estudantes que não sejam maiores ou emancipados;

IV - pais de alunos que:

a) exerçam cargos ou funções públicas de livre nomeação e exoneração no âmbito dos órgãos do Poder Executivo Municipal gestor dos recursos;

b) prestem serviços terceirizados, no âmbito do Poder Executivo Municipal.




Art. 4º - O suplente substituirá o titular do Conselho do Fundo, no caso de afastamentos temporários ou eventuais deste, e assumirá sua vaga, para cumprir o restante do mandato, nas hipóteses de afastamento definitivo decorrente de:




I - desligamento por motivos particulares;

II - rompimento do vínculo de que trata o § 6º do art. 2º deste Decreto;

III - situação de impedimento previsto no art. 3º deste Decreto, incorrida pelo titular no decorrer de seu mandato.




§ 1º - Na hipótese de afastamento definitivo do suplente, o segmento responsável deverá indicar novo representante para cumprir o restante do mandato.

§ 2º - Na hipótese de afastamento definitivo e simultâneo do titular e do suplente, o segmento responsável deverá indicar novos membros para cumprirem o restante do mandato.




Art. 5º - Os membros do Conselho terão mandato de 2 (dois) anos, permitida uma recondução por igual período.




Art. 6º - O Conselho do Fundo terá um presidente eleito por seus pares em reunião do colegiado, sendo impedido de ocupar a função o representante do Executivo, gestor dos recursos do Fundo.

§ 1º - Em caso de vacância da função de presidente, o colegiado do Conselho do Fundo se reunirá para eleger o novo presidente.

§ 2º - São atribuições do presidente, sem prejuízo de outras previstas no regimento interno do Conselho do Fundo, presidir e convocar as reuniões ordinárias e extraordinárias.




Art. 7º - As reuniões ordinárias do Conselho do Fundo serão realizadas mensalmente, com a presença da maioria de seus membros, e, extraordinariamente, quando convocados pelo presidente ou mediante solicitação por escrito de pelo menos um terço dos membros titulares.




Art. 8º - O Conselho do Fundo atuará com autonomia, sem vinculação ou subordinação institucional ao Poder Executivo Municipal e será renovado periodicamente ao final de cada mandato dos seus membros.




Art. 9º - A atuação dos membros do Conselho do Fundo:




I - não será remunerada;

II - é considerada atividade de relevante interesse social;

III - assegura isenção da obrigatoriedade de testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício de suas atividades de conselheiro e sobre as pessoas que lhes confiarem ou deles receberem informações;

IV - veda, quando os conselheiros forem representantes dos professores municipais, dos educadores infantis, dos diretores e dos servidores das unidades municipais escolares, no curso do mandato:

a) a exoneração de ofício ou a demissão do cargo ou emprego sem justa causa ou a transferência involuntária do estabelecimento de ensino em que atuam;

b) a atribuição de falta injustificada ao serviço em função das atividades do Conselho;

c) o afastamento involuntário e injustificado da condição de conselheiro antes do término do mandato para o qual tenha sido designado;

V - veda, quando os conselheiros forem representantes dos estudantes em atividades do Conselho, no curso do mandato, atribuição de falta injustificada nas atividades escolares.




Art. 10 - O Conselho do Fundo não contará com estrutura administrativa própria, incumbindo ao Município, por meio da Secretaria Municipal de Educação, garantir infraestrutura e condições materiais adequadas à execução plena de suas competências e oferecer ao Ministério da Educação os dados cadastrais relativos à sua criação e composição.




Art. 11 - No prazo máximo de 60 (sessenta) dias após a instalação do Conselho do Fundo, deverá ser aprovado o regimento interno que viabilize seu funcionamento, respeitado o disposto na Lei nº 9.671/08, neste Decreto e na legislação pertinente.




Art. 12 - Ficam revogados os Decretos nº 9.639, de 10 de julho de 1998, e nº 13.082, de 12 de março de 2008.


Art. 13 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 30 de janeiro de 2009

Marcio Araujo de Lacerda
Prefeito de Belo Horizonte

domingo, 1 de fevereiro de 2009

A tecnologia nos deixa mais burros?

A tecnologia nos deixa mais burros?
Revisão de várias pesquisas sobre uso de videogames e computadores mostram que a capacidade de análise e reflexão decresce, mas há forte aumento de inteligência visual

Nir Elias/Reuters - 5/6/07 Estado de Minas

Utilização da internet na sala de aula prejudica capacidade de concentração e absorção da informação


Los Angeles – Desde que a tecnologia passou a desempenhar um papel mais importante na vida da população, as habilidades de pensamento crítico e análise diminuíram, ao mesmo tempo que nossa habilidade visual aumentou. A constatação foi feita pela pesquisa desenvolvida por Patricia Greenfield, professora de psicologia e diretora do Centro de Mídia Digital para Crianças da Universidade da Califórnia, Los Angeles (Ucla).

De acordo com Greenfield, o aprendizado mudou como resultado da exposição à tecnologia. O estudo, divulgado na revista Science, analisou mais de 50 trabalhos sobre aprendizado e tecnologia, incluindo pesquisas em tarefas múltiplas e uso de computadores, da internet e videogames. Para a professora, a leitura por prazer, que diminuiu entre pessoas jovens nas últimas décadas, aumenta a capacidade de reflexão e estimula a imaginação de uma maneira que a mídia visual não faz. Um dos princípios que nortearam a pesquisa foi a dúvida sobre quanto as escolas devem usar de novas mídias ou manter as técnicas tradicionais de leitura e discussão em sala de aula. “Nenhuma mídia é boa para tudo”, diz Greenfield. “Se quisermos desenvolver uma variedade de habilidades, temos que usar uma dieta balanceada de mídias. Cada meio tem custos e benefícios em termos de quais habilidades ele desenvolve”, explica.

FILMES A pesquisadora indica que as escolas devem se esforçar para aplicar testes nos estudantes usando meios visuais, como a utilização de apresentações em PowerPoint, por exemplo. “Como os estudantes estão gastando mais tempo com meios visuais e menos com impressos, métodos de avaliação que incluem essas novas mídias vão ser capazes de dar um quadro melhor do que eles realmente sabem”, diz Greenfield, que tem usado filmes em suas aulas desde a década de 1970. “Ao utilizar mais meios visuais, os estudantes vão processar melhor as informações”, afirma.

No entanto, ela ressalta que a maior parte dos meios visuais são em tempo real, que não oferece chance para reflexão, análise ou imaginação, habilidades que não são desenvolvidas plenamente por meios como a televisão ou videogame. “A tecnologia não é uma panaceia na educação por causa das habilidades que estão se perdendo.”

De acordo com a professora, estudos mostram que a leitura desenvolve imaginação, indução, reflexão e pensamento crítico, assim como vocabulário. “Ler por prazer é a chave para desenvolver essas habilidades. Atualmente, os estudantes têm mais cultura visual do que impressa e muitos não leem por prazer há décadas”, explica. Ela acrescenta que os pais devem encorajar a leitura e também devem ler para os filhos pequenos.

Entre os estudos que Greenfield analisou, houve um trabalho feito em sala de aula mostrando que os alunos que tiveram acesso à internet durante as aulas não processaram o que o professor dizia. O grupo que não teve acesso à internet teve melhor desempenho do que aqueles que tiveram. “Criar acesso à internet durante as aulas não melhora o aprendizado”, destaca.

TELEVISÃO Em outro estudo, a pesquisadora analisou a capacidade de absorver informações de alunos que assistiram ao noticiário da rede de TV americana CNN com e sem a barra de textos que trazem informações sobre outros assuntos ou índices financeiros. O segundo grupo captou melhor as notícias do que o primeiro, sugerindo que múltiplas tarefas dificultam as pessoas de se obter uma compreensão mais profunda das informações. Porém, Greenfield ressalta que há determinadas profissões nas quais esse tipo de atenção é importante, como piloto de avião, motorista de táxi ou mesmo um militar. “Por outro lado, se está querendo resolver um problema complexo, é necessária uma concentração maior.”

E com respeito aos videogames? O pesquisador neozelandês Paul Kearney mediu as habilidades de múltiplas tarefas e descobriu que pessoas que jogaram jogos realistas antes de usar uma simulação militar de computador demonstraram uma melhora significativa na capacidade de desempenhar múltiplas tarefas, em comparação com pessoas que não passaram pela experiência do jogo antes. Na simulação, os jogadores operavam uma arma-console, miravam alvos e reagiam rapidamente aos eventos.

SIMULADOR Pesquisa recente revela que mais de 85% dos videogames contêm violência. E diversos estudos sobre violência nos videogames mostraram que isso pode provocar efeitos negativos, incluindo comportamento agressivo e insensibilização para a violência do mundo real. Mas Greenfield destaca que o uso de simuladores, por exemplo, no caso de testes medicinais, podem ser muito úteis e melhorar a qualidade da performance na hora de cirurgias, por exemplo.

Inteligência visual vem crescendo globalmente nos últimos 50 anos, diz a pesquisadora. Em 1942, a performance visual das pessoas – medida por um teste de inteligência conhecido como Raven's Progressive Matrices – decrescia progressivamente com a idade e diminuía substancialmente entre a idade de 25 a 65 anos. De acordo com a professora, em 1992, já havia uma disparidade muito menos significativa em relação à idade em termos de inteligência visual. “No estudo de 1992, o QI visual permaneceu praticamente estável entre as idades de 25 a 65 anos”, conta.

Greenfield acredita que muito dessa mudança está relacionada com o nosso crescente uso da tecnologia, assim como outros fatores, incluindo incremento no nível de educação formal, melhora na nutrição, famílias menores e maior complexidade social.