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terça-feira, 25 de julho de 2006

Preâmbulos - Artigo - Jornal O Tempo

Sábado, 22 de Julho de 2006, 00h01

Foi publicada dia 4 último a lei nº 9.222/2006 no ?Diário Oficial de Belo Horizonte?. Observem o preâmbulo: ?Dispõe sobre a semana educativa contra o abuso e a exploração sexual de criança e adolescente na rede municipal de ensino e dá outras providências?.
Ora, da maneira como foi redigido o preâmbulo, há constrangedora dubiedade. Acaso está havendo exploração infanto-juvenil nas escolas? Da parte de quem? A redação será modificada, pelo bem do coletivo?
Não seria melhor colocar: Dispõe sobre a semana educativa, no município, contra o abuso e a exploração de crianças e adolescentes?
Retirariam a dubiedade e, de quebra, modificariam o teor (de escolas municipais para município). Sabemos que já existe o ?Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes? (18 de maio).
Se querem estendê-lo para uma semana, não há motivos para que isto ocorra somente dentro das escolas municipais. Parece que o professor virou projeto e o conteúdo transformou-se em ?tipo?.
Os nossos representantes acham que há absoluta necessidade de se adentrarem nos projetos das escolas municipais (e olhem que a maioria dos professores tem curso de especialização). Em nome do povo são aprovadas leis malfeitas, mal redigidas, dúbias.
Assim, acabam com os projetos próprios de cada escola sem perceberem que há diferenças (e grandes!) de uma regional para outra. Sobre a exploração, ela é trabalhada o ano inteiro.
Não apenas em escolas, como nos diversos veículos de comunicação, que formam e informam.
Aos seis anos de idade, quando comecei a ler, era assim: tempo de Carnaval, Quaresma, Dia das Mães (uma semana), mês de Maria, festa junina, folclore, Independência etc.
Todo ano era a mesma coisa, os textos eram diferentes. Ao passarmos para a 5ª série, cabia a história e geografia tudo isso. Quando sobrava tempo, livro didático. Mesmo cabendo às duas disciplinas ?puxarem? as datas, havia a interdisciplinaridade.
Há mais de quatro décadas! Vereadores e assessores sabem ler, e muito bem! Prefeito entende melhor que a maioria da população.
Por que querem voltar aos tempos antigos com algumas leis para serem cumpridas apenas dentro das escolas municipais, sendo que a observância do todo é condição sine qua non para a confecção de leis para o município? Acaso as escolas municipais formam um bloco restrito, e à deriva?
Creio que as outras escolas iriam gostar, ou não? Escolheriam o dia da semana e promoveriam uma ação interessante.
Os alunos das escolas municipais não seriam obrigados a ficar uma semana por conta do que eles estão cansados de sentir na pele, e alunos que sabem do que se trata, mas nunca presenciaram ou viveram a situação, passariam a pesquisar. A egrégia Câmara precisa ficar atenta!
É imprescindível que leiam preâmbulos com cautela, para que não firam servidores, e evitem deslocar somente mestres do município para cursos que todos poderiam fazer, inclusive os responsáveis pelos estudantes.
É necessário rever essa absurda lei apontada em sentido único. Há de se ter cuidado com a bússola. Como disse certa vez um colunista: ?dura lex, burra lei?.

Modesta Trindade Theodoro - Professora Aposentada / Ex-sindicalista

quinta-feira, 13 de julho de 2006

PBH paga educação na segunda feira???

Alô todos da Educação: segundo informação oficiosa obtida no 156 e na Gerência de Atendimento ao Servidor, o pagamento de 50% do décimo terceiro e de 1/3 de férias sairá no dia 17 de julho, segunda feira. É pagar para ver, ou melhor, é esperar para receber....

quinta-feira, 6 de julho de 2006

Jornal O Tempo - 6/7/2006

Salve a ?seleção? dos sem nada!


A Copa do Mundo não acabaria com problemas que afligem a maioria dos torcedores brasileiros, como miséria, fome, violência, desemprego, ineficiência do sistema público de assistência médica etc. Talvez tenha sido melhor perder de vez e ?voltar para casa? a fim de enfrentar e debelar, se possível, as injustiças sociais.
Pensada desta forma, quem sabe, a derrota venha a ter, no longo prazo, algum gosto de vitória. Por outro lado, é muito difícil ver outros países ganhando e se gabando com isso.
Mas, que vença o melhor! Afinal, desde a década de 70, como tricampeões, e com o marketing do hino ?Pra frente Brasil?, muito foi encoberto sobre o destino de militantes políticos como Vladimir Herzog e Manuel Fiel Filho, dentre tantos assassinados, torturados, perseguidos políticos; além de desempregados, subnutridos, retirantes, menores abandonados.
O país parava, como hoje, e não havia olhos que não estivessem mirando aparelhos de TV. A impressão é que deixavam de existir torturadores, paus-de-arara e aqueles que se rendem e acabam vendendo a própria consciência na luta partidária e na competição do mercado.
Muito do que se fazia na oposição passou a ser incorporado pela chamada situação. Em parte porque, com o fim do regime militar, passeatas e atos públicos foram institucionalizados.
Governantes descobriram que, se colocando estrategicamente à frente de alguma campanha, aparentemente, aos olhos da opinião pública, não seriam culpados pelo mal-estar generalizado na sociedade, mas também vítimas.
A esquerda aprendeu com a direita e continuamos marchando ao som do seu refrão, de sua cantilena, de seus discursos. O ?inimigo? é comum para um país que se diz soberano e democrático: é o adversário.
?Inimigo? manifesto durante os jogos: quando não é o outro time, é o esquema tático, determinado jogador, árbitros. Mas o adversário não é tão evidente no campo político.
Não é mais a inflação? É o desemprego. Quem ou o que causa o desemprego? É a política econômica do governo, a globalização, os juros elevados, a luta entre partidos? Há quem diga, por exemplo, que o ?tetra? foi conquistado por muita sorte ou por pênalti cobrado e perdido pela Itália em 1994.
De qualquer forma, não é possível esperar com igual aflição e ansiedade que o mesmo ocorra na política. No jogo político inexiste apenas sorte, entretanto existe, inalienável, a reação do eleitorado ? da ?seleção? ? que se intensifica, buscando o melhor contra-ataque. Vale torcer por todos nós.
Salve a grande ?seleção? dos sem nada, a bandeira de quem já fez muito por este país e que recebe o descaso em troca e em consequência do pouco que pôde pensar e fazer acerca de sua sorte, por não poder parar para não morrer de fome e cansaço nas linhas de produção.

JOSÉ MARIA THEODORO / Professor

terça-feira, 4 de julho de 2006

Que estranha Lei!!!

"LEI Nº 9.222 DE 03 DE JULHO DE 2006

Dispõe sobre a semana educativa contra o abuso e a exploração sexual de criança e adolescente na rede municipal de ensino e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° - Fica instituída a Semana Educativa de Combate à Exploração e ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes na rede municipal de ensino, a ser realizada anualmente, no mês de maio, abrangendo o dia 18 (dezoito), Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Art. 2° - A semana municipal deverá conter atividades educativas visando o conhecimento e a prevenção do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes.
§ 1º - As atividades devem priorizar a difusão do Estatuto da Criança e do Adolescente, incentivando o protagonismo infanto-juvenil.
§ 2º - Estimular a utilização do Disque-Denúncias Nacional e do Programa Sentinela de Belo Horizonte.
§ 3° - O Executivo providenciará o treinamento dos professores, necessário para identificar sinais de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.

Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação." DOM - 4/7/2006

Belo Horizonte, 03 de julho de 2006

Fernando Damata Pimentel
Prefeito de Belo Horizonte

(Originária do Projeto de Lei nº 530/05, de autoria do Vereador Arnaldo Godoy)

Abuso na rede municipal de ensino?

Vejam o Lei que publicaram
"LEI Nº 9.222 DE 03 DE JULHO DE 2006

Dispõe sobre a semana educativa contra o abuso e a exploração sexual de criança e adolescente na rede municipal de ensino e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° - Fica instituída a Semana Educativa de Combate à Exploração e ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes na rede municipal de ensino, a ser realizada anualmente, no mês de maio, abrangendo o dia 18 (dezoito), Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Art. 2° - A semana municipal deverá conter atividades educativas visando o conhecimento e a prevenção do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes.
§ 1º - As atividades devem priorizar a difusão do Estatuto da Criança e do Adolescente, incentivando o protagonismo infanto-juvenil.
§ 2º - Estimular a utilização do Disque-Denúncias Nacional e do Programa Sentinela de Belo Horizonte.
§ 3° - O Executivo providenciará o treinamento dos professores, necessário para identificar sinais de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.

Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.".

Belo Horizonte, 03 de julho de 2006

Fernando Damata Pimentel
Prefeito de Belo Horizonte

(Originária do Projeto de Lei nº 530/05, de autoria do Vereador Arnaldo Godoy)

segunda-feira, 3 de julho de 2006

O exame nos comentadores da educação brasileira

Há dois tipos de comentadores do nosso sistema escolar. Um fala, fala, fala e diz que estamos melhorando. O outro fala, fala, fala e diz que estamos piorando. O primeiro é empregado do Lula. O segundo é o professor universitário. Não conseguimos ainda produzir gente que diga o que todos os que não são nem empregados do Lula nem professores de universidades já sabem. Ou vamos para um salário do professor que o recoloque na classe média ou não adianta mais espernear. É sobre isso que ninguém quer falar.
Os que são empregados de Lula não param de discursar, apenas para tampar o Sol com a peneira. Mas ninguém mais acredita neles. Se o Lula for presidente novamente, certamente não vai ser pelo que fez (ou melhor, não fez) pela educação. Os que estão na universidade não tocam nas questões salarias e de condições de vida efetivamente, pois sempre esperam vender seus livrinhos de metodologia, para salvar o ensino. No fundo, esperam que algum governante venha chamá-los para alguma secretária de Educação ou ministério da Educação. São hipócritas. No fundo, são tão mentirosos quanto os que estão no governo.
O profundo nojo que causa essa gente nos professores da rede pública fica bem claro quando aparecem "reformas" e "capacitação". A maioria dos professores ou reage contra isso ou segue as coisas a contragosto. É claro, eles, os professores da rede sabem que estão lidando com falsários, que no fundo esses falsários só querem pegar "o seu".
A educação virou um negócio. Sim, mas não um negócio no sentido de negócio de dono de escola. A educação virou um negócio no sentido de que ela é uma forma de mentir no governo e mentir fora dele.
De hoje em diante proponho um "medidor de honestidade de educador" (MHE). O que é o MHE? Aplicamos o MHE assim: se um educador fala qualquer coisa sobre educação, mas não consegue ir ao centro do problema, que é devolver rapidinho o professor da rede pública ao seu lugar na classe média, ele está reprovado no MHE. Ele atingiu o ponto crítico de desonesto. Passem o MHE no ministério da educação, nas secretarias e nas universidades. Será que alguém será aprovado?

Paulo Ghiraldelli Jr., filósofo.


O Filósofo
da Cidade de
São Paulo
Paulo Ghiraldelli Jr.

A cagada brasileira é sempre sair à francesa

A cagada brasileira é sempre sair à francesa

O Brasil abandona, mais uma vez, de forma surpreendente, ridícula e vergonhosa, a copa do mundo. Tudo parecia estar a nosso favor: um time de estrelas que, antes da copa, vinha bem, uma equipe e técnico experientes e vencedores. Éramos os favoritos! Começamos mal, nas quartas de final, perdoável, já que vencemos os adversários. Porém, perder de maneira tão estúpida? Sem dar um chute a gol? Isso nos afeta significativamente, enquanto brasileiros. Uma apresentação tão pífia e vergonhosa como foi a da seleção canarinho diante da França, naquela final, em 1998 e agora, nas quartas de final, em 2006, também traz prejuízo para a nação, pois a seleção sintetiza o que temos sido e feito e aponta o caráter do brasileiro quando os interesses da nação estão em jogo.
O que se espera de uma seleção brasileira é que, pelo menos, sua atuação seja convincente, a altura do pentacampeão que somos. A equipe não deve esmorecer nunca. Quando a seleção se abate, somos nós que nos abatemos. Eles têm de ser incansáveis como nós, ainda que, pelas circunstâncias, estejam no pior dos momentos.
Uma seleção nacional não pode dar sinais de que seu objetivo não seja vencer, por mais títulos que o país já tenha alcançado, por maior que seja a fama de seus jogadores. É preciso que ela lute, honre sua flâmula, como fez o, infinitamente inferior, selecionado japonês, nos surpreendendo com aquele gol.
O técnico de uma seleção nacional personifica o seu povo como se fosse o próprio presidente da república. Ele tem de enfrentar, com inteligência e determinação, os seus jogadores, por um lado, e os cartolas, as multinacionais, os clubes estrangeiros, por outro, para manter o foco e o espírito patriótico da equipe. Quem não estiver sintonizado com o sentimento da nação, deve ser cortado, como o Filipão fez com o Romário em 2002. Ele tem de enfrentar todos os interesses econômicos, particulares, as vaidades, etc., para manter a equipe centrada nesse espírito, a fim de que ela, ainda que não vença, reverencie e represente condignamente o seu país. O Brasil, sendo o país do futebol, tem responsabilidade dobrada, pois um povo que não leva a sério seus símbolos, sua imagem, seus valores inerentes, não deve, mesmo, se levar a sério.
Honramos a nossa camisa em 1950, em 1982 e 1986. A seleção canarinho convenceu. Sentimos um profundo orgulho delas, embora não tenham levado o caneco. Definitivamente não foi o que aconteceu em 1998 e agora, em 2006. Por quê?
Simplesmente porque o técnico Parreira cometeu os mesmos erros que o nosso presidente Lula, não agindo a altura da missão a ele confiada pela nação. Em suas declarações, evocou os méritos do seu passado, o que realizou, para se eximir da responsabilidade pelo que aconteceu. Ele não colocou, por exemplo, no banco de reservas, o Ronaldo ?fenômeno?, que simplesmente não estava jogando. Ele deveria ter feito isso, a despeito de todas as pressões. Principalmente, para que a seleção pudesse se recompor, buscar alternativas, encontrar o seu jogo, como foi feito na copa de 1994, quando, ao entrar para a final de mãos dadas, mostraram, a despeito das falhas que o time tinha, a que vieram, e essa seleção seria lembrada só por esse gesto, mesmo que sucumbisse diante da Itália.
Contudo, em 1998 e 2006, não foi assim. É óbvio que nossa seleção ficou refém de um esquema que mantinha o Ronaldo, um ?fenômeno ? já claudicante, aguardando o momento que ele começasse a jogar futebol. Toda a formação foi pensada no sentido de mantê-lo a qualquer custo, de não excluí-lo, seja por pressão da Nike, da Globo, ou porque ele deveria bater mais um recorde, ou porque somos aficionados em tipos carentes, anti-heróis, pé-frios, chatos, desastrados, incompetentes como aquele aluno que não assiste nossas aulas e nem deixa que os outros assistam e, por compaixão, pelo ECA, o ?escambau?, ninguém tem coragem de mandá-lo cuidar da própria vida a despeito de todos os prejuízos causado aos demais colegas. E parece que, de tanto esperar o jogo do Ronaldo, mandar tantas bolas pra ele não fazer gol, que alguns de nossos jogadores começaram até a brincar de ?estátua?, como aconteceu no gol da França.
E não bastasse a burrice de manter ?o gordo?, para limpar a sua barra, fazê-lo sair da copa ?à francesa?, sem ser muito notado, ainda põem a culpa no outro Ronaldo, o magro, um cara responsável que sempre buscava a bola e criava muitas oportunidades de gol. O pobre foi ostensivamente marcado pelos franceses e ficou isolado nesse jogo, talvez graças ao estranho esquema do quadrado mágico ?fuinha? do Parreira.
Esse tipo de apresentação da seleção produz mais uma marca ruim na nossa já desconcertante imagem e reforça a idéia de que somos um povo que não leva a sério o que faz, que continua indo de mal a pior em quesitos básicos como o da educação, por mais que berremos (?sem medo de ser feliz?) ?sou brasileeeeero, com muito orguuuuulho...? como insiste o manguaça do presidente que façamos para levantar o nosso moral, ao invés de dar o exemplo, procurando ler, trabalhar, estudar com afinco e senso de responsabilidade.
O prejuízo que isso nos acarreta, em função do esforço a mais que temos de fazer para superar a imagem já desgastada do brasileiro, aqui e lá fora, a desconfiança em nossas instituições, em nossos representantes e até em nós mesmos, deve ser da ordem de uns bons bilhões de dólares, euros ou reais.
Nessas horas, não podemos perder a oportunidade de pensarmos que não devemos mais ser tão piedosos com os Lulas, os Parreiras e os Ronaldos. Temos que mandar os nossos ?técnicos? e alguns de seus ?jogadores? plantarem jaca no Tibet e exigir que aquele que vier a substituí-los, nossos representantes, enfim, sejam responsabilizados e punidos pelos seus erros e por sua omissão, ao insistir em ficar esperando que outros façam o que eles, enquanto ungidos pela nação, tinham o dever e a responsabilidade de ter feito.