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segunda-feira, 6 de novembro de 2006

FÁBIO P. DOYLE - Dar tempo ao tempo

Diário da Tarde ? Dia 06 de outubro de 2006

*Jornalista da Academia Mineira de Letras

A FASE É de mudanças. Vamos deixar que aconteçam, torcendo, sempre, para que sejam positivas, que sejam benéficas para o país, para toda a população. O PANORAMA não comporta otimismos. A liberdade de imprensa está sob ameaça permanente. como no caso dos jornalistas da revista Veja e outros mais. As crises estão ali na esquina, na dobrada do ano e do mandato do atual governo. As promessas foram tantas, os recursos disponíveis são tão pequenos, que um choque de gestão parece inevitável. Para se fazer o que se prometeu, mesmo que nem tudo, mas uma parte considerável dos programas anunciados na campanha, com o orçamento vigente, a quebra, a falência do país será a conseqüência óbvia. Para evitá-la, o caminho será o que todos temem, ou seja, aumento de impostos. Aí, o povão que elegeu com tanto entusiasmo o candidato que disputava a reeleição vai pagar a conta. Não há outra alternativa. O presidente Lula da Silva e seus ministros e candidatos a ministros sabem disso.Como não há espaço para soluções mágicas em administração financeira, vamos esperar para ver o que acontece. Esperar sentados, por mais seguro, obviamente.Adoto o comportamento dos dois candidatos. O que ganhou, demonstrando a sua justa euforia nas comemorações exuberantes de seu grupo, que tem tudo mesmo a comemorar, sugere um tempo para descansar e pensar O que perdeu, podendo comemorar os 40 milhões de votos obtidos em todo o Brasil, em campanha marcada pela dignidade e pela solidão escoteira com que pediu votos aos eleitores, retirando-se para um merecido repouso acompanhado apenas por sua família. E insisto: vamos dar tempo ao tempo, torcendo para que as promessas de campanha sejam cumpridas em benefício dos milhões de brasileiros que ainda acreditam em milagres e em milagreiros.COMO O espaço permite, registro alguns e-mails e cartas que recebi a propósito da campanha eleitoral que se encerrou em 29 de outubro. De Leila E. Leitão, de São Paulo, dizendo, com Ruy Barbosa, que maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado e chamando o resultado da eleição de vitória da mediocridade deslavada . Termina felicitando Geraldo Alckmin, que tão honestamente foi ao embate sem esmorecer, apesar do boicote que sofreu de seu próprio partido. De Marcelo Rodrigues Paula, por e-mail, dizendo que não agüentará mais quatro anos de (des) governo do sr. Lula e seus aloprados do PT e lamentando que nem todos os eleitores, especialmente os menos cultos, possam ler seus artigos no jornal. Com certeza, mudariam de opinião. De um grupo que se denomina Aliança Minas-Brasil , com sede na avenida Rio Branco, 99, Rio de Janeiro, formado por milhares de mineiros residentes em todos os quadrantes da nossa grande nação , encaminhando um manifesto por um país limpo e pujante. De Eduardo Costa ( rua Panema, 795, Renascença, BH), citando frase atribuída ao saudoso político mineiro José Maria Alkmin: Locomotiva que apita demais, acaba andando de menos . E acrescenta: É o caso de Lula. Só tem gogó . Gilberto Lopes Rodrigues, jornalista, diz que não é verdade que as classes E e D da sociedade não sabem o que é dossiê, mas sugere, no que escrevi em 25/09/06 ( Dossiê, o que é isso?), em lugar de desvios morais, legais e éticos do governo Lula , usar, para que todos entendam, desvios de caráter, honestidade e de comportamento político de Lula . Rafael Cerqueira, graduando em engenharia mecânica nas UFSJ, em e-mail, diz que estaremos escolhendo o menos pior neste segundo turno, e ele é o Lula . E faz um protesto contra toda essa corrupção que vemos, não só essa do PT com escândalos dos vampiros, sanguessugas, mensalão, dossiê, mas também com o caixa 2 que começou nas eleições de 98, campanha de Eduardo Azeredo, e nas privatizações de FHC. Uma hora, chego a perder a esperança na política do Brasil .
Para encerrar, a professora Modesta Trindade Theodoro, também por e-mail, comenta a coincidência do artigo sobre o ministro Paulo Brossard - DT 2/10/06 Brossard ainda na Arena - ter abordado a questão política de forma semelhante à que o próprio Paulo Brossard abordou em artigo com o título 'E agora?' publicado no mesmo dia 2 pelo jornal Zero Hora, de Porto Alegre. "Há uma interessante intertextualidade, um diálogo instantâneo, complementando trechos e falas, como se um conhecesse o texto, as palavras que o outro usaria naquele mesmo dia, mesmo sem sabê-las. Bom lê-los assim, em semelhantes pensares. Vale ler ambos os artigos" .
Bem, por hoje meus pensares ficam por aqui. Apenas confirmando: Minas Gerais se situou, quase que por inteiro salvo o azul de pequenas exceções municipais, que entendo honrosas, pois é a cor dos estados mais desenvolvidos , no lado vermelho do mapa que divide o Brasil em duas partes. Duas partes definidas pelo próprio presidente eleito como a vitória dos de baixo contra os de cima . Ou seja, os vermelhos venceram os azuis . Imaginem só quem são os de cima , os de cor azul: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, exatamente os mais desenvolvidos, os que têm população de melhor índice cultural. Lula certamente foi injusto ao colocar Minas na categoria de baixo .

Fábio P. Doyle, Jornalista Da Academia Mineira de Letras

5 comentários:

Anônimo disse...

Ele citou você, Modesta.

Professor Público disse...

Eu agradeço.

Anônimo disse...

É, mas eu não vou esperar, não! Não quero dar um tempo para o LULA,pois a corrupção (essa denominação já virou um eufemismo), agora "semi-legal", a que chamo de ASSASSINATO e ESTELIONATO PÚBLICO não vai ficar esperando, não! O governo LULA e da PBH não esperaram, nem tiveram complacência e a compreensão dos nossos motivos e críticas. Eles nos puniram, sistematicamente, física, econômico, ético e moralmente nós professores, pais e alunos com seus programas estúpidos, seu cinismo gerencial para possibilitar a continuidade desse APARELHAMENTO descarado do ESTADO. A sobrevivência dessa corja depende, agora, do quanto mais irão dilapidar o Estado, para se enriquecerem a nossas custas e estabelecerem, impunes, enquanto uma nova Elite que disputará nossas entranhas, nosso trabalho, nossa tenacidade, nossa dignidade, apodrecidas em meio dessa sociedade carcomida pela perda de um norteamento de valores morais, éticos e democráticos. DAR UM TEMPO É DEIXAR QUE ELES FA(R)ÇAM A POLÍTICA QUE DEVEMOS FAZER, TODO DIA, ENQUANTO CIDADÃOS E NÃO "POVO" QUE É O MESMO QUE GADO NA PRÁXIS DELES!!!! Woodson Fiorini

Anônimo disse...

Quem é o povo? Andam dizendo por aí que "o povo elegeu Lula". Nós, meu camarada, não somos povo, tão pouco categoria.

Anônimo disse...

Parabéns ao Fábio Doyle. Ele foi contra Lula desde o começo. Continua sendo, não jogou a toalha. Vai dar tempo ao tempo. Não sabemos quanto!...