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quarta-feira, 18 de maio de 2005

Violência e Ax(ch)é music

No mês de abril de 2005 nos deparamos com cenas cada vez mais marcantes de violência nas escolas da RME: um aluno do Marconi foi assassinado por outro nos arredores da escola; um aluno do Imaco passou o estilete na garganta de outro, que só não morreu devido ao corte não ter atingido a jugular; um estudante(?) atirou (de revolver calibre 22) em outro(?), na E. M Arthur Versianni Veloso. No início de maio uma aluna de quinze anos bateu no rosto de uma professora do turno da tarde no IMACO.

O que tem de diferente nisto tudo, visto que as escolas têm sempre convivido com a violência? A novidade é que as escolas citadas estão todas na região Centro-Sul, dentro ou próximo da Avenida do contorno. As agressões físicas, a falta de respeito pelo outro, sempre denunciadas como coisa da perfiferia, agora, devido a impunidade e a falta de uma política sistemática de combate ao terror, chegou ao centro, às escolas até então consideradas ilhas de excelência (quem não se lembra do Marconi e do Imaco nos anos 60, 70 e 80?).

Assim como a Europa Ocidental dos anos 40 assistia o recrudescimento da violência nazista na sua periferia e nada fazia até a guerra chegar as suas mais belas cidades, cabe a cada um de nós cidadãos e educadores, formar agora (antes tarde que nunca!) fileiras e lutar (e cobrar das autoridades) contra tal estado de coisa.

Se não houver uma atitude forte e coletiva da parte de nós trabalhadores, TODOS, das comunidades TODAS, da periferia e do centro, DA SOCIEDADE CIVIL, da imprensa, a escola pública continuará um front, uma faixa de gaza e a violência, num crescendo, nos engolirá a TODOS, como a esfinge lendária: DECIFRA-ME OU DEVORO-TE.

Chama-me a atenção, sempre que leio jornais, as reclamações de leitores e ariculistas sobre os buracos nas ruas e autoestradas, a falta/ atraso de ônibus e pelo lixo esparramado pelas ruas, praças e lotes vagos. Chama-me também a atenção o não dito e o não reivindicado: quando os cidadãos desta BH começarão a entender que todo o citado acima passa ou começa na escola? Demostram seu analfabetismo político (cidadãos comuns e jornalistas) ou seria isto apenas uma deficiência causada pela perspectiva de classe - ou ausência da mesma: classe média não usa escola pública mas tem carro e ainda anda pelas ruas e a classe proletária ainda não conseguiu se convencer do valor da educação?

Espanta-me mais ainda fatos como os vistos na abertura da Conferência Municipal de Educação: garotas de 14, 15, 16 anos, em sumárias e inocentes licras, rebolando as bundas e seios adolescentes para vereador e vereadoras, secretária de educação, professores e professoras, pais e mães e colegas de escolas, sob o patrocínio do grêmio escolar (onde está o combativo Movimento estudantil?), ao som de um muuuuuuiiiiiito pedagógico aché baiano.

Comentário de uma vereadora, líder do prefeito na câmara, presente ao local: "aaadoooro aché!!!!"
Comentário meu: E viva a escola plural!!!

4 comentários:

Anônimo disse...

Caro professor,

o verdadeiro movimento estudantil respondeu PRESENTE na última conferencia. O presidente do gremio do IMACO ( e não do Marconi como inicialmente foi dito), o oportunista que proporcionou este showzinho de mau gosto não foi eleito nem para suplente do CME apesar de ter tentado e pedido votos. Nós conseguimos, pelo contrário, eleger uma estudante combativa e CRÍTICA para o Conselho e que fará muito pela nossa classe estudantil.

Anônimo disse...

Caro professor,

o verdadeiro movimento estudantil respondeu PRESENTE na última conferencia. O presidente do gremio do IMACO ( e não do Marconi como inicialmente foi dito), o oportunista que proporcionou este showzinho de mau gosto não foi eleito nem para suplente do CME apesar de ter tentado e pedido votos. Nós conseguimos, pelo contrário, eleger uma estudante combativa e CRÍTICA para o Conselho e que fará muito pela nossa classe estudantil.

Bernardo A. Rodrigues da EMPM.

Anônimo disse...

Caro estudante ou (colega?) Bernardo,

o movimento estudantil está repleto de oportunistas como este do Gremio da E. M IMACO que nem estuda (é simplesmente matriculado)pois está na primeira série do segundo grau há pelo menos quatro anos e só sobrevive na escola por ter apoio de alguns professores que se beneficiam de seu apoio político.
A própria prefeitura e o Conselho fazem vistas grossas a este tipo de comportamento. Fui professora na IMACO até 2004 e este desocupado que se dizia representante dos alunos só fazia mal para a escola e apregoava a divisão entre o corpo discente e docente. Mandava meninos de 14 anos desrespeitarem professoras que tem idade para ser mães deles.
Na minha atual escola a prática é outra e o grêmio escolar e os professores promovem atividades conjuntas e não há esta animosidade toda.
Parabéns por sua visão clara e politizada. Me desculpe se entendi mal, mas me parece que voce é aluno, é isso mesmo?

Me desculpe não me identificar, mas não o faço por motivo óbvios.

Uma professora da Rede.

Anônimo disse...

NEUSA SANTOS É UMA ANTA COM ESTRELA NO PEITO.