tag:blogger.com,1999:blog-11832643.post115944277271073895..comments2023-08-17T08:35:50.422-03:00Comments on <center>Diário de Sobrevivência dos Professores</center>: Jack Siqueira, o sociólogo - Jornal O TempoPeutzenhttp://www.blogger.com/profile/11959082680615893913noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-11832643.post-1159644034176630262006-09-30T16:20:00.000-03:002006-09-30T16:20:00.000-03:00A carta acima é de 27 de setembro.A carta acima é de 27 de setembro.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11832643.post-1159572677434857442006-09-29T20:31:00.000-03:002006-09-29T20:31:00.000-03:00O AMIGO ÍNTIMO A vida encerra mistérios de compree...O AMIGO ÍNTIMO<BR/> A vida encerra mistérios de compreensão impossível. A certeza da morte, a coisa mais natural do mundo, não é atenuante e sempre choca os relacionados com a pessoa falecida. Sendo natural e prevista (mais natural do que os nascimentos induzidos), deveríamos encará-la com um simples muxoxo, o que não ocorre, e deixa marcas nos que ficam.<BR/> Não conheci cara a cara, como usa dizer o cronista Manoel Lobato, o sociólogo Jack Siqueira, que pontilhava nas páginas d´O Tempo. Tomei sabença de sua existência exatamente por meio de seus freqüentes e sensatos artigos nesse jornal.<BR/> Faz menos de ano que se deu nosso primeiro contato, quando comentei, via internet, uma sua publicação pertinente, início de nossa correspondência mais ou menos assídua, por e-mails e conversas telefônicas, sempre agradáveis.<BR/> De Jack Siqueira ganhei de presente dois livros de sua autoria: ?Casos e Crônicas? e ?Imagens do Tempo?, que vieram alicerçar nosso relacionamento pouco convencional.<BR/> Aparentemente superficial, este relacionamento, para confirmar os mistérios da vida, tomou vulto e sabor especial, com ares de confiança mútua, com grande satisfação de minha parte, principalmente quando trocávamos idéias pelo telefone.<BR/> No princípio desta semana liguei para sua casa. Atendeu uma voz de mulher que se identificou como sua esposa e, chorosa, deu-me conta do falecimento, na véspera, de Jack Siqueira.<BR/> Pelo inesperado, quase perdi a fala. Restou-me, depois de algum tempo, desejar à esposa, que sequer sei o nome, que encontre o reconforto merecido.<BR/> De minha parte ficou um vazio atordoante de quem perdeu o amigo íntimo que não cheguei a conhecer pessoalmente.<BR/> <BR/>Belo Horizonte, 27 de agosto de 2006<BR/>Salatiel Queiroz Jr / Bairro CaiçaraAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11832643.post-1159556256351377382006-09-29T15:57:00.000-03:002006-09-29T15:57:00.000-03:00Ele faleceu em final de outubro de 2006.Ele faleceu em final de outubro de 2006.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11832643.post-1159526214570059382006-09-29T07:36:00.000-03:002006-09-29T07:36:00.000-03:00Jornal O Tempo/ SetembroBoa companhiaARIOSTO DA SI...Jornal O Tempo/ Setembro<BR/><BR/>Boa companhia<BR/>ARIOSTO DA SILVEIRA<BR/><BR/>Faz tempo. Moradores do prédio da rua Ceará, logo nos identificamos com o casal vizinho, Jack e Ana Maria. Ele, introspectivo, palavras contadas por quem não dispõe de tempo, como todos nós vindos um dia de comunidades do interior para enfrentar as incertezas da capital; ela, sempre dividida entre o trabalho e a assistência aos pais. <BR/><BR/>Eram geralmente pedaços de conversa, que cedo informaram sobre as duas personalidades. <BR/><BR/>Outras ocasiões, como as reuniões do condomínio, revelavam outra face: o sentido do cumprimento das normas e obrigações coletivas, o que lhes valeu o mérito de manutenção da qualidade de vida no prédio que administraram durante vários períodos. <BR/><BR/>Após mais de uma década de convivência, eu e Marly subimos a rua Ceará e nos reinstalamos na contra-esquina da Tomé de Souza; Jack e Ana caminharam mais, até o belo prédio da rua Rio Verde, no Carmo. <BR/><BR/>Mas pouco mudou. Ana manteve seu escritório na rua Santa Rita Durão e Jack cumpria ronda diária no território onde ficavam os amigos. Mesmo que não se encontrassem, o Marcos, da banca de jornais da ABC, dava notícia de um ao outro (o Jack passou cedo, o Olavo ainda não). <BR/><BR/>Era uma permanente troca de opiniões. Tanto mais, depois que Jack começou a produzir um programa de televisão sobre educação e ensino, para o qual me honrava com convites periódicos, para debater assuntos que iam desde reforma constitucional até futebol como expressão cultural e frustração do país na última copa.<BR/><BR/>Esse trabalho, o sociólogo e educador associava à elaboração de livros, nos quais também abordava temática variada, desde técnicas de planejamento público a crônicas de jornal e reminiscências da infância em Macaia, nas margens do rio Grande.<BR/><BR/>Em tudo, mantinha uma extraordinária fidelidade a idéias. Com isso, ficou-me a impressão de que, mesmo não se tornando amargo, ou pelo menos não o demonstrando, constatava que a sua pregação nas salas de aula, nos gabinetes dos planejadores públicos e no ambiente partidário em geral - enfim, o trabalho de uma vida -, não concretizava o idealizado. <BR/><BR/>Senti-o em dias recentes desanimado diante dos descaminhos nacionais, embora identificasse brechas no horizonte, com afirmações do tipo ?apesar de tudo, ética e política não são incompatíveis, como oportunistas e dogmáticos fazem crer?.<BR/><BR/>Nos últimos tempos, outro ponto de encontro era esta página de O TEMPO, também para cuidar de assuntos diversos. <BR/><BR/>Quando coincidia de nossos textos serem publicados na mesma edição, eu telefonava para o Jack e dizia : ?Viu como estou em boa companhia hoje?? Pois é. Perdi, perdemos, uma boa companhia. Jack Siqueira se mudou, desta vez para longe, para o outro lado da vida. <BR/><BR/>JornalistaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11832643.post-1159525974410958472006-09-29T07:32:00.000-03:002006-09-29T07:32:00.000-03:00Eu não sabia que o professor Jack havia falecido.Eu não sabia que o professor Jack havia falecido.Anonymousnoreply@blogger.com