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sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Artigo publicado / Jornal O Tempo

Sexta-feira, 24 de Novembro de 2006, 00h01

Passos curtos e largos. Saltos!
JOSÉ MARIA THEODORO

Contrariando algumas previsões, ultrapassamos o ano 2000. Estamos no século XXI e, embora não faça diferença por não dispormos de parâmetros para saber o quanto avançamos em relação à convivência, os confrontos poderiam ser adjetivados, no mínimo, como alarmantes.
Senão, vejamos: é senso comum que se deve polemizar ?ensino religioso nas escolas?, e tanto parte das instituições de ensino quanto instituições religiosas ora são omissas, ora tentam impor suas orientações.
Condenamos, com razão, práticas de preconceito racial, de anti-semitismo, de desrespeito às pessoas com deficiência e idosas, de invasão à privacidade do outro. Comparecemos a nossos encontros, durante os quais confessamos nossas culpas. Oramos.
Depois, rimos ao ver alguns programas de televisão que colocam ?homossexuais? em situações grotescas. Como justificar nossos atos? Cultura?!
Desde as reflexões dos filósofos pré-socráticos, sabemos que o ser humano é um ser duplo, cingido e dividido, bom e ruim, masculino e feminino.A dialética nos possibilita ver os diversos ângulos. Ainda assim, continuamos vivendo na etapa de um processo de mudanças que se arrasta, apesar de toda a teoria, pesquisa e educação.
Alguns passos importantes vêm sendo dados: a criação da primeira escola de samba GLS do Brasil em Belo Horizonte, a recente lei que admite intérpretes para surdos nas universidades, a eleição de mulheres como governadoras, no Brasil, e chefes de Estado, no mundo, entre outros.
Passos largos se nos lembrarmos de que a mulher não podia votar. E curtos considerando o tempo que passou, e a vigência da obrigatoriedade do voto. Saltos se lembrarmos que, na Grécia antiga, berço da democracia, as mulheres eram excluídas das reuniões filosóficas.
Estranhamente, ainda discutimos se os homossexuais têm direito a ter direitos como o casamento civil e a adoção, e se as mulheres têm o direito de realizar o aborto. Com a mesma veemência, não são combatidos ditadores dizimando populações, políticas públicas que perpetuam a miséria, governantes corruptos. Caminhamos e chegamos ao mesmo ponto.
Procuramos ir ao encontro de nossa natureza humana, e animal. À liberdade, porque não nos cansamos de buscá-la, e à prisão, por precisarmos de controle. No entanto, nada disto nos livra da nossa responsabilidade sobre o futuro da humanidade.
Vamos à discussão e à prática. E por que não? Que seja algo maior que lampejos. É preciso aprender a caminhar!

Professor, especialista em educação especial

3 comentários:

Anônimo disse...

Excelente texto. Você é professor de Filosofia? Daria para deixar o seu e-mail(para saber como publica, por exemplo)?

Professor Público disse...

Sou professor de Português na EMDO. O meu e-mail você encontrará no grupo de discussão criado pelo professor Woodson.
Atenciosamente,
Theodoro.

Professor Público disse...

Você perguntou ao professor Theodoro sobre publicação. A resposta dele está meio vaga
(falta de tempo). Posso falar sobre isso. Sou missivista de jornais há aproximadamente trinta anos.Comecei no Jornal do Brasil. Gosto de escrever cartas. Basta enviá-las. Geralmente eles as publicam, desde que você observe as regras. Quando envio artigos (o Theodoro é articulista) o procedimento é o mesmo, a questão é a tipificação.
É de mais difícil publicação, porque depende da linha editorial, espaço,etc. Mas vale a pena. É sempre prazeroso ler o que nossos/as colegas escrevem.Tente!
Modesta Trindade Theodoro