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quarta-feira, 24 de março de 2010

Aos guerrilheiros das nossas Malvinas

Caros colegas,

Sei que nossas reivindicações são muitas, urgentes e justas, mas vou ser direto e curto em questionar essa greve que me recuso a participar diretamente pelo motivo (principal) que exponho abaixo.

Quando a Ditadura Argentina estava em crise, prestes a ser derrubada, ela arrumou uma guerra para desviar a atenção do público que se punha contra ela. Após ser derrotada pela Inglaterra e perder as ilhas Malvinas, a ditadura argentina ruiu.

Esse nosso sindicato, tão disputado e controlado pelos partidos PSTU, PSOL e PT, após a posse de Patrus, nos levava a fazer greves no ano que antecedia às eleições municipais e outras.

Resultado: desmobilização e humilhação da categoria, evitando que, na época das eleições, uma greve causasse constrangimento aos governos de esquerda, então vigentes.

Agora, graças ao golpe de Aécio, aliado a uma ala "direitosa" do PT, o poder mudou de mãos, se afastando do projeto dessas "esquerdas". Então, a categoria irá amargar mais essa desastrosa greve. A forma abrupta e descuidada como foi deflagrada nos levará a mais uma derrota, embora, agora, finalmente, na época certa, no ano das eleições, só que pelos mesmos motivos "eleitoreiros" e para aplacar uma crise institucional, de forma tão impensada ou pensada com outras motivações, como d'antes.

As nossas ilhas Malvinas (nosso destino profissional) continuarão nas mãos deles até que desejemos realmente e estejamos preparados para retomá-las. Só espero que, com mais essa fragorosa derrota, o sindicato seja obrigado a mudar de mãos, interrompendo tantos anos a mercê da disputa de guerrilhas partidárias, e passe a trabalhar realmente na defesa de nossos interesses, especialmente de nós professores ("trabalhadores professores educadores" e não, simplesmente, como essas legendas nos picharam, nos desautorizando e nos nivelando a outras categorias, de " trabalhadores da educação").

7 comentários:

Anônimo disse...

"Sei que nossas reivindicações são muitas, urgentes e justas, mas vou ser direto e curto em questionar essa greve que me recuso a participar diretamente pelo motivo (principal) que exponho abaixo."

Se os direitos são justos e urgentes, a greve é legítima, não? Por que não participar? O que é participar "indiretamente" de uma greve? Continuar trabalhando e sabotar os que aderem à greve?


"Quando a Ditadura Argentina estava em crise, prestes a ser derrubada, ela arrumou uma guerra para desviar a atenção do público que se punha contra ela. Após ser derrotada pela Inglaterra e perder as ilhas Malvinas, a ditadura argentina ruiu."

Bastante anacrônico este comentário, não? Então o sindicato é a Argentina, a PBH é a Inglaterra, a greve é a guerra, e como somos a Argentina (de tabela, mais fracos que a Inglaterra/PBH), estamos fadados ao fracasso. Nesta sua desvairada equação (espero de todo coração, para o bem dos nossos jovens, que você não seja professor de história...), esqueceste apenas um detalhe: a força da categoria deriva da sua capacidade de mobilização, e esta depende, como mostrou no começo do seu texto, de reivindicações urgentes e justas para se colocar em movimento. Ou a PBH irá contratar professores para empossar no lugar dos grevistas? Ou Não fechará o calendário? Poderá assumir este ônus? Somos nós os produtivos, nosso valor é tremendo, mesmo que você não veja ou não queira ver, por sua própria visão de mundo, ou por problemas particulares.


"Esse nosso sindicato, tão disputado e controlado pelos partidos PSTU, PSOL e PT, após a posse de Patrus, nos levava a fazer greves no ano que antecedia às eleições municipais e outras.
Resultado: desmobilização e humilhação da categoria, evitando que, na época das eleições, uma greve causasse constrangimento aos governos de esquerda, então vigentes."

Quer dizer que na greve durante o governo Patrus não havia pauta de reivindicação? Era apenas para "constranger o governo"? E a categoria se prestou a este papel? Novamente subestima o valor dos seus próprios colegas...


"Agora, graças ao golpe de Aécio, aliado a uma ala "direitosa" do PT, o poder mudou de mãos, se afastando do projeto dessas "esquerdas". Então, a categoria irá amargar mais essa desastrosa greve. A forma abrupta e descuidada como foi deflagrada nos levará a mais uma derrota, embora, agora, finalmente, na época certa, no ano das eleições, só que pelos mesmos motivos "eleitoreiros" e para aplacar uma crise institucional, de forma tão impensada ou pensada com outras motivações, como d'antes."

Mas não são os motivos da greve justos e urgentes como disse?


"As nossas ilhas Malvinas (nosso destino profissional) continuarão nas mãos deles até que desejemos realmente e estejamos preparados para retomá-las. Só espero que, com mais essa fragorosa derrota, o sindicato seja obrigado a mudar de mãos, interrompendo tantos anos a mercê da disputa de guerrilhas partidárias, e passe a trabalhar realmente na defesa de nossos interesses, especialmente de nós professores ("trabalhadores professores educadores" e não, simplesmente, como essas legendas nos picharam, nos desautorizando e nos nivelando a outras categorias, de " trabalhadores da educação")."

O meu destino está nas minhas mãos,como trabalhador, no meu ramo profissional, a educação, e não no passionalismo e na militância internautica de quem faz análise política depois de ler o Estado de Minas. Vá um dia em alguma assembleia. Gostaria de ter te visto na caminhada do Marconi até a PBH. Seria bom termos estreitado as mãos e pegar nosso destino, se não pelo pulso, que seja pelos pés.
Critique, você tem todo o direito, inclusive, ao custo da tortura e morte de militantes de partidos políticos. Mas participe. Pelo menos, mesmo que equivocada, a crítica ganha credibilidade ao invés de apenas iluminar a aldeia ao longe com vossa sapiente lanterna.

Anônimo disse...

Anônimo, só para lembrar.
No governo Patrus a greve foi chamada por sindicato petista.
Mas foi uma greve fortíssima, não esse parco movimento desunido.
Não com um sindicato que se auto-denominou e furtou nossos votos.
Quem criou o slogan (Patrus, é feio...) que fez o maior sucesso na greve foi Luciano (prof. de Português e Sérgio Farnese, professor de História). O 1º é hoje prof. na PUC.). O 2º, professor de Filosofia e História, foi sindicalista e um dos fundadores do PT. As sras. Consolação pt e Conceição pstu(sua ex-mulher) comandaram um movimento contra ele e foi posto para fora do sindicato.Bem feito por querer aparecer.
As mulheres são fortes. Veja a Bebel.
Toda greve é legítima,mas partidária, desde que se prove o contrário.
Você é aquele que fala "espero que não seja porf. de História". Qualquer pessoa, não apenas um professor, pode entender História melhor do que você. Tem uma professora aí que entende História melhor do que muita gente. Se bem que não sei se ela fez curso.
Há detalhes interessantes sobre a veracidade.
Separatismo é estranho para quem entra em greve (vc está em greve? É professor?), uma contradição.
Parece que você aprova sindicato só de professores. Não fala em auxiliares.
A PBH não precisará contratar professores, mas se precisasse em um dia haveria uma fila imensa. Esse tipo de escrita é comprometedora.Não pode ser professor de História, senão saberia diso.
O Woodson já participou de muitas Assembléias nos últimos anos. Parou por quê?
Pergunte aos sindicalistas.
Ah! Existe participação indireta,sim. Negativa ou positiva. O posicionamento das pessoas conta, ou nós sobrevivemos só?

Anônimo disse...

fui à assembleia e não acho que o movimento está desunido.
sou nova na rede mas todas as colegas com quem converso estão decididas a permanecerem paradas até uma proposta decente da prefeitura.

Anônimo disse...

E o tanão de gente nas escolas dando entrevistas a favr do Marcio? E um sindicato que não escolhemos? Há sindicalistas novos na rede também.
Você já PROTOCOLOU hoje?

Anônimo disse...

O povo da semd tá doidim para nos sacanear. Tá batendo ponto no blog agora.

Professor Público disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Professor Público disse...

Realmente não sou professor de História, mas sou das humanas e respeito os fatos, como também sou capaz de interpretá-los. Já participei de muitas greves, as últimas fracassaram por falta de estratégia ou por estratégia equivocada. A de 2005 foi um fracasso. Minha participação na greve é de me manifestar que não quero participar dela por motivos vários. E não sou só eu. Meus colegas de escola também não paramos por convicção de que essa greve não é genuína e as reivindicações urgentes e justas são só pano de fundo da verdadeira razão que a deflagrou. Pelo que vejo, pegamos carona na greve de outros segmentos. Nada de mal quanto a isso, se a nossa greve e reivindicações não ficarem a mercê e a reboque dos interesses dos outros e até de outros interesses.
Quanto à história, vamos aos fatos. Qual fato que evoquei aqui que não tenha acontecido? A Modesta, de quem, creio que um de vocês fez alusão, poderia se manifestar. Além do mais, não fiz um paralelo histórico anacrônico, fiz uma alusão que pretende ilustrar minha argumentação. É para ilustrar que usei o episódio das Malvinas, não para fazer um paralelo histórico.

Motivação tivemos de sobra em 2005. Esse blog e o grupo de discussão nasceu lá. Porém foi um fiasco a greve e não soubemos parar no tempo certo. Voltamos sem nada porque havia interesses outros nos empurrando e a inércia de uma ilusória adesão massiva da categoria nos levou a uma derrota tal que levamos 5 anos para esquecer a mancada e ainda, pelo jeito, não aprendemos nada com ela! Os protagonistas dessa greve são os mesmos e os interesses por trás dela são muito semelhantes. No ano seguinte àquela greve saíram até candidatos a Governador e ao Senado dos membros do nosso sindicato. Pessoas que nem vereadores foram um dia!
Minha participação na greve é essa, de um antagonista. De quem que antes apoiava, mas resolveu, pelas circunstâncias adversas, criticá-la, para que a categoria não pense que estamos tão unidos assim e que nosso fôlego é limitado e que podemos estar embarcando numa canoa furada.
Essa solidariedade e cordialidade que me pede, para que me junte a um movimento de que desconfio tem nome: HIPOCRISIA. Precisamos deixar de sermos um povo hipócrita e assumirmos integralmente e democraticamente nossas posições. Prefiro vir a público e me colocar nesse blog que bancar o hipócrita e sair as ruas cantando palavras de ordem dando voz a pessoas e a um movimento com o qual não concordo. Evidentemente que faço nesse blog porque não sou um traíra, como quiseram dizer que sou aqui. É aqui que podemos colocar nossas questões intestinas e discutí-las. Não faria isso na mídia convencional e não é a partir dela que estou tecendo minhas considerações, é partir dos fatos e da experiência que tive ao participar de greves que pouco fizeram para melhorar nossa situação. Não é minha alusão que é anacrônica, são os argumentos, o foco da nossa luta e a forma como as estamos levando que estão anacrônicos e precisam ser repensados para que possamos alcançar algum sucesso.