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sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Artigo publicado / Jornal O Tempo

Sexta-feira, 24 de Novembro de 2006, 00h01

Passos curtos e largos. Saltos!
JOSÉ MARIA THEODORO

Contrariando algumas previsões, ultrapassamos o ano 2000. Estamos no século XXI e, embora não faça diferença por não dispormos de parâmetros para saber o quanto avançamos em relação à convivência, os confrontos poderiam ser adjetivados, no mínimo, como alarmantes.
Senão, vejamos: é senso comum que se deve polemizar ?ensino religioso nas escolas?, e tanto parte das instituições de ensino quanto instituições religiosas ora são omissas, ora tentam impor suas orientações.
Condenamos, com razão, práticas de preconceito racial, de anti-semitismo, de desrespeito às pessoas com deficiência e idosas, de invasão à privacidade do outro. Comparecemos a nossos encontros, durante os quais confessamos nossas culpas. Oramos.
Depois, rimos ao ver alguns programas de televisão que colocam ?homossexuais? em situações grotescas. Como justificar nossos atos? Cultura?!
Desde as reflexões dos filósofos pré-socráticos, sabemos que o ser humano é um ser duplo, cingido e dividido, bom e ruim, masculino e feminino.A dialética nos possibilita ver os diversos ângulos. Ainda assim, continuamos vivendo na etapa de um processo de mudanças que se arrasta, apesar de toda a teoria, pesquisa e educação.
Alguns passos importantes vêm sendo dados: a criação da primeira escola de samba GLS do Brasil em Belo Horizonte, a recente lei que admite intérpretes para surdos nas universidades, a eleição de mulheres como governadoras, no Brasil, e chefes de Estado, no mundo, entre outros.
Passos largos se nos lembrarmos de que a mulher não podia votar. E curtos considerando o tempo que passou, e a vigência da obrigatoriedade do voto. Saltos se lembrarmos que, na Grécia antiga, berço da democracia, as mulheres eram excluídas das reuniões filosóficas.
Estranhamente, ainda discutimos se os homossexuais têm direito a ter direitos como o casamento civil e a adoção, e se as mulheres têm o direito de realizar o aborto. Com a mesma veemência, não são combatidos ditadores dizimando populações, políticas públicas que perpetuam a miséria, governantes corruptos. Caminhamos e chegamos ao mesmo ponto.
Procuramos ir ao encontro de nossa natureza humana, e animal. À liberdade, porque não nos cansamos de buscá-la, e à prisão, por precisarmos de controle. No entanto, nada disto nos livra da nossa responsabilidade sobre o futuro da humanidade.
Vamos à discussão e à prática. E por que não? Que seja algo maior que lampejos. É preciso aprender a caminhar!

Professor, especialista em educação especial

domingo, 19 de novembro de 2006

motivos que me levaram a participar da CHAPA 1

Título: Dificuldades no exercício da democracia na Escola e os motivos que me levaram a participar da CHAPA 1
Colegas, Sou professor da Escola Municipal Dora Tomich Laender e tenho sofrido um desgaste considerável ao apresentar e defender propostas condizentes com uma escola democrática, plural, não-excludente, diferente de muitas práticas vigentes nesta Escola e em tantas outras. Esta luta aliás foi a razão pela qual eu resolvi me aproximar mais do Sindicato, para aprender a lidar melhor com as contradições desse cotidiano.
A decisão de fazer parte da CHAPA 1 significa para mim a oportunidade de aprender uma postura política cada vez mais democrática na luta contra o processo de proletarização de nossa vida. Pelo desejo de lutar por uma escola VERDADEIRAMENTE democrática, peço-lhes o apoio para a CHAPA 1.
Como nos lembra Paulo Freire: "É difícil, realmente, fazer democracia. É que a democracia, como qualquer sonho, não se faz com palavras desencarnadas, mas com reflexão e prática. Não é o que digo o que diz que eu sou democrata, que não sou racista ou machista, mas o que faço. É preciso que o que eu diga não seja contraditado pelo que faço."1
"É preciso e até urgente que a escola se vá tornando um espaço acolhedor e multiplicador de certos gestos democráticos como o de ouvir os outros, não por puro favor mas por dever, o de respeita-los, o da tolerância, o do acatamento às decisões tomadas pela maioria a que não falte contudo o direito de quem diverge de exprimir sua contrariedade. O gosto da pergunta, da crítica , do debate. O gosto do respeito à coisa pública que entre nós vem sendo tratada como coisa privada, mas como coisa privada que se despreza."2

Abraços, Álvaro - Professor de Geografia da EMDTL

1 FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: editora Olho d´Água, 1993. p. 91.
2 Op. cit p.89.

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

ARISTÓTELES: breve exposição de motivos!




Esse texto não expressa a opinião da CHAPA 3 ARISTÓTELES, mas segue a orientação do grupo que compõe a chapa que pretende discutir a atuação do sindicato e da PBH com relação a categoria dos professores:

"Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito." Aristóteles.

As chapas 1,2 e 4 pertencem respectivamente ao PSTU, PSOL e PT. Não há como negar: há anos que nosso sindicato é submetido e subserviente a prioridades outras que não a de defender a nossa categoria. Elas vêm repetidamente aparelhando nosso sindicato para defender suas correntes políticas e os professores são meros peões no tabuleiro político que são movimentados ou sacrificados segundo a conveniência dessas correntes.

O nosso novo Estatuto está aí, como o antigo estatuto, para legitimar a intervenção desses partidos no cotidiano dos professores e escolas. É por sermos meros peões que não conseguimos reunir a categoria em torno de causas comuns, pois somos atravessados por outros interesses que não correspondem àqueles que a categoria precisa para sobreviver, não ser explorada e fazer-se ouvir. Desse modo, os professores, sentindo não serem atendidos e nem balizados pelo sindicato, em suas reivindicações, optam por se defenderem sozinhos, a revelia da classe.

Por esse motivo, eu, Woodson FC, sou radicalmente contra que:

O sindicato seja uma composição de elementos das diversas correntes, inclusive da patronal, como tem sido as eleições desse sindicato. Não se pode ir para uma mesa de negociação e ser eficaz contra os desmandos da PBH, cindidos entre as diversas correntes e com nossas estratégias de negociação expostas, de forma antecipada, por representantes dos patrões. É preciso escolher entre essa ou aquela corrente, por suas idéias claras e não um consenso amorfo de interesses de diversos partidos.

Na prática, o que acontece, é que se faz um discurso para a categoria, como esses que temos lido nos programas das chapas 1,2 e 4 (quando temos saco para ler tanta promessa vã e baboseiras que estamos cansados de saber) e a prática segue outro caminho, vai à deriva desse blá-blá-blá que nos carrega, a todos, como tem sido nossos desastrosos movimentos, a morrer na praia.

A desfaçatez é tanta que aqueles que se dizem INDEPENDENTES ou pretensamente vendem a promessa de nos defender, lançam candidatos a cargos políticos ou têm cargos de confiança na gerência do município: será, verdadeiramente, um sindicato descarado, SEM CARA, SEM PERSONALIDADE, SEM LEGITIMIDADE E AUTENTICIDADE.

ISSO DEU NESSE NOSSO ESTATUTO QUE É UM CAVALO DE TRÓIA, TANTAS PORTAS SE ABREM PARA O ESPÓLIO DE NOSSAS CONTRIBUIÇÕES PARA OUTROS FINS QUE NÃO O NOSSO AMPARO E DEFESA.

Até entendo que, para fazer frente a um ESTADO HEGEMÔNICO, ao APARELHAMENTO DO ESTADO, se apóie essa ou aquela corrente política, essa ou aquela central sindical, mas APARELHAR NOSSO SINDICATO e usá-lo apenas como trampolim político de alguns?! ISSO, DE MANEIRA ALGUMA!

"O homem prudente não diz tudo quanto pensa, mas pensa tudo quanto diz" Aristóteles ( e digo mais Pensa e Faz tudo que diz! )

ENFIM, esse Conselho Fiscal e de Ética, a que a nossa CHAPA 3 ARISTÓTELES almeja. Sinceramente, eu acho esse conselho, como está colocado no ESTATU(D)O uma FARSA, é o mesmo que o CME, um conselho decorativo que irá legitimar, quando conveniente, as aventuras absurdas que o sindicato se meterá a fazer.

PRIMEIRO: pela mesma composição eletiva completamente AMORFA. Aliás, as chapas candidatas à DIRETORIA do sindicato jamais poderiam apresentar candidatos ao Conselho (ASSIM É O MESMO QUE COLOCAR PARENTES PRA FISCALIZAR!)

SEGUNDO: que, como está no ESTATUTO, ele não serve pra nada, NEM MESMO pra se AUTO-CONVOCAR há previsão no estatuto. Ele está completamente subordinado à Diretoria do sindicato.

TERCEIRO: Não sei mesmo se faremos grande diferença nesse conselho. Todos os membros são voluntários e não há uma só estrutura independente ? ELE é apenas CONSULTIVO e não DELIBERATIVO.

Nós, que tanto lutamos para que o congresso da CME fosse deliberativo e deu no que deu, agora temos o nosso CONSELHO DE ÉTICA E FISCAL (prefiro nessa ordem) feitos nos moldes do famigerado CME PBH???? Em que nós nos diferenciamos dessa "B..." de PBH ??? Que diferença temos DELES???

"A pior forma de desigualdade é tentar fazer duas coisas diferentes iguais." Aristóteles.

Que diferença realmente faremos? E que sindicato é esse que mal nos defende? Que mantêm os mesmos quadros, faz anos, mesmo que a ineficiência seja patente e marca registrada do Sindicato!!! Como é que os PROFESSORES estão sendo defendidos em suas cotidianas demandas? Os problemas vêm acontecendo aos montes, nas escolas e não se sabe (ou não se divulga!!!) uma defesa ganha de, sequer, um professor ? a não ser, é claro, causas volumosas, coletivas, como o adicional noturno. O que vem ocorrendo é uma sistemática perseguição e punição do professor, sem que possamos fazer NADA!!! Quando é que irão votar a lei complementar que regula o Estatuto do Servidor Público ??? POR QUE O SINDICATO NÃO NOS DEFENDE?!! A GENTE VAI LÁ, E ELES MANDAM A GENTE MESMO NOS DEFENDER!!!!

VEJAM e também respondam a nossa ENQUETE

http://br.groups.yahoo.com/group/professorpublico/polls

EM VIRTUDE DISSO TUDO, NÃO SERIA O CASO DE FAZERMOS UM NOVO SINDICATO, SÓ DE PROFESSORES? COMEÇAR TUDO DO ZERO???? QUEM QUISER QUE SE FILIE AOS DOIS!!!

CHAPA 3 ARISTÓTELESCHAPA 3 para o Conselho de Ética e Fiscal

http://br.groups.yahoo.com/group/professorpublico/files/ARISTOTELES/

NOSSAS FOTOS CHAPA 3 ARISTÓTELES

http://br.ph.groups.yahoo.com/group/professorpublico/photos/browse/d511

Woodson FC

ARISTÓTELES: Chapa 3 para o Conselho de Ética e Fiscal


terça-feira, 14 de novembro de 2006

Eleição p/ direção de escolas

Dia 14/11/2006 - Decreto - Vide grupo de discussão "professor público".

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Você pretende se aposentar? Cuidado!

Notícia Urgente - Assemp - Outubro 2006 - Página 12 - www.assemp.org.br

SEUS DIREITOS

REAJUSTE DOS BENEFÍCIOS

JOSÉ PRATA ARAÚJO /ECONOMISTAESPECIALIZADO EM PREVIDÊNCIA
Aprofessora aposentada Modesta Trindade Theodoro nos escreve solicitando esclarecimentos sobre por que a sua aposentadoria não foi reajustada em 5%, percentual concedido aos servidores da educação (leia reportagem a respeito na página 4). E pergunta se não é possível que os vencimentos fossem indexados pelo menos aos índices de inflação. Tratamos nesta coluna da questão do reajustedas aposentadorias e pensões.Com a publicação da emenda constitucional 41, em 31/12/2003, somente permaneceram com direito à paridade quem se encontrava em gozo de benefícios naquela data e para os servidores que se aposentarem, posteriormente, por uma das duas regras da aposentadoria integral.Paridade é uma conquista importante, mas, infelizmente, não está lastreada na garantia, pelo menos, de reajustes freqüentes para repor as perdas inflacionárias.Paridade significa o atrelamento dos benefícios de aposentadoria e pensão aos vencimentos dosservidores em atividade.Acontece que, se os servidores em atividade nãotiverem reajustes, este arrocho paritariamenteacaba sendo estendido aos aposentados e pensionistas, como vem acontecendo atualmente.Assim, a paridade precisa ser acoplada a reajustes freqüentes para repor, pelo menos, as perdas inflacionárias.Não tem mais paridade todas as aposentadoriasconcedidas com base no artigo 40 da Constituição Federal depois de 31/12/2003: aposentadoria na regra permanente, aposentadoria por idade, aposentadoria compulsória, aposentadoria por invalidez e também a aposentadoria com basena regra de transição.Não terão também paridade grande parte das pensões concedidas depois de 31/12/2003. Assim, esta questão é do interesse dos servidores de todos os escalões.O que não pode continuar é a situação atual, como no caso da aposentada Modesta Trindade Theodoro: sem direito à paridade e sem outra fórmula de reajuste dos benefícios.Se não for aprovada uma legislação a este respeito, milhares de aposentados e pensionistas poderão, nos próximos anos, ficar com benefícios congelados de forma indefinida.Estou sugerindo à diretoria da ASSEMP e aos sindicatos o seguinte projeto de lei a ser levado à Câmara Municipal: ?Os proventos de aposentadoria e pensão de que trata o parágrafo 8º do artigo 40 da Constituição Federal serão reajustados na mesma data e com os mesmos percentuais aplicáveis aos benefícios do regime geral de previdência social (INSS)?.

(Comentário extra: só não concordamos com essa parte, porque é o Executivo Municipal que deve fazer esse tipo de projeto, e o pessoal da PBH tem regime previdenciário próprio, então o reajuste deve ser igual para todos os aposentados , e ainda em 2006).

FAÇA CONTATO
Estou à disposição dos associados da ASSEMP e de seus familiares mais próximos para consultas telefônicas sobre Previdência - regime dos servidores e INSS, no horário de 9h às 11h30. Meu telefone do escritório é: (31) 3391-3623.

domingo, 12 de novembro de 2006

BARBARA GANCIA - Sobre Emir Sader

Lata de lixo, já!
Fico imaginando a que tipo de lavagem cerebral alunos do marxista Emir Sader são submetidos na sala de aula
TODA VEZ que ponho um pé para fora do país, volto e dou de cara com notícias que, de tão fantasiosas, parecem extraídas dos "As Crônicas de Nárnia".Desta vez não foi diferente. Retorno de uma visita de cinco dias às geleiras da Patagônia, para encontrar minha caixa-postal eletrônica invadida por mensagens que convidam a assinar um manifesto em solidariedade ao marxista Emir Sader, condenado à perda do cargo de professor na UERJ e a um ano de detenção, em regime aberto, por ter injuriado o senador Jorge Bornhausen. Pois, como diz aquele comercial: não assino "nem a pau, Juvenal"! No que diz respeito a Sader, o único abaixo-assinado em que colocaria de bom grado meu nome seria aquele que condenasse à lixeira todas as besteiras que ele escreveu até hoje. Diz Emir Sader que já publicou 77 livros. Mas, como bem lembrou o colega Reinaldo Azevedo, no melhor blog de política tapuia que é produzido atualmente, o ex-secretário paulista Gabriel Chalita também tem uma quantidade semelhante de livros publicados -e nem por isso sua credibilidade chega a valer mais do que um danoninho. Nunca li nem pretendo ler qualquer dos livros de Emir Sader. Conheço apenas as sandices que ele costuma perpetrar na internet. E, tendo lido o amontoado de inverdades e de conceitos deturpados que o senhor Sader produz para o site esquerdista Carta Maior, fico imaginando a que tipo de lavagem cerebral seus alunos são submetidos no dia-a-dia da sala de aula. Convido o nobre leitor a conferir o que digo. Basta ler um parágrafo escolhido a esmo de qualquer dos textos do senhor Sader (www.cartamaior.com.br) para ter certeza de que ele nunca se deu ao trabalho de folhear as obras de Adam Smith, John Maynard Keynes, Friedrich Hayek ou John Kenneth Galbraith. Sader é professor da USP e da UERJ. Com essas credenciais, era de se esperar que ele soubesse que chamar abertamente um senador de ladrão, explorador, assassino de trabalhadores e de racista -sem apresentar provas que sustentem as acusações- iria fatalmente acarretar um processo na Justiça. Mas o "perfeito idiota latino-americano", descrito no best-seller de Alvaro Vargas Llosa, se crê acima do bem e do mal. Para ele, os fins justificam os meios, o muro de Berlim não caiu, os regimes comunistas não viraram todos ditaduras corruptas e ainda é possível acalentar o sonho de transformar a América Latina em um Cambódia ou uma Albânia. Emir Sader é uma espécie de sub-Marilena Chauí. Ele não tem a verve ou o dom da escrita da raivosa filósofa. Mas compartilha com ela do fanatismo de quem só consegue enxergar os erros do "inimigo", sem nunca reconhecer os do partido pelo qual militam. Quanto ao fato de a Justiça ter condenado Emir Sader à pena de detenção, será que nossos juízes ainda não se deram conta de que cadeia é para quem representa perigo real contra a sociedade? A sentença foi tão estapafúrdia que deu combustível para que o senhor Sader, sempre o equivocado, saísse dizendo que o juiz está a serviço da "direita". É o clássico caso de os cegos guiando os cegos. Aguarde a minha volta, Patagônia! barbara@uol.com.br

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Para que servem Conselheiros do sindicato?

É obrigado a votar no mesmo conselheiro da chapa?

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Pagamento - 08/11/2006

Oficial - Cartaz na PBH

FÁBIO P. DOYLE - Dar tempo ao tempo

Diário da Tarde ? Dia 06 de outubro de 2006

*Jornalista da Academia Mineira de Letras

A FASE É de mudanças. Vamos deixar que aconteçam, torcendo, sempre, para que sejam positivas, que sejam benéficas para o país, para toda a população. O PANORAMA não comporta otimismos. A liberdade de imprensa está sob ameaça permanente. como no caso dos jornalistas da revista Veja e outros mais. As crises estão ali na esquina, na dobrada do ano e do mandato do atual governo. As promessas foram tantas, os recursos disponíveis são tão pequenos, que um choque de gestão parece inevitável. Para se fazer o que se prometeu, mesmo que nem tudo, mas uma parte considerável dos programas anunciados na campanha, com o orçamento vigente, a quebra, a falência do país será a conseqüência óbvia. Para evitá-la, o caminho será o que todos temem, ou seja, aumento de impostos. Aí, o povão que elegeu com tanto entusiasmo o candidato que disputava a reeleição vai pagar a conta. Não há outra alternativa. O presidente Lula da Silva e seus ministros e candidatos a ministros sabem disso.Como não há espaço para soluções mágicas em administração financeira, vamos esperar para ver o que acontece. Esperar sentados, por mais seguro, obviamente.Adoto o comportamento dos dois candidatos. O que ganhou, demonstrando a sua justa euforia nas comemorações exuberantes de seu grupo, que tem tudo mesmo a comemorar, sugere um tempo para descansar e pensar O que perdeu, podendo comemorar os 40 milhões de votos obtidos em todo o Brasil, em campanha marcada pela dignidade e pela solidão escoteira com que pediu votos aos eleitores, retirando-se para um merecido repouso acompanhado apenas por sua família. E insisto: vamos dar tempo ao tempo, torcendo para que as promessas de campanha sejam cumpridas em benefício dos milhões de brasileiros que ainda acreditam em milagres e em milagreiros.COMO O espaço permite, registro alguns e-mails e cartas que recebi a propósito da campanha eleitoral que se encerrou em 29 de outubro. De Leila E. Leitão, de São Paulo, dizendo, com Ruy Barbosa, que maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado e chamando o resultado da eleição de vitória da mediocridade deslavada . Termina felicitando Geraldo Alckmin, que tão honestamente foi ao embate sem esmorecer, apesar do boicote que sofreu de seu próprio partido. De Marcelo Rodrigues Paula, por e-mail, dizendo que não agüentará mais quatro anos de (des) governo do sr. Lula e seus aloprados do PT e lamentando que nem todos os eleitores, especialmente os menos cultos, possam ler seus artigos no jornal. Com certeza, mudariam de opinião. De um grupo que se denomina Aliança Minas-Brasil , com sede na avenida Rio Branco, 99, Rio de Janeiro, formado por milhares de mineiros residentes em todos os quadrantes da nossa grande nação , encaminhando um manifesto por um país limpo e pujante. De Eduardo Costa ( rua Panema, 795, Renascença, BH), citando frase atribuída ao saudoso político mineiro José Maria Alkmin: Locomotiva que apita demais, acaba andando de menos . E acrescenta: É o caso de Lula. Só tem gogó . Gilberto Lopes Rodrigues, jornalista, diz que não é verdade que as classes E e D da sociedade não sabem o que é dossiê, mas sugere, no que escrevi em 25/09/06 ( Dossiê, o que é isso?), em lugar de desvios morais, legais e éticos do governo Lula , usar, para que todos entendam, desvios de caráter, honestidade e de comportamento político de Lula . Rafael Cerqueira, graduando em engenharia mecânica nas UFSJ, em e-mail, diz que estaremos escolhendo o menos pior neste segundo turno, e ele é o Lula . E faz um protesto contra toda essa corrupção que vemos, não só essa do PT com escândalos dos vampiros, sanguessugas, mensalão, dossiê, mas também com o caixa 2 que começou nas eleições de 98, campanha de Eduardo Azeredo, e nas privatizações de FHC. Uma hora, chego a perder a esperança na política do Brasil .
Para encerrar, a professora Modesta Trindade Theodoro, também por e-mail, comenta a coincidência do artigo sobre o ministro Paulo Brossard - DT 2/10/06 Brossard ainda na Arena - ter abordado a questão política de forma semelhante à que o próprio Paulo Brossard abordou em artigo com o título 'E agora?' publicado no mesmo dia 2 pelo jornal Zero Hora, de Porto Alegre. "Há uma interessante intertextualidade, um diálogo instantâneo, complementando trechos e falas, como se um conhecesse o texto, as palavras que o outro usaria naquele mesmo dia, mesmo sem sabê-las. Bom lê-los assim, em semelhantes pensares. Vale ler ambos os artigos" .
Bem, por hoje meus pensares ficam por aqui. Apenas confirmando: Minas Gerais se situou, quase que por inteiro salvo o azul de pequenas exceções municipais, que entendo honrosas, pois é a cor dos estados mais desenvolvidos , no lado vermelho do mapa que divide o Brasil em duas partes. Duas partes definidas pelo próprio presidente eleito como a vitória dos de baixo contra os de cima . Ou seja, os vermelhos venceram os azuis . Imaginem só quem são os de cima , os de cor azul: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, exatamente os mais desenvolvidos, os que têm população de melhor índice cultural. Lula certamente foi injusto ao colocar Minas na categoria de baixo .

Fábio P. Doyle, Jornalista Da Academia Mineira de Letras

sábado, 4 de novembro de 2006

eleições Sind Rede - pedimos seu apoio!

As eleições no Sind Rede acontecem em pouco tempo. As chapas que disputam possuem todas elas, pessoas que querem contribuir com a luta e a resistência dos trabalhadores da RME. Alguns mais, outros menos, mas todos procuram contribuir com nosso avanço. O que nos diferencia é a estratégia de ação e algumas convicções que fundamentam-na.

Fui convidado e aceitei participar da CHAPA 1 - UM .

Com os colegas de chapa, Vanessa Portugal, Pedro, Conceição e outros valorosos e leais combatentes, quero contribuir com a representatividade da escola noturna, com a organização dos trabalhadores pela base nas escolas e com uma maior e melhor integração entre as entidades - sindicatos e associações de trabalhadores - que compõem o universo de servidores da PBH.

Entendemos que o que diz respeito aos empregados da Saúde, da Urbel, da SLU, da BHtrans e da Educação, interessa a cada um de nós. Ninguém vencerá sozinho a luta por dignidade e melhores condições de vida.

É nossa convicção que a luta dos estudantes, das associações comunitárias, dos colegiados escolares, dos sem casa, dos sem terra, é a nossa luta também! As escolas e o Aglomerado da Serra têm muito a se falar. E mais ainda a escutar.

Peço a cada um que acompanha este fórum, que avalie nossa proposta com profundidade e nos apoie. Você verá em nossa chapa, gente que fez e faz acontecer nosso movimento. Gente que não quiz se entregar e nem se render por um carguinho na PBH.

Não escrevo em nome da chapa 1, mas em meu nome mesmo, como sempre fiz neste blog. A cada um de vocês que já leram uma, ou mais, de minhas contribuições, peço o apoio e o voto para a chapa 1.

Um abraço forte e continue contando conosco, seja qual for o resultado das eleições!

Prof. Geraldinho de Paula Corrêa - BM 42633-8
Docente de Filosofia do noturno do IMACO e presidente da Associação dos Servidores da Urbel;
filiado ao Sind REDE, ao SiNTAPPI e a ASSEMP BH;
Analista Social da URBEL, trabalhando desde 1999 com os Aglomerados Serra, Cabana e Alto Vera Cruz;

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Escola na Vila Fazendinha

Escola na Vila Fazendinha

Surpreendeu-me o Decreto 12.506, de 27 de outubro de 2006, publicado no DOM (Diário Oficial do Município): "Cria escolas no Município de Belo Horizonte". Uma delas é a Escola Municipal de Ensino Fundamental na Vila Fazendinha. Fui professora de muitos meninos e meninas da Vila desde os primórdios, quando as primeiras casas foram erguidas no morro. Eles desciam 5 km para poder estudar. Em 1996 conseguimos incluir a escola no Orçamento Participativo. Na época, com o apoio do vereador Gêra Ornelas, a diretora conseguiu que a PBH disponibilizasse ônibus para os estudantes. Em parte o problema foi solucionado. Algum tempo depois a comunidade convocou a gerente da Regional Leste, Dalva Stella, para uma reunião. Ela compareceu prontamente, e nos prometeu que assim que conseguisse um terreno a escola seria construída. Fizemos um abaixo-assinado com mais de duas mil assinaturas. Eu me incumbi de enviá-lo à PBH, e o fiz. Escrevi a todos os jornais durante esse tempo. Passei e-mails para deputados estaduais, prefeito e vereadores. Houve uma reportagem de página inteira em um jornal da capital, que foi distribuída na Vila. Em 2005 parte da comunidade se reuniu na Câmara. Da reunião não participei por motivo de doença. Foi quando me aposentei. Agora, com o Decreto, espero que haja um projeto todo especial para a escola.
Desconheço tanta luta para que uma escola exista no papel. Na realidade, ela já existe fora dos papéis. Que seja sempre um ambiente tranqüilo, saudável, com uma imensa e recheada biblioteca. As crianças da Fazendinha são muito inteligentes, têm mil e uma histórias para contar, e gostam de ouvir. Os adultos e jovens que conheço são lutadores, trabalhadores incansáveis.
Há pessoas que dizem que é "besteira" apelar a jornais para auxiliar na resolução de certos assuntos. Escutei isso inúmeras vezes. Por não acreditar, recorri a eles. Agora posso dizer: muito obrigada pela publicação de todas as cartas e artigos! Mas foi sobretudo a comunidade, em sua luta constante, quem conseguiu o que queria. Merece mais, afinal na Vila vivem mais de cinco mil pessoas. Espero que as suas reivindicações sejam ouvidas. Há outras questões pendentes que precisam ser resolvidas.
Há momentos na vida em que precisamos definir se lutamos ou esmorecemos. Sei que as pessoas que lá residem continuarão lutando. Esmorecer? Jamais. À comunidade da Vila Fazendinha, meus parabéns!

Modesta Trindade Theodoro